"Falam que somos loucos, mas com um amor como o nosso quem não seria?"
O amor te destrói? Se o mundo é um penhasco frio e lá embaixo você vê um campo de flores, quem se jogar é uma suicida em pró do amor?
Aqui conto a história de Malon King, uma s...
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"Eu sinto ciúme quando alguém te abraça, porque por um segundo essa pessoa está segurando meu mundo inteiro." - Caio Fernando Abreu
Malon King
Após o tal de Number 9 me assustar com suas mensagens antes de eu ir para a corrida a uma semana atrás, ele me chamou novamente e começamos a conversar por SMS. O assunto sempre era eu, o que eu gostava, o que eu ouvia, tudo eu. Apesar de ele parecer saber de tudo, pedia sempre para eu contar. Mas começou a me incomodar depois de um tempo.
Essa uma semana foi assim. Aulas de dia, a noite estudava e conversava com Number 9. As vezes me encontrava com Mary, Sj e Klein, porém na maioria das vezes só nos víamos nas aulas de artes.
Deu nem um mês de universidade e eu já cai na rotina.
- Maluuuuu, levanta! Sexta-feira!
Lexy puxa o cobertor que estou enrolada, fazendo eu rolar até o chão.
- Idiota, eu tava dormindo! – Digo sonolenta demais para ficar brava.
- Eu sei, eu te acordaria se você estivesse acordada? – Ela começa a pentear seus cabelos contra o espelho.
- Lexy, você esta mais animada que o normal.
Levanto do chão e começo a tirar minha roupa.
- Malu, tenho uma péssima notícia. – Ela vira para mim fazendo biquinho, ai percebo que a notícia não é séria. Eu murmuro um "hm" – A gente não vai poder tomar café junta hoje.
- Lá vem. – Digo já sorrindo.
- Vou sair com o Ben! – Ela começa a pular em circulos – Ele acabou de me chamar, vamos tomar café juntos.
- Quem é Ben?
Coloco meu blusão e um jeans.
- Jornalismo, terceiro ano, maduro, gato, loiro, lindo, maravilhoso. – Ela começa a falar outros adjetivos, mas paro de prestar atenção.
- Ok ok, então já vou indo tomar café e depois para a psicóloga.
Pego a minha bolsa e coloco no ombro.
- Credo Malu, você vai ver seus futuros namorados toda podre assim? Vai indo na frente, eu vou me arrumar né. – Ela pega sua mala de maquaigem e se senta na frente do espelho.
Lembro que uma vez Lexy disse que imaginava essa universidade como uma loja de pirocas, e que ela poderia escolher qualquer uma à qualquer momento. Eu não tenho essa teoria, eu imagino essa universidade como uma universidade.
Saio do quarto indiferente. Essa semana esta assim, indiferente.
Paro no meio do corredor quando meu celular apita, uma mensagem.
