Voy a Ganar Tu Amor

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[..." Mesmo quando está chorando

Você continua linda;

O mundo está te massacrando

Mas eu estou por perto a todo momento..."]

***

~Pov Estevão

Assim que entrei no carro, Maria o ligou rapidamente, parecia estar com muita pressa. E quando estávamos prestes a sair dali ela voltou para o mesmo lugar de antes.

- Droga! – Desligou o carro. Estava muito tensa...

- Maria...

- Não se atreva a sair daqui sem a minha permissão – Continuou seu olhar fixado para o outro lado do estacionamento que ficava bem à nossa frente.

Fiquei confuso com a atitude dela, realmente não estava entendendo nada.

Foi então que percebi, um carro estava entrando no ambiente. E me surpreendi ao ver quem saiu dele ao estacionar, Luciano, o esposo dela.

Naquele momento entendi o porquê de Maria ter me mandado entrar em seu carro e a sua grande pressa em sair dali.

A olhei e vi o quanto ela estava nervosa. Tinha suas mãos sobre o volante e os ombros bem levantados tentando controlar sua respiração. Era o reflexo da sua tensão.

Olhei novamente para Luciano que se dirigiu até a outra porta do carro e a abriu, tirando de lá uma mulher loira, cabelos longos e aparentemente muito bonita.

Após sair do veículo, ela carinhosamente o beijou e ele correspondeu. Logo, saíram de mãos dadas, mas o caminho que eles seguiram não era o de acesso ao Shopping, não mesmo.

Voltei minha atenção pra Maria sem saber o que fazer, o que dizer. Não conseguia sequer imaginar como ela estava se sentindo.

- Maria, eu...

- Por favor, saia daqui.

- Maria...

- Eu estou te implorando Estevão, me deixe sozinha – Ela manteve seu olhar firme na direção em que estava. Não me olhou.

- Eu vou sair, mas antes... É ele o seu esposo? – Tive que fingir não saber nada sobre ela.

Aquilo me fez sentir um cretino sem escrúpulos, um miserável. Eu estava invadido sua vida, sua privacidade, e o pior, fingindo ser alguém que eu não era.

- Maria... – Me aproximei dela e com a mão em seu queixo a fiz olhar pra mim – Acariciei seu rosto enquanto ela me olhava atentamente. Seus olhos estavam tristes, bem tristes...

Naquele momento tive vontade apenas de uma coisa, abraça-la bem forte, protegê-la de qualquer mal que viesse a atingi-la.

Era o mesmo instinto de proteção que eu senti quando a vi caída e gravemente ferida no piso daquela agência bancária.

Uma necessidade enorme de protege-la, assim como quando Halbert ameaçou mata-la caso eu não cumprisse suas ordens de me acercar e recuperar algo que supostamente ela tinha contra a quadrilha.

E somente por Maria eu estava ali naquele momento, fingindo ser um homem bom. Fingindo ser alguém que eu jamais fui e provavelmente jamais seria. Somente por ela...

- Por favor Estevão, me deixe – Percebi que talvez ela não quisesse que eu saísse. Apenas estava tentando não ter que chorar em minha frente.

- Você é maravilhosa Maria – Acariciei novamente a pele macia do seu rosto – Por aí há milhares de homens que fariam qualquer coisa pra te ter, e nesse momento, você está bem diante de um deles... – Me aproximei do seu rosto, queria beija-la novamente.

Meu Crime É Te AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora