Três dias haviam se passado, e ele não voltou, estou angustiada, nunca senti tanta vontade de ver aquele filho da puta, e o pior de tudo é que faz dois dias que Pedro não aparece, e eu não posso sair, estou triste, bastante triste
-Boa tarde dona- um dos vapores entrou, o nome dele é Vitor, mas seu vulgo é VT
-Vitor, onde ele tá?- perguntei- estou preocupada...
-eu não sei dona, já faz um tempo que tô sem informações- ele fala- eu trouxe algumas coisas do mercado pra você, tem pão, algumas frutas, mistura pra semana.
-ok, obrigada- pego as sacolas das mãos dele
Ele sai e eu vou guardar as coisas na cozinha. Após guardar tudo vou para o quarto e me deito, não entendia por que diabos estava tão preocupada com ele, apesar, por mais que ele me prenda aqui, ele meio que cuida de mim, alimentação, roupas, calçado, eu tenho todas essas coisas por causa dele, detesto o fato de estar presa, mas também agradeço a ele por me proporcionar algumas coisas.
°°°
Cai no sono e quando acordei já era noite, me sentei na cama e fiz um coque em meu cabelo. Ouvi algumas vozes na sala
-os meninos vieram deixar mais coisas?- pergunto a mim mesma me levantando, sai do quarto e logo no corredor pude ver Caio de pé na sala, meu coração acelerou e meus pés correram, correram até ele e eu o abracei involuntariamente, o cheiro dele, era disso que talvez eu estava sentindo tanta falta
-loirinha?- ele me chama- isso tudo era saudades?
-cala a boca- encarei ele- você me deixou aqui sozinha, durante 4 dias- empurrei ele- idiota, por que não mandou notícias?
-era uma missão lembra?- ele sorri
-que você disse que iria demorar um dia, e se não voltasse estaria morto- meus olhos lacrimejaram
-não fica brava loirinha, foi mal por isso, ok? Não vai mais acontecer- ele me abraça novamente- também senti saudade
-me solta idiota- empurrei ele- não senti sua falta
-hmm, se é assim tudo bem- ele se afasta
Vejo que há dois rapazes ali também, eles estavam de terno, acho que não são vapores. Volto para o quarto e sinto o calor atingir meu corpo, está muito quente aqui.
°°°
Após tomar banho volto para a sala, onde só Caio está, os caras já tinham ido embora, me sentei do seu lado e ficamos sem dizer uma palavra
-ta cheirosa- ele diz
-onde você estava?- perguntei
-em são Paulo- ele respondeu- eu só tinha que resolver algumas coisas com as favelas de lá
-por que demorou tanto tempo?- continuei a perguntar
-quer sair?- ele muda de assunto
-pra onde? Podemos ir na pracinha?- me empolgo com o fato de sair de casa
-ok, podemos- ele sorri- vamos
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Amor De Traficante
Teen FictionAos 19 anos Lívia é submetida a sua pior experiência de vida, mas isso só deixou mais claro o quão forte ela é. Dada como uma forma de quitar uma dívida de seu pai, Lívia foi morar com um dos traficantes do Rio de janeiro. Um homem machista, agressi...