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JUSTIN

O pensamento de que eu estava fazendo Selena sofrer me atormentava desde a hora que Ariana havia me ligado. Eu não sabia o que pensar, não sabia se estava sendo injusto com ela, mas eu sabia que estava sendo injusto comigo. Se essa história fosse real, eu merecia saber a verdade e sei que Selena poderia me ajudar, pois ela sempre pode.

Apesar de minha mente estar dividida em dois pensamentos: devo falar com Selena, estarei fazendo bem para nós dois, e, não está na hora de falar com Selena, preciso pensar, decidi seguir o pensamento que mais me faria bem no momento: ir atrás dela e ouvir sua voz, ouvir o que ela teria a dizer.

Com isso, troquei rapidamente minhas roupas de ficar em casa e sofrer e vesti algo decente. Depois, peguei as chaves do carro e em menos de 10 minutos, estacionei em frente a casa de Selena.

Não estava totalmente confiante, pois ainda havia algumas incertezas dentro de mim. Deixando os pensamentos ruins de lado, desci do carro e andei em direção à porta de entrada.

Quando a porta se abriu, diferente do que eu pensava, não era Selena quem estava lá, e sim Ariana, que parecia surpresa ao me ver.

– Justin! – ela exclamou e sorri ao ver que ela estava sorrindo. Sempre achei especial a amizade que Ariana mantinha com Selena e consegui notar em seu semblante o quão feliz ela estava por ver que eu estava ali pela Selena.

– Obrigado, Ariana – foi tudo que consegui dizer – por me mostrar o que fazer.

Ela sorriu mais uma vez e eu a abracei.

– Selena está no quarto, deitada na cama desde manhã. – Ela disse, desfazendo o abraço com gentileza – A mãe dela está na cozinha. Vocês merecem um tempo juntos, vou para casa agora, mas me ligue se precisarem de algo.

A agradeci e entrei na casa, fechando a porta atrás de mim. Passei pela cozinha e dei um olá para mãe de Selena, que me retribuiu com um sorriso. Naquele momento, desejei que ela não soubesse do que tinha acontecido.

Dei um breve suspiro antes de girar a maçaneta e ver Selena deitada em sua cama, coberta por cobertores e edredons, de olhos fechados. Assim que coloquei um pé no quarto, ela sentiu minha presença e abriu os olhos surpresos.

– Justin! – ela sorriu e sentou na cama, corri para perto e sentei à sua frente.

– Desculpe – falei, mas não sabia se era o certo a dizer.

– Não, eu que peço. – Ela disse, e segurou minhas mãos com as suas, que estavam frias. – Deveria ter te contado desde o ínicio, foi estupidez querer resolver isso sozinha.

Eu não consegui responder, mas a abracei forte e por um momento fiquei sentindo seu cheiro suave e inconfundível.

– Pode me contar tudo o que sabe? – Perguntei me afastando, e ela assentiu, respirou fundo, e começou a contar.  

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