Capítulo XXXII

8.5K 531 56
                                    

   Sabe quando você pensa que é bom demais para ser verdade? Pois é, era exatamente isso que eu estava me perguntando. Eu abri os olhos e me vi abraçada com o cara que eu gostava, eu tinha amigos que já provaram mais de uma vez que eram verdadeiros, meu filho nasceria logo, logo... Eram tantas coisas boas que eu sempre ficava com o pé atrás.
   A minha noite com o Calle foi maravilhosa, eu senti seu corpo quente contra o meu, seu perfume, ele tinha sido tão fofo que eu acho que gostava ainda mais dele.

- Bom dia, White! - e me deu um beijo na testa.

   Não respondi, apenas olhei para ele e sorri. Eu desejava poder ficar ali por um longo tempo mas não podia, se o Bane visse aquela cena ele arrumaria mil e um motivos para nos afastar.

- Eu preciso ir antes que o seu maravilhoso empresário me veja aqui. - digo me sentando.

   Foi aí que eu observei o Calle com detalhes: sua bochecha estava ralada, assim como seu ombro e seu braço estava engessado.

- Fica mais um pouco, vai! - diz puxando meu braço.

- Você venceu! - e fiquei por mais um tempo ali - Deixa eu te perguntar, você não devia tratar seus machucados não?

- Eu nem sei aonde estão as coisas.

  Eu procurei e achei um remédio para machucados e passei onde tinha os ralados.

- Eu gosto quando você cuida de mim. - ele diz sorrindo.

- É o mínimo por tudo o que você fez por mim, Calle. - e sorri de volta encarando seu belo par de olhos azul escuro - Mas agora eu preciso ir mesmo antes que algo aconteça. - e dei um celinho nele.

°°°°°°°

   Até hoje o mistério sobre a transferência do cem mil dólares não tinha sido resolvido e isso me deixava apreensiva. Ele não gostava de mim e nem eu dele mas, era necessário que eu fosse até o escritório para saber se tinha alguma novidade.

- Senhorita White, o que quer? - ele diz não desviando o olhar da tela do notebook enquanto digitava algo.

- Bom dia para você também, senhor Bane! - digo enquanto me sento.

- Eu vou perguntar novamente, o que quer?

- Quero saber se tem alguma novidade sobre o caso do roubo.

- Ah sim. Não, ainda não, isso está cada vez mais estranho de resolver mas caso eu saiba de algo eu mesmo irei te dizer. Isso se não foi você mesmo, não é?

- Me poupe, está bem? Eu sei que você não gosta de mim, o que é recíproco. Eu relevo mas, ficar com desconfiança quando já se foi provado que não tenho nada haver com isso já é demais para mim, está bem?

- Não gosto mesmo não! E eu sei que você dormiu com o Bryan esta noite, eu ia fingir que não vi mas você é atiradinha demais.

- Dormi mesmo! E foi maravilhoso! - digo com ênfase no maravilhoso.

- O Bryan não gosta de você! Logo, logo você mesma vai ver com seus próprios olhos.

  E sai. Eu não disse nada mas não sei se foi porque era a melhor coisa a se fazer ou se porque eu não tinha o que dizer. E outra vez a dúvida de que o Calle estava me usando voltara para o meu pensamento.

- Será mesmo, Calle? - digo para mim mesma enquanto vejo a foto dele com a Alexis.

  Algum tempo depois de eu ter almoçado estava na piscina aquecida (já que estávamos no inverno) aproveitando a água quente quando o Calle entra também.

- O que é aquele pacotinho ali? - aponto para uma caixinha na beirada da piscina.

- Daqui a pouco eu te mostro. - disse jogando o cabelo para trás - White, e-eu... Eu quero te falar uma coisa.

- Pode falar.

- Eu nunca te contei isso mas naquela noite lá na boate, eu que me aproximei de você e por incrível que pareça não dava para ver que você estava drogada. A gente ficou conversando por um tempão e depois você disse que me odiava, foi aí que eu vi que você não estava tão sóbria - ele riu - e daí fomos para o quarto e rolou.

- Eu...

- Deixa eu terminar. Aí quando eu soube da sua gravidez fiquei em choque e me afastei completamente. Mas eu descobri que eu gosto de você, eu gosto de estar com você, eu gosto de te beijar, eu gosto de ver o quão forte você é e eu gosto de saber que o Henrique também é meu filho. E é por isso que eu comprei esse presente para o nosso filho. - e me entregou a caixinha.

  Espera, ele disse NOSSO FILHO?! Quando eu abri a caixinha começou a tocar um barulho que eu sabia que era o coração do Henrique e tinha um colar com um pijente de coração e dentro uma foto com o ultrassom de quando descobrimos o sexo dele.
   Sem que eu percebesse lágrimas rolavam pelo meu rosto, aquilo era lindo, era tão...

- Isabela White, eu quero muito que você seja minha namorada, você aceita? - ele me encara.

- É claro que sim! - digo e quando vou para abraçá-lo a barriga impede e nós dois rimos - Com certeza sim!

- Bryan, você precisa vir aqui urgentemente! - diz Bane.

- Nos vemos mais tarde! - e saiu.

°°°°°°°

   Contei para a Margot tudo o que tinha acontecido.

- Menina do céu! Isso é incrível! - diz enquanto preparava o jantar- Eu estou feliz demais por vocês!

- Imagina como eu estou! Sei lá, as vezes parece que é bom demais para ser verdade.

  O interfone toca e a Margot atende.

- Menina, chegou uma visita para o Bane e o Calle e você pode levá-la para o escritório, por favor?

- Claro.

   Quando cheguei na sala, lá estava a visita. Só podia ser brincadeira... Sim, era a Alexis.

Grávida de um Super StarOnde histórias criam vida. Descubra agora