- Amorzinho da minha vida, será que agora podemos ir? - Amanda bate a mão na minha pequena mesa, fazendo as canetas chacoalharem.
Meu Deus, eu acho que estou morta. O dia foi bem longo: atendendo ligações ali, marcando almoços ou reuniões ali. E aquele beijo... Espera aí, por que estou pensando nisso. Volta para fundo da mente. Vai, vai, vai!
- Tá, vamos - coloco a alça da minha bolsa sobre o ombro e pego meu celular e...Pimba! Colors, de OneRepublic, começa a tocar do nada. Olho para tela, Felipe está me ligando. Clico em ATENDER e levo o celular à orelha.
- E como está minha pequenina? - Como alguém pode ser tão dócil e... Pequenina, sério?
- Sabe que eu odeio quando me chama assim. - Reclamei.
Escuto ele dar um suspiro e... aquilo era um barulho de elevador se abrindo?
- Onde você está?
- Por que a pergunta? - perguntou, surpreso.
- Para de me enrolar, Felipe Otávio Alcântara.
- Minha mãe não me amava mesmo viu - ele faz uma pausa. - Você sempre reclamava quando eu te dava flores. Lembro do nosso primeiro encontro e eu te dei um buquê; e sua resposta para meu ato foi: "Não traga flores para mim. Só no meu enterro." - Felipe imita minha voz e eu rio - Sabe, aquele foi o maior toco que eu já recebi na vida. Então, hoje aqui estou eu, em um dos prédios da Editora Dark - olho para o corredor, e lá está ele. -, com uma tulipa na mão. - Caminha até mim, e quando estamos frente a frente me entrega a flor e fala: - Espero não levar outra dose. - Desligamos os celulares ao mesmo tempo.
Fico olhando para seu rosto, seus olhos, na verdade. Esses lindos olhos azuis sempre me deram inveja; e toda vez que eu falava isso...
- Eu adoro seus olhos. - Fala. - Eles são bem escuros, porém, quando você olha pra qualquer tipo de iluminação, eles ficam caramelos. - Levanta meu queixo com as mãos e me beija. Um beijo que eu esperei tantos dias, semanas, meses, horas.
Um beijo que faz esquecer-me do de mais cedo. Uma porta se escancara, me afasto do meu noivo com as bochechas quentes.
- Desculpe interromper o casalzinho, mas aqui não é a casa de vocês. - Jesus, Maria e José! Olho para o lado e vejo que Alex está fulminando eu e o Felipe com o olhar. Minhas bochechas ficam mais quentes.
- Desculpe, senhor. Não vai acontecer novamente - engulo em seco. Alexander continua me olhando. Felipe coloca a mão no meu cotovelo, me tirando daquele transe.
- Não se preocupe, senhor Nogueira. É só que eu e minha noiva não nos vemos há muito tempo. Então, não pude me conter.
- Claro, entendo.
- Ótimo, então vamos, Natalie. - Ele coloca a mão nas minhas costas e caminhamos para o elevador.
Aperto o botão para chama-lo. Santo Deus, quer dizer que se Felipe voltou agora, então vamos nos casar logo e... O elevador chega e entramos; aperto o botão do térreo e começamos a descer, entretanto, Felipe aperta um botão - não sei qual - que faz o elevador parar, do nada.
- Felipe, o que você... - Antes que eu termine de falar, ele me puxa para perto de si e começa a me beijar. Não aqueles beijinhos, e sim aqueles beijos.
Ele me coloca contra a parede e dedica seus beijos para meu pescoço; e eu? Eu só aproveito e torço sua camisa com minhas mãos.
- Está quebrando as regras, senhor Alcântara. - Sussurro na sua orelha e mordo o lóbulo dela. Ele geme com meu ato.
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Até Que A Luz Se Apague
RomanceNo mesmo instante que Natalie fica noiva, Alexander sofre a perda do irmão e "desfruta" de uma paraplegia. Um ano e meio se passa desses momentos impactantes, o caminho dos dois se cruzam. Ela aos poucos vai tirando aquela dura armadura que o proteg...