Capítulo 38 °

8.5K 800 210
                                    

°° Breeze °°

Abro os olhos e me deparo com o rosto do Dimitri, dormindo de lado, virado para mim. O idiota me fez assistir filme até tarde, só para não debater com ele e dormir aqui. No quarto dele, na cama dele, com ele. Eu, definitivamente, não aceitaria a oferta, ainda acho isso errado. Quando é por medo, tudo bem, contrário a isso, não. Começo a cutucar a ponta do nariz dele, com a ponta do meu dedo. Ele abre os olhos e dá um sorriso vencedor.

- Não acredito que você fez isso. - Fico emburrada. - Você me fez dormir lá, só para me trazer dormindo para cá e dormirmos juntos. - Continuo com o semblante fechado.

- Droga, você descobriu meu segredo. - Acerto um soco no ombro dele, o que faz com que boceje acordando e afague o local da batida. Apenas cruzo os braços e encaro o teto.

- Você fica fofa com raiva. - Continuo imóvel. Sinto uma pequena cutucada na cintura, permaneço quieta, a cutucada começa a se movimentar.

- Não sinto cosquinha, vai ficar aí até amanhã. - Reviro os olhos, na verdade, não sei se sinto cosquinha. Não é algo que se faz dentro da água e também não recebi ninguém aqui fora.

- Não sei se essa informação é verdadeira, acho que quer me despistar. - A voz travessa dele invade o ambiente.

- Você não teria ousadia de fazer isso, posso te jogar longe. - Parece que minha ameaça não dá em nada, pois a movimentação começa na minha cintura. Pressiono os lábios e permaneço imóvel, tentando controlar meu corpo. Acho que sinto cócegas sim.

- Vai se fazer de difícil, então? - Dimitri fala e em um piscar de olhos o mesmo está sobre mim, com cada mão em uma cintura minha e antes de que eu possa falar qualquer coisa, ele começa seu ataque. Me fazendo contorcer embaixo dele e dar fortes risadas.

- Por favor, para. - Tento falar em meio às risadas. - Isso é agoniante. - Uso meus braços para tentar afastá-lo, mas logo o homem tira as mãos de mim e prende meus braços acima de minha cabeça.

Seu rosto fica bem próximo do meu com essa ação, o que faz nossos olhos se fixarem um no outro, isso sim é uma tortura, as cocegas não é nada agoniante perto disso. Os lábios dele próximos ao meu me fazem ter vontade de beijá-lo, mas ele não está na minha o suficiente para que isso aconteça.

Arregalo os olhos quando ele afunda a cabeça na direção da minha, colando nossos lábios e me deixando bem surpresa. Ele pede passagem e assim o faço, logo começa um beijo calmo e fecho os olhos. É tão diferente do que já tinha experimentado antes, é lento, suave e parece tão certo. Nossas línguas começam uma dança um tanto sensual, uma mão dele desce pela lateral do meu corpo e aperta minha cintura.

Esse ato me faz soltar um leve gemido, sentindo meu corpo entrar em um estado de necessidade absurdo, necessidade de mais toques assim. O que está acontecendo comigo? O beijo, antes calmo, começa a ficar bem mais intenso, como se ambos precisássemos um do outro e estivessem na mesma sintonia. Sinto necessidade de respirar, mas o beijo parece bem mais importante que o ar.

Por fim o beijo acaba, meu peito sobe e desce em busca do ar que quase me faltou Dimitri abre os olhos lentamente e parece chocado com o que fez, abro um sorriso vendo a reação dele.

- Você me beijou. - Constato o óbvio, ele sai rápido de cima de mim, se pondo de pé e ficando de costas.

- Não, não, não beijei. - Reviro os olhos, começou o lance da negação novamente.

- Bom, beijei o Chris diversas vezes e creio que isso que acabou de me roubar, foi um beijo. - Fico de pé, tentando chegar perto dele, mas ele foge de mim, indo em direção a porta. Que fofo, ele está envergonhado.

Breeze - Uma sereia em minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora