•17• He Is My Friend

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Min Yoongi

Hoje o dia se encontra meio vazio, como se algo faltasse. Não vi Kayla no ponto de ônibus e muito menos aqui na escola. O professor tagarela, a diretora blefa pelos corredores e Yunili voltou a sentar ao lado de Park Jimin.

Por falar em Yunili, tive que fazer o trabalho com ela ontem, aquele que Seokjin mandou. Sinceramente, ela é mesmo um saco. Não ao todo. Eu pensava em me divertir, ou em outras palavras "tirar o atraso", mas ela insistia em terminar as malditas questões para que eu fosse embora. Ela sequer olhava para a minha cara. Sua atenção era voltada ao celular em todos os momentos e parecia estar apreensiva. Toda notificação que chegava era motivo para interromper os cálculos. O único proveito que tirei disso tudo é que não precisei tocar em nenhum lápis durante esse tempo.

O sinal para o recreio bate e decido não sair da sala, preciso conversar com Lori.

— O que quer? — pergunta rudemente assim que grito seu nome.

— Aish, cadê aquela sua doçura de antes? — deposito a mão direita no peitoral, fingindo estar ofendido.

Ela revira os olhos.

— Não estou em um dos meus melhores dias, tá bom? Falo com você depois — fecha o zíper da mochila de couro e a põe nas costas, saindo de sala.

Eu havia acabado de levar um toco. Lori sabe o que quero toda vez que a procuro e definitivamente me deu um toco. Até ela?

Namjoon

Kayla passou por aqui e me entregou duas chaves, dizendo a função de cada uma. Tudo o que precisei fazer foi esperar o momento certo para fugir. Não como um prisioneiro, mas sim como membro dos Moon's.

E esse momento chegou.

Caminho até o cadeado dourado e giro o pequeno objeto dentro. A porta se abre. Observo com cautela os dois lados do corredor macabro e saio lentamente. Estava fraco pela fome e pela tortura, todas as minhas forças foram consumidas dentro daquele cubículo.

Visto o boné que minha amiga me entregou e tiro a camisa manchada por sangue.

Uso as paredes como apoio durante todo o percurso até a saída dos fundos, não era tão longe.

Quando estou prestes a abrir o último cadeado, uma voz me chama.

— Namjoon!

— Droga! — resmungo.

Viro-me para encarar a pessoa, era Jungkook.

— Quanto tempo, cara! — diz me puxando para um abraço.

Tremendo, retribuí.

— Como estão as paradas? — pergunta ao me soltar.

O pensamento da possibilidade de voltar para aquele lugar, ser espancado e novamente ser tratado como um rato de esgoto, faz minhas pernas bambearem. Vinte segundos depois percebo que não havia lhe dado respostas.

— Paradas?... sim, as paradas! Estão ótimas. E as suas? — tento transparecer o mais natural possível.

O receio de saber que alguém pode estar vindo me causa ânsia de vômito.

— Não muito entristeceu — Na minha última missão me obrigaram a matar uma pessoa, precisamente, uma criança.

— Nossa foi tudo o que consegui dizer.

— Parece estar nervoso — ri — Vai descansar, cara. Te vejo depois — deu dois tapas no meu ombro, quase grunhi de dor.

The Mission • BTSOnde histórias criam vida. Descubra agora