The Mission • BTS

•32• Floor

Kayla Moon

O sinal indicou o intervalo para lanche e como sempre, eu e Jimin aguardamos todos saírem. Levantei-me com minha mochila e aguardei o garoto.

— Não vai hoje também? — pergunto.

Tem tempo que não o vejo sair dessa sala nos recreios.

Negou com a cabeça, respirei fundo.

— Você precisa comer — insisti.

— Estou sem fome — grunhiu.

Dei-me por derrotada. Nem convencer uma pessoa a se levantar de um maldito assento eu consigo.

— Tudo bem. Trarei biscoitos.

Caminhei até o corredor, prestes a enfrentar a fila da cantina. As coisas aqui são caras demais, mas talvez isso não seja problema para os alunos.

Ao olhar fixamente para a tabela de preços, sinto algo molhado passear pelo meu pescoço. Quase pulo de susto quando vejo que é Min Yoongi.

— Oi — deu um sorriso sapeca.

— Que nojo! — esfreguei o local com os dedos.

— Onde esteve? Te mandei trezentas mensagens e adivinha? Nenhuma foi respondida — ignorou meu comentário e iniciou o questionário.

Por que todos tem que perguntar a mesma coisa?

— Fui passear em Los Angeles. Estava precisando espairecer — forço um sorriso.

— Tinha que ser rica — riu e depois revirou os olhos — Tem algo marcado para hoje?

— Não que eu saiba.

— Agora tem — disse autoritário.

Faço cara de ofendida.

— Certo. Deseja sair comigo, doce donzela? — tenta lançar um olhar galanteador.

Gargalho.

— O que foi? Fiz errado?

— Não tente mais nada, ok? Eu saio — dou de ombros e o garoto sorri.

— Oito horas, sem traje formal — pisca um olho.

É impressão minha ou Min Yoongi está tentando me conquistar da forma mais clichê possível?

Volto para a sala de aula e entrego um pacote de cookies para Jimin. Ele abre na hora.

— Isso é estar sem fome? — brinco.

— Foi momentânea — morde o primeiro biscoito.

Desvio o olhar para a tela de meu smartphone.

— Ei — chama minha atenção.

— O que foi?

— Essa manhã eu descobri que a Lori é minha irmã. Quão pertubador isso soa?

— Meu Deus.

— Tá vendo essa reação? — apontou para mim — Foi assim que fiquei.

— Que horror! Mas como? — cruzo os braços.

O assunto era interessante.

— Minha madrasta é mãe dela.