Capítulo 11 - Natalie

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Abro olhos sentindo os raios de sol no meu rosto. Quem diabos abriu as cortinas? Tento me levantar, mas percebo que um braço forte está em volta da minha cintura; afasto-o delicadamente, tentando não acordar Felipe, porém, quando me levanto com lençol me cobrindo, o vejo abrir os olhos. Seus lindos olhos azuis-celestes sorrindo para mim. Ele me olhos de cima a baixo.

- Amei seu vestido - fala com a voz um pouco rouca, se apoiando no cotovelo.

Aperto o lençol ao meu redor e mordo o lábio inferior.

- Achei que você não gostasse de nenhuma das minhas roupas. - Ele me deu um olhar confuso. - Você sempre diz que prefere que eu esteja com nenhuma delas. - Felipe corou um pouco (isso é possível?!) - E também me lembro do momento que me disse isso. - Com minha vitória, fui para o banheiro e tomei um banho rápido.

Estava secando meu cabelo com uma toalha e com outra cobrindo meu corpo, quando escuto a porta se abrir e, em seguida, sinto Felipe envolver minha cintura com seus braços, me abraçando; ele apoia a cabeça de lado no meu ombro e roça seu nariz no meu pescoço. Que reconfortante.

- Senti saudades - murmurou contra minha pele. Ele me vira para ficarmos frente a frente.

- O que está pensando? - sussurro. Começo a enrolar seus cabelos nos meus dedos.

Depois de um longo me observando ele fala:

- Te observando. - Reviro os olhos. Ele me empurra contra a parede segurando minha cintura. - Você fica linda assim.

- Contra a parede? - Arrisquei.

- Não - falou, me olhando intensamente -, me olhando assim. Com um quê apaixonado. - Explicou.

Sorrio para ele, vendo segundos depois o sorriso em seu rosto. Felipe me puxa para mim e me beija. Imediatamente, coloco as mãos em seu cabelo e ele passa as suas pelo meu corpo. Isso é de tudo que eu preciso: Felipe, aqui, comigo.

Ele se afasta alguns minutos depois e me olha nos olhos.

- Ainda me ama? - pergunta, enquanto que ainda está recuperando o fôlego.

- Sempre. - Abraço ele passando meus braços sobre os seus ombros e descansando minha cabeça em uma deles.

Como é bom ter ele perto de mim, mas isso me faz lembrar de...

- Como conseguiu voltar mais cedo? - pergunto.

- Eu tenho meus truques.

- E por acaso esses truques envolvem a sua volta para a Europa daqui a três meses? - Era o único motivo de ele querer antecipar o casamento e ter voltado antes da data prevista.

Felipe bufa e se afasta de mim, passa a mão no cabelo e sai em direção ao quarto. Então quer dizer que é dessa forma que estamos resolvendo nossos problemas agora?! Sigo-o até o quarto, onde está andando de um lado pra outro; vai me deixar maluca desse jeito.

Sento na beira da cama com braços cruzados sobre o peito, meus olhos seguem cada movimento seu. Desde os pés se movendo freneticamente - como os olhos - até a forma que passa a mão - direto - no cabelo cacheado, fazendo mais e mais mechas caírem na testa.

- Felipe, se acalma - peço. - Por favor.

Depois de dois minutos que pedi, ele se acalma. Meu noivo se sentou ao meu lado, com a cabeça baixa.

- Olha, se for pra que a gente se case nas pressas, então é melhor cancelar. - Ele me olha com uma expressão horrorizada. - É a pura verdade, pra que nos casarmos apressadamente? Só pra mais tarde isso resultar em um possível divórcio. - Deixei as mãos caírem no meu colo.

Até Que A Luz Se ApagueOnde histórias criam vida. Descubra agora