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Uma enfermeira já havia trazido meu café da manhã, mas não quis comer, só desejava ir embora, caio permanece sentado na cadeira ao meu lado, sem dizer uma palavra.

-Bom dia- o médico entra- como você se sente?

-pessima- respondi- posso ir pra casa?

-Hmmm, deixe-me ver- ele olha a papelada em sua mão- é, você pode- ele sorri- mas você terá que tomar um medicamento, nada forte, e seu namorado deve ficar de olho em você, qualquer sintoma de dor na nuca, enjoos, vômito, volte imediatamente para o hospital

-Certo- Caio finalmente fala

-vamos assinar a alta dela por favor- ele chama Caio

-na mochila tem roupas pra você, se troque- Caio fala antes de sair do quarto

°°°

Já havíamos saído do hospital, estavamos indo em direção a sua casa, não conversamos, e eu se quer sinto vontade de falar com ele, de olhar ele, até mesmo de respirar no mesmo ambiente que ele respira. Eu só desejava um banho, e horas de sono, nada além disso.

Chegamos e ele estacionou dentro da garagem, com certa dificuldade sai do carro e entrei na casa, fui direto ao quarto, peguei uma roupa e fui tomar banho. Quando sai vi ele sentado na cama, ele segurava uma sacola, e me olhava fixamente

-Seu remédio- ele coloca a sacola em cima da cama e me olha novamente, talvez esperando uma resposta. Uma coisa que ele não obteve- desculpa novamente- ele fala e sai do quarto me deixando sozinha com meus pensamentos

°°°

Acabei dormindo e acordei durante a Madrugada, Caio estava do meu lado, sentado em uma cadeira, dormindo, ele deve se sentir extremamente culpado, ao ponto de ficar aqui a noite toda, obviamente numa posição super desconfortável. Somente observei ele ali, até que ele acordou e me olhou

-Precisa de algo?- sua voz rouca soou

Não respondi sua pergunta, me virei para o outro lado e tentei voltar a dormir, o que foi fácil, pois ainda me sentia cansada

Amor De TraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora