Parte 1 - Livro 2

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Oi! Antes de tudo, quero dizer que fiz algumas mudanças na escrita e que o "livro 2" será publicado aqui mesmo em 2 partes. Então os dois últimos "capítulos" da história do Héditer e da Dimitria estão BEM GRANDES!! Fiz mais para dar um fim decente ao livro e encerrar de vez essa história para que eu possa escrever outras. =D É bom voltar e obrigado a todos que tiveram paciência, adorei escrever esse final e espero que gostem também! Abraços! Dedico a todos que lerão isto! 

Capítulo 1 – Puxados

Dimitria

Resumindo meus últimos dias caóticos: comecei a trabalhar num mercado, conheci um garoto chamado Héditer e outro chamado Ernesto, nos tornamos amigos, minha mãe foi raptada, entramos debaixo de uma pedra e acabamos numa outra dimensão onde eu conheci o irmão mal-humorado de Héditer e seus amigos gêmeos (e me separei do Héditer), passamos por Assombrosos e, por fim, nos encontramos de novo. Só isso.

Depois dos abraços (e do encontro incrível dos irmãos) e das intermináveis histórias, nos sentamos na grama e fitamos o céu claro, as nuvens tinham formatos engraçados, juro que vi um gnomo. Cada um foi para um canto, ninguém querendo sair dali tão cedo...

- E então? – Kiera andou até mim e tapou minha visão das nuvens. Seus cabelos vermelhos voando ao redor de sua cabeça como uma coroa.

Olhei para o outro lado, para Giancarlo, e franzi a testa. Não tínhamos pensado sobre o depois ainda. O fato era que estávamos dentro de um enorme corredor de pedras gigantescas, onde o fim dele estava completamente escuro. A garota amiga de Héditer, Belle, bufou e respondeu por mim.

- Então que estamos praticamente livres.

Suspirei e ajeitei o cabelo. Héditer me contou sobre a loucura que deu na cabeça de Kiera, onde a garota quase o matou. Não entendi o porquê de ela estar ali andando como se tudo estivesse bem, mas não falei nada.

Minha perna parecia estar praticamente curada, mas eu ainda sentia uma pontinha de dor ao me mexer. O tiro.

- Dimitria, eu acho que temos que ir – Héditer se sentou também e falou baixinho pra mim. Braeno estava encostado na parede dialogando com os gêmeos, os dois irmãos separados passaram bastante tempo conversando quando se viram mais cedo.

- Eu concordo, garotinho. – Sorri e fiquei em pé.

- O que vamos fazer? – Kiyoshi perguntou.

- Ficar parado não adianta! – Kiera gritou.

- Nem reclamar! – Belle a confrontou.

- Eu voto por escalar o muro. – Braeno levantou o dedo.

Todos começaram a falar ao mesmo tempo. Héditer e eu nos entreolhamos e balançamos a cabeça negativamente. Eles nos olhavam como se nós dois fossemos os líderes, mas estavam enganados. Pelo menos, eu não era.

De repente a terra tremeu um pouco e o silêncio recaiu sobre o grupo. Dei um passo pra trás e encarei o chão que tremia cada vez com mais intensidade. Por uns dez segundos, nada aconteceu. Até que uma espécie de raiz explodiu do solo, jogando grama e terra em todos nós.

Numa piscada vi Belle sendo arrastada pelo tornozelo para a parte escura do corredor com a raiz enrolada no tornozelo. Antes que qualquer um tivesse tempo de piscar novamente, mais raízes estavam puxando os outros pela perna, braço, pescoço. Uma se enrolou no meu pé, mas estranhamente ela crepitou como se tivesse pegando fogo e voltou para dentro da terra.

Ao poucos, todos foram sendo levados. Por entre um galho, vi os olhos assustados de Giancarlo me lançando um último olhar antes de ser puxado e desaparecer, como se nunca estivesse ali. Comecei a chorar e a olhar ao redor, procurando algo que pudesse usar. Um arco. Uma arma. Corri para a arma e tentei atirar, mas não consegui. Tudo durara dez segundos... só dez segundos...

O filho de HécateOnde histórias criam vida. Descubra agora