Our Kingdom

28

SELENA

Entramos às pressas no carro e Justin não pensou duas vezes antes de sair dali. Na saída do castelo, uma fila de carros se reproduzia e Justin bateu no volante, revoltado.
– Calma, nós já vamos sair daqui, ninguém percebeu que somos nós, as janelas do carro estão fechadas. – Falei, tentando acalmá-lo.
– Não tenha tanta certeza – Ariana falou apontando para frente – olhem ali!
Olhamos na direção em que ela apontava e lá, repórteres e paparazzi tentavam entrar pelos portões do castelo para chegar até o nosso carro.
– Merda! – Justin gritou – isso é tudo o que eu não queria!
Por sorte, a fila de carros começou a andar e conseguimos passar pelo portão. Alguns paparazzi tiraravam fotos e tentavam nos perseguir mas Justin acelerou e aos poucos, os perseguidores desistiram.
– Parece que a chuva realmente da má sorte em dia de coroação. – Ariana falou, chateada.

Quando Justin me deixou em casa após deixar Ariana, entrei pela porta da sala me sentindo exausta, meus pés doíam e minha mente estava à mil.
Meus pais estavam sentados em frente a TV e assim que entrei me lançaram um olhar surpreso.
– Já sabem do acontecido? – perguntei.
– Sim, estávamos assistindo à coroação, depois que acabou passamos pelos canais e só se fala disso. – Minha mãe contou.
– Eu não acredito! Frank estragou tudo de novo. – Falei, sentando no meio dos dois no sofá.
– Peço que me perdoe, filha, mas não acho que ele tenha estragado – meu pai falou, me olhando nos olhos – ele foi justo, fez o que tinha de fazer, para o bem do reino.
– Mas não para o bem de Justin! Muito menos para o meu! – falei furiosa, apoiando a cabeça no ombro do meu pai.
– Vocês saberão como lidar com isso, pensa em quanta coisa vocês passaram juntos. Não seja injusta consigo mesma, você tem ótimas pessoas ao seu lado. – Minha mãe segurou minha mão enquanto me dizia essas palavras e pensei bem, tudo o que ela dizia era verdade, mas como eu iria passar essa confiança para Justin?
– Justin não tem pais como você tem para ajudá-lo – meu pai começou, como se tivesse lendo meus pensamentos – então você e Ariana tem esse papel de ajudá-lo e confortá-lo.
– Vocês têm razão! – falei, desencostando do ombro do meu pai – Eu tenho que ajudá-lo.
Levantei do sofá e minha mãe perguntou:
– O quê? Agora?
– Isso não pode esperar! – corri para o quarto e me livrei dos saltos e do vestido.
Ainda maquiada, coloquei uma camisa preta, uma calça jeans e calcei o tênis.
– Não esperem por mim acordados! Talvez eu não volte mas estou com celular e avisarei vocês! – Falei para os meus pais.
Fechei a porta da sala e rapidamente abri de novo e acrescentei:
– Pai! Vou usar sua bicicleta!