Grávida de um Super Star

Capítulo XXV

  Com seis meses de gestação muita coisa havia mudado. Desde o momento em que senti meu bebê se mexer acho que fiquei mais conectada com ele. Era como se eu sentisse que agora, realmente era uma mãe. Todas as vezes que eu durmo de lado ele fica chutando minha barriga e eu tenho que ficar com a barriga para cima, acho que só quem é mãe sabe o quão especial é sentir seu filho se mexer.
  Desde o momento em que eu descobri que estava grávida, nunca comprei nada para o meu filho e agora estava mais do que na hora de sair às compras.
  Desde o dia em que eu sai e não dei noticias de aonde eu estava, o empresário me obrigou a sair somente com um segurança - o que era super chato. Sempre tentava puxar assunto mas o Clark (era o que tinha me buscado no aeroporto) nunca falava nada.

- Você vai me seguir? - digo assustada.

- O senhor Calle me deu instruções para segui-la em todos os lugares que a senhorita for.

  Foi aí que eu pensei: Faziam três semanas que eu não saía de casa para nada, eu havia ficado o tempo inteiro dentro daquela mansão.

- Não se preocupe, Clark. Eu não vou ser sequestrada!

- Sinto muito, senhorita. Ordens do patrão.

- Ah. - digo desanimada.

  Mas por que o Calle tinha pedido isso? Será que ele achava que eu ia fugir ou algo do tipo enquanto ele estava fora? Ah, é verdade, no dia seguinte que ele me deu um fora ele viajou, ou seja, há três semanas. E ninguém sabia aonde, o porquê e a volta.
  Continuei olhando várias roupinhas, cobertores e outras coisas que eu precisaria para ir embora com meu filho. Engraçado, meu filho, há seis meses eu jamais imaginaria que isso tudo iria acontecer.

°°°°°°°

  Cheguei em casa com várias sacolas (a maioria carregadas por Clark) e me deparei com a Margot fazendo o almoço.

- Oi, oi, oi! Que cheiro maravilhoso é este? - digo animada.

- Oi, menina! É risoto de lula, sei que adora lula então... Mas não vai se acostumando porque isso acontece uma vez na vida. - ela fala enquanto gesticula com a colher de pau.

- Está bem. - rio - Pode deixar aqui por favor, Clark.

- O que é tudo isso?

- São as coisas que vou precisar para ir embora com meu filho.

- Você ainda não decidiu o nome dele não?

- Não, eu queria que tivesse algum significado, sabe? Que me lembrasse alguém importante ou coisa do tipo.

- Que gracinha, tão profunda você. - disse ironicamente - Mas me mostra o que você comprou.

  Quando eu tirei o primeiro macacão da sacola, ela gritou.

- O que foi, Margot?

- Meu dedo, vai ter que dar ponto. Clark, corre aqui!

  Saía muito sangue.

- Você quer que eu vá com você para o hospital?

- Não precisa, apenas mexa meu risoto por dois minutos e depois desligue o fogo.

- Está bem, boa sorte!

  Coitada, se já era ruim cortar o dedo levemente imagina cortar ao ponto de ter que ir ao hospital para levar pontos. Continuei mexendo o risoto até ouvir uma voz conhecida.

- Você cozinhando?

  Desliguei o fogo e me virei. Era o Calle. Todo lindo com uma camiseta branca. Ele estava bronzeado.