Dois dias depois...
Caio agora está preso, vai haver um julgamento, daqui algumas semanas, Pablo me disse que ele provavelmente vai ser condenado por vários crimes, entre eles, sequestro e cárcere privado. Por enquanto vou morar em um abrigo, não posso voltar a morar no morro, e de qualquer forma, eu descobri que o Caio matou meu pai, mas isso não dói tanto quanto tudo o que ele me fez. Eu preciso de um emprego, preciso me programar para o futuro.
- quer um café?- Adriana perguntou, ela é uma assistente social que está acompanhando o caso
- não, obrigada- respondi, eu apertava minhas mãos, que estavam frias, parece que estou morta- posso te fazer uma pergunta?
- claro querida- ela se senta ao meu lado, em uma das cadeiras da delegacia
- é normal eu sentir falta dele?- senti meus olhos marejados
- já ouviu falar em síndrome de estocolmo?- neguei com a cabeça- é o nome normalmente dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo amor ou amizade perante o seu agressor. Você provavelmente vai precisar de tratamento, mas não se preocupe, vai dar tudo certo- ela sorrio tentando me confortar
°°°
Fui levada até o abrigo, pelo o que soube eles só podem me acolher durante 60 dias, o lugar não é um dos melhores, tenho que dividir meu quarto com mais 5 pessoas, a comida e a limpeza fica por nossa conta. Não que eu esteja sendo ingrata, mas, eu odeio tudo isso, não fui criada no conforto absoluto, mas nunca fui submetida a este tipo de situação. A vida vai ser difícil daqui pra frente, mas tudo bem, é um passo de cada vez.
- você precisa tirar novos documentos- Adriana comentou- você tem algum dinheiro?
- minha mãe tinha uma conta poupança para mim, mas não tenho certeza de que ainda há dinheiro lá- falei, meu pai poderia ter gasto o dinheiro, e eu nem sei
- vou ir atrás de algumas coisas para você, mas desde já, comece a procurar emprego, não é fácil eu sei, mas lembre-se, lute pois é você por você mesma- ela sorrio- se precisar de algo, eu deixei meu telefone com o pessoal do daqui, qualquer coisa me ligue
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Amor De Traficante
Teen FictionAos 19 anos Lívia é submetida a sua pior experiência de vida, mas isso só deixou mais claro o quão forte ela é. Dada como uma forma de quitar uma dívida de seu pai, Lívia foi morar com um dos traficantes do Rio de janeiro. Um homem machista, agressi...