No. 12

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"O amor sempre é louco quando não é pouco" - Emanuel Correia Balsa

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"O amor sempre é louco quando não é pouco" - Emanuel Correia Balsa

Malon King

Havia passado uma semana des do meu encontro com Harry. Essa foi a semana mais mal-dormida, passava simplesmente a madrugada inteira pensando nele.

Eu já havia me apaixonado antes, mas foi nada parecido, era somente paixões platônicas ou coisas de adolescentes, nunca acrescentou algo na minha vida, ou mudou minha rotina completamente.

Com Harry.... Harry... Não vi mais ele essa semana sem ser nas aulas e no café da manhã que todos os dias tomávamos juntos. Ele simplesmente não saía da minha cabeça, para falar a verdade nem lembro da matéria que aprendi esses dias.

Desenhei bastante essa semana, quando não estava desenhando estava estudando. Mas desenho é uma forma de estudo, não é? Afinal, eu faço artes.

Enfim, vários desenhos de Harry para uma semana só. Eles representavam a minha confusão interna, dizem que paixão é isso, confusão. Mas eu odeio a confusão, eu odiava pensar nele o tempo todo, mas era inevitável.

Hoje Harry não estava me esperando no café, fiquei um pouco decepcionada, estava ansiosa para vê-lo. Então tomei café sozinha, eu até chamaria Lexy, mas ela estava insuportável esses dias.

Respiro fundo e bato na porta da psicóloga. Hoje teria a última sessão, caso o contrário teria que pagar, uma coisa que não estou disposta.

- Olá Malon, fico feliz que esteja aqui, pensei que não viria. - A Dra. Lilian diz quando abre a porta com seu sorriso amarelo estampado no rosto.

Entro no escritório, sento na mesma cadeira que sentei no outro dia.

- Por que não viria?

- Não sei o que se passa nessa cabecinha - Ela senta no seu lugar. - Mas gostaria de saber, enfim, pode começar contando como foi essa semana.

Deveria contar de Harry? Number 9? Obvio que não, idiota. Mas se não contar, não teria mais nada para eu contar da minha semana.

Bom, eu poderia contar, mas escondendo somente alguns detalhes.

- Eu fui numa festa e acabei apanhando de uma aluna daqui, faz uma semana. - ponto para o machucado no meu lábio já cicatrizando.

Sua boca se abre, chocada.

- Quem? Se quiser eu falo com o diretor, não toleramos coisas como essas. - Ela diz com a sua voz suave. - Mas somente se você quiser.

Penso, mas deixo passar, já foi. Não quero confusão para o meu lado.

- Não precisa, enfim. Digamos que um garoto me ajudou, e na emoção da noite fizemos coisas erradas e ele me revelou coisas que... - suspiro- Que eu não desejava que fossem reveladas.

No. 9 || h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora