Min Yoongi
Hoje o dia se encontra meio vazio, como se algo faltasse. Não vi Kayla no ponto de ônibus e muito menos aqui na escola. O professor tagarela, a diretora blefa pelos corredores e Yunili voltou a sentar ao lado de Park Jimin.
Por falar em Yunili, tive que fazer o trabalho com ela ontem, aquele que Seokjin mandou. Sinceramente, ela é mesmo um saco. Não ao todo. Eu pensava em me divertir, ou em outras palavras "tirar o atraso", mas ela insistia em terminar as malditas questões para que eu fosse embora. Ela sequer olhava para a minha cara. Sua atenção era voltada ao celular em todos os momentos e parecia estar apreensiva. Toda notificação que chegava era motivo para interromper os cálculos. O único proveito que tirei disso tudo é que não precisei tocar em nenhum lápis durante esse tempo.
O sinal para o recreio bate e decido não sair da sala, preciso conversar com Lori.
— O que quer? — pergunta rudemente assim que grito seu nome.
— Aish, cadê aquela sua doçura de antes? — deposito a mão direita no peitoral, fingindo estar ofendido.
Ela revira os olhos.
— Não estou em um dos meus melhores dias, tá bom? Falo com você depois — fecha o zíper da mochila de couro e a põe nas costas, saindo de sala.
Eu havia acabado de levar um toco. Lori sabe o que quero toda vez que a procuro e definitivamente me deu um toco. Até ela?
Namjoon
Kayla passou por aqui e me entregou duas chaves, dizendo a função de cada uma. Tudo o que precisei fazer foi esperar o momento certo para fugir. Não como um prisioneiro, mas sim como membro dos Moon's.
E esse momento chegou.
Caminho até o cadeado dourado e giro o pequeno objeto dentro. A porta se abre. Observo com cautela os dois lados do corredor macabro e saio lentamente. Estava fraco pela fome e pela tortura, todas as minhas forças foram consumidas dentro daquele cubículo.
Visto o boné que minha amiga me entregou e tiro a camisa manchada por sangue.
Uso as paredes como apoio durante todo o percurso até a saída dos fundos, não era tão longe.
Quando estou prestes a abrir o último cadeado, uma voz me chama.
— Namjoon!
— Droga! — resmungo.
Viro-me para encarar a pessoa, era Jungkook.
— Quanto tempo, cara! — diz me puxando para um abraço.
Tremendo, retribuí.
— Como estão as paradas? — pergunta ao me soltar.
O pensamento da possibilidade de voltar para aquele lugar, ser espancado e novamente ser tratado como um rato de esgoto, faz minhas pernas bambearem. Vinte segundos depois percebo que não havia lhe dado respostas.
— Paradas?... sim, as paradas! Estão ótimas. E as suas? — tento transparecer o mais natural possível.
O receio de saber que alguém pode estar vindo me causa ânsia de vômito.
— Não muito — entristeceu — Na minha última missão me obrigaram a matar uma pessoa, precisamente, uma criança.
— Nossa — foi tudo o que consegui dizer.
— Parece estar nervoso — ri — Vai descansar, cara. Te vejo depois — deu dois tapas no meu ombro, quase grunhi de dor.
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The Mission • BTS
Fiksi PenggemarFilha de um dos piores bandidos da região, Kayla Moon vive a sua vida monótona e sem cor ao lado de seu monitor Hoseok. Até o dia em que Jimin, um ruivo tingido e misterioso, adentra em sua vida e a colore por completo. Dois amores proibidos e um s...