Meu Crime É Te Amar

Perdóname

[..."No final da estrada

Deve haver uma saída

Onde eu não seja

Só um erro pra você

Não quero te perder..."]

***

~Pov Estevão

- Põe o celular na cama. Agora. - Manteve a arma direcionada a mim.

- Me deixe explicar os motivos pelos quais eu... Minha intenção... Eu nunca quis Maria...

- Eu não quero suas explicações! Não quero suas mentiras! Você é um bandido, um criminoso da pior espécie e nada... Absolutamente nada vai mudar isso. Agora põe esse maldito celular na cama e venha até mim - Se manteve firme com a arma em minha direção.

- Maria, eu te suplico...

- Não me faça querer descarregar esse revólver em você Estevão porque eu não terei piedade. Eu juro que não terei piedade. Faz o que eu mandei. Agora!

Eu sabia que Maria jamais me perdoaria pelo o que eu fiz, por eu ser quem era. Finalmente estávamos frente a frente diante da nossa realidade. Uma policial a serviço da justiça e um bandido a serviço do crime.

Fiz o que ela ordenou e fui até onde estava.

- Suas mãos - Disse firme ainda com a arma em minha direção.

Virei de costas e juntei meus pulsos pra ela pôr as algemas. Sabia que seria preso ali mesmo.

- Eu disse as mãos. Não que me desse as costas.

Virei-me pra encarar seus olhos novamente. Desprezo, um profundo desprezo. Era a única coisa que Maria demonstrava por mim naquele olhar.

- Não vai me prender?

- Não, eu não vou te prender - Pôs o revólver em minhas mãos - Termine o serviço que você deveria ter feito naquele dia do assalto. Foi pra isso que se aproximou de mim, não? - Uma lágrima lhe escapou.

- Você não pode estar falando sério.

- Vai perder a oportunidade de agradar o seu querido chefe? Você já o decepcionou uma vez, não o decepcione de novo Estevão.

- Eu não vou fazer nada! Eu não vou te matar se é o que pretende - Disse um tanto irritado.

Como Maria podia pensar que eu seria capaz de mata-la, sendo que por ela... Por ela eu daria minha vida.

- É melhor fazer o que eu mandei Estevão porque um de nós dois não vai sair vivo daqui hoje.

- Então - Lhe devolvi o revólver - Pode me matar se quiser já que aqui você é a única autoridade... Porque eu... - Me aproximei do seu rosto - Eu não vou encostar um dedo em você Maria.

- Vai tentar bancar o bandido bonzinho outra vez como naquele dia? Você... - Me encarou com frieza - Você não passa de uma farsa. Não é nada mais que isso! Ha pouco me falou da covardia de Luciano... Mas você Estevão, você é pior que ele.

- Não me compare com aquele babaca - Segurei seus braços mais forte do que devia - Porque minha intenção nunca foi enganar você. Nunca!!

- Mentira! Eu não acredito em você, em nada do que disse! - Tentou se soltar mas eu não deixei.

- Eu fingi sim todo esse tempo, eu errei Maria, eu menti, mas acredite ou não foi pro seu bem. Foi por você.

- Não tente me enganar de novo porque dessa vez não vai funcionar.