•46• Fountain

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J-Hope

Abro meus olhos e quase caio da beliche. Dou um pulo suave para não acordar Jungkook e caminho até o frigobar. Estava dividindo o dormitório com o menino devido a ordens de superiores. Sinto como se fosse um médico cirurgião de plantão no hospital. Quem me dera se fosse. Pego meu celular de cima da poltrona e visualizo as notificações de mensagens.

A primeira dizia: "Hoseok... está tudo bem? mande notícias, por favor"

E a segunda: "Estejam acordados às onze horas"

Meus olhos se encaminham diretamente até o relógio e vejamos, era uma da tarde.

Droga.

Visto minha jaqueta de couro e a porta é aberta. Erbet.

Onde vocês pensam que estão? Em um resort de férias?

Jungkook acorda assustado.

O quê? — murmuro.

Primeiro deixam Namjoon vivo e de quebra acordam a hora que bem quiserem? — cruza os braços.

Gelo. Como ele sabia que Kim estava no prédio naquele dia? Encaro o mais novo e sua feição também era de aflição.

Eu monitorei vocês por câmeras camufladas nas suas roupas, mas deixei passar porque o número de mortes foi satisfatório. Agora se arrumem para mais um assalto ao banco — disse e saiu do recinto.

Isso é loucura. — resmungo.

Park Jimin

Cacei meu celular pelo cubículo e o encontrei. Kayla não havia confirmado que me acompanharia e isso me causa pânico. Não posso voltar sozinho. Não quero. Sentado na beirada da cama, abro nossa janela de conversa.

"Você vai vir, né?" — envio.

Aflito, aguardo os dez minutos de demora para que visualizasse a mensagem.

"Eu acho que sim. Desculpa, estava no banho"

Como acha? Ou vem ou não vem. De preferência venha.

"Resposta concreta, por favor"

"Estou indo"

Suspiro de alívio e me jogo para trás. Adeus teto mofado. Levanto-me para deixar a porta entreaberta e volto a deitar. Estava prestes a cochilar quando o chiado da mesma ecoa dentro dos meus tímpanos.

Onde estão suas malas? — a garota pergunta, olhando ao redor.

Eu não preciso delas — dou de ombros — Pronta? — digo ao pegar as chaves do carro.

Bem... quem está se mudando é você.

Paro e começo a encará-la.

Você não está brava pela conversa de ontem, certo?

Ela nega com a cabeça.

Então me dê a sua mão — estendo a minha e Kayla a pega, enquanto sorri fraco.

[•••]

Falta muito? — pergunta, assim que olha o horário no celular.

Não faz nem dez minutos que entramos aqui — gargalho — O que há de errado?

Por que estamos em uma estrada deserta cercada por florestas?

The Mission • BTSOnde histórias criam vida. Descubra agora