-Por que não posso ir?- perguntei, eu e Caio estávamos discutindo, pois hoje haveria um baile, e eu queria ir, nunca tinha ido em um, meu pai nunca deixou
-porque não- ele respondeu vidrado em seu vídeo game
-mas eu quero ir caio- cruzo os braços
-mas não vai Lívia, para de ser chata- ele retruca
-você não é meu pai pra dizer o que posso ou não fazer- fico extremamente brava
-ta bom Lívia, você vai- ele diz e eu sorrio- mas como minha acompanhante- meu sorriso se desmancha
-porra- encaro a TV- fazer o que né
-agora vai se arrumar, que já são 20:56- ele desliga o videogame- 21:40 quero você pronta, tendeu?
-sim- me levanto e vou para o quarto
Tomei banho, e passei creme por todo meu corpo e sai do banheiro. Peguei um shorts, procurei alguma camisa mas n achei nenhuma boa, então peguei uma camisa do Caio, era da Lacoste, branca. Não tinha maquiagem e também não me importei com isso, estava confiante com meu rosto limpinho. Passei o perfume dele, que era muito bom. Ele havia me dado um tênis a uns dias atrás, é um puma preto com a sola morrom, é muito lindo.
-ta pron...- ele para se falar ao me ver, ele sorri e meu coração aquece- tá gatinha loirinha
-valeu- sorrio- só falta pentear meu cabelo
-beleza- ele entra no quarto e pega suas roupas no guarda roupa- se manchar minha camisa te quebro- ele pisca pra mim e entra no banheiro
Arrumei meu cabelo, e me olhei no espelho, estava muito gata realmente. Depois de um tempo caio sai do banheiro, arruma o cabelo e passa perfume, ele estava bonito, muito bonito
-foco Lívia- bato de leve em minhas bochechas
-bora?- ele me olha e estende sua mão
-vamos- pego sua mão e fomos para fora da casa
Subimos na moto e seguimos em direção a quadra, já conseguia ouvir o barulho do paredão. Minhas mãos estavam ao redor da cintura dele, o cheiro dele entrava em minhas narinas me deixando arrepiada. O que está acontecendo comigo hoje? Se quer suporto esse homem os outros dias da semana.
Chegamos e eu desci da moto, todos nos encararam e eu me senti envergonhada, ele segurou minha mão e me guiou no meio da multidão até o camarote, que era onde e a maioria dos vapores ficavam, junto de algumas mulheres e amigos
-boa noite chefia- um dos garotos nos cumprimenta
-salve- ele continua me puxando até chegarmos em uma mesa com três cadeiras- senta aí, quer beber alguma coisa?
-pode ser- me sento- traga o que você também vai beber
Ele sai andando e eu fico ali sentada, algumas meninas me encaram, outras só dançam, Pê estava com uma guria, provavelmente uma das ficantes dele, ela é bonita, mas sei lá, não combina com ele
-toma- CL me entrega um copo- é whisky com gelo de côco
-boa noite Lívia- Bruna chega- boa noite chefe
-eai- ele da um gole em sua bebida
-posso levar ela pra dançar um pouquinho?- Bruna sorri e me puxa
-só um pouco- ele se senta
Ela me puxa e eu vejo de longe CL conversando com César e outros rapazes, o som estava alto, estava tocando algum funk, que consistia em repitir "empurra, empurra, empurra, empurra que eu sou puta"
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Amor De Traficante
Teen FictionAos 19 anos Lívia é submetida a sua pior experiência de vida, mas isso só deixou mais claro o quão forte ela é. Dada como uma forma de quitar uma dívida de seu pai, Lívia foi morar com um dos traficantes do Rio de janeiro. Um homem machista, agressi...