[... "Porque tudo que há em mim
Ama tudo o que há em você
Ama suas curvas e todos os seus limites
Todas as suas perfeitas imperfeições..."]
***
~Pov Maria
Após buscar informações sobre aquele broche em algumas joalherias e ouvir a mesma coisa de todas as bocas decidi por fim, encarar o que tanto temia.
Estacionei meu carro frente àquele lugar e pensei duas vezes antes de entrar por aquela porta. Eu poderia fingir que nada tinha acontecido, mas depois de tanto tempo não havia mais como evitar.
- Bom dia.
- Bom dia Maria, quanto tempo... – Disse surpreso.
- Acho que já sabe por que eu vim.
- Sabíamos que cedo ou tarde esse momento iria chegar Maria.
- Sim, e chegou cedo. Muito cedo...
*
Depois de horas e horas enfrentando aquele trânsito caótico, finalmente cheguei em casa.
Me livrei dos saltos em meus pés e com uma caixa de bombons em mãos subi as escadas mais que depressa.
- Nana! Assim que puder vem até o meu quarto, por favor – Gritei apressada sem ter ideia de em qual parte da casa ela estaria.
Fui até o quarto onde estavam os pertences de Estrela e peguei um conjunto de roupa pra ela, alguns brinquedos e sua toalha de banho. Segui até o meu e em menos de dois minutos Nana apareceu.
- Onde a senhorita está indo com tanta pressa? – Indagou surpresa com o meu estado.
- Vou passar o dia no apartamento da Lari, graças a Luciano agora sou uma desocupada – Terminei de comer o chocolate que eu tinha em mãos – Acho que ainda tem bombom aí... – Apontei para a caixa em cima da cama – Se quiser comer já sabe que não precisa fazer cerimônia Nana – Peguei algumas coisas pessoais e pus em minha bolsa.
- Descobriu alguma coisa sobre o broche? – Pegou alguns bombons da caixa e me acompanhou na comilança.
- Nana – Parei por um instante – Você acredita que aquele criminoso possa ser o verdadeiro dono do broche?
- Foi isso que te falaram?
- Sim, fui em diversas joalherias, inclusive nas que eu costumo comprar e todos me deram essa mesma resposta.
- Talvez sim filha, tudo pode acontecer...
- Mas algo não se encaixa Nana – A olhei inquieta – Supondo que aquele bandido seja mesmo o dono do broche, por que ele estaria roubando? Acredita que em uma das joalherias me ofereceram uma fortuna por ele? – Ela me olhou surpresa – Isso aqui é uma preciosidade Nana, e eu não entendo o porquê dele roubar se poderia simplesmente vender o broche e recomeçar a vida...
- E se eu bem te conheço, a senhorita não vai desistir até descobrir tudo sobre a origem desse objeto e a relação dele com esse criminoso, verdade?
- Você me conhece muito bem – Pisquei pra ela e em seguida saciei aquela vontade súbita por chocolate. Só restavam três na caixa.
- Nossa, isso está uma delícia... – Lambi meus dedos mesmo sabendo que estavam cheios de bactérias. E daí que estavam?
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Meu Crime É Te Amar
RomansaDois mundos opostos: O Crime & a Justiça. Se encontram em uma perigosa e fascinante armadilha do destino.