Grávida de um Super Star

Capítulo XXXVIII

  Com o tempo você acostuma com a dor. Fazia um ano que o Henrique tinha morrido e com o tempo aprendi a lidar com a perda, embora eu nunca mais fui a mesma pessoa.

- Bom dia, senhorita White! - diz Diana - Aqui estão seus compromissos diários. - ela me entrega uma agenda.

- Obrigada, Diana! Você pode ligar para a confeitaria e confirmar os doces para o casamento da Rachel, por favor?

- É claro que sim! Com licença. - e saiu.

   Quando voltei a trabalhar na editora todos me perguntavam o porquê de eu estar "mudada" mas eu nunca contei a verdade. Acho que evitar que os outros tenham pena de você a dor pode ser escondida.

"- Senhorita, White! A sua saúde está melhor? - diz meu chefe.

  Haviam se passado três meses desde que o Henrique se fora e o prazo de um ano que eu tinha assinado com meu chefe havia chegado ao fim.

- Sim, deu tudo certo. - menti

- Que bom, seja bem vinda de volta! - e sai da sala dele.

  Quando entrei na minha fui recebida com balões e um cartão de boas vindas dos meus colegas de trabalho.

-  Bem vinda de volta, Isabela! - disse Diana me entregando um cupcake de baunilha e frutas vermelhas.

- Estávamos com saudades! - disseram me abraçando

- Obrigada, gente! Eu estou tão feliz por estar de volta! - disse.

  E eu não estava mentindo mas uma parte de mim queria estar em Los Angeles com o Calle e com meu filho. Só que a outra parte estava feliz por estar tentando seguir em frente.

- Estou te achando abatida, está tudo bem? - disse Diana.

- Está sim. - dou um sorriso amarelo."

   °°°°°°°°°°°

  Eu sempre tive o costume de chegar do trabalho sentar no sofá enquanto comia e assistir televisão (que provavelmente estariam falando sobre o Calle) mas depois de tudo eu raramente assistia televisão, eu tinha medo de ouvir o nome Bryan Calle, para falar a verdade, eu não sei se era medo, talvez fosse receio ou medo de relembrar o passado. 

- Isa, você ainda não está pronta? Daqui a pouco temos que ir no jantar com o Paul! - Rachel diz.

- Nossa, é verdade! Já estou quase pronta, só preciso me maquiar. - digo passando rímel.

  Paul era um homem alto, musculoso, moreno com os olhos bem escuro que trabalhava como fotógrafo de moda. Nós três sempre íamos em algum restaurante japonês conversar e ele era tão especial que nunca me sentia de vela perto dele (é claro que não eram todas as vezes que eu ia com eles) e logo, logo os dois casariam.

- Eu estava pensando que já que depois de amanhã é o casamento de vocês, você podia chamar aquele seu amigo para colocar as coisas da Rachel na casa nova. - digo.

- O Roberto? É, pode ser. Além do mais ele já trabalha com isso também então... - ele diz.

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   Em um ano tanta coisa aconteceu: voltei a trabalhar na editora, fiz uma tatuagem (era um mini "H" com asas na parte "de dentro" do braço) e por último mas não menos importante, neste exato momento eu estava olhando para a noiva mais linda. A Rachel estava se casando com o Paul. Esse era um dos momentos mais felizes da minha vida, o Paul era maravilhoso para ela e eu tinha certeza de que ele era o cara certo para os dois viverem juntos.

- Rachel Smith, você aceita Paul Loris como seu legítimo Esposo? - diz o padre.

   Eles estavam casando numa catedral linda, estava toda enfeitada e o casamento estava lotado por causa dos contatos dos dois. Rachel usava um vestido trompete com um coque alto, ela estava super estilosa e linda.

- Aceito. - ela diz sorrindo.

- E você, Paul Lorris? Aceita Rachel Smith como sua legítima esposa?

- Eu aceito.

- Sendo assim eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva! - e todos comemoravam

  Rachel era a pessoa mais feliz do mundo. Eu estava tão feliz por ela que não pude conter as lágrimas. Eu te desejo o melhor, minha amiga!
   Estava na hora de o casal ir para a lua de mel e como de costume a noiva ia jogar o bouquet. Sim, ele caiu nas minhas mãos. Não, eu não estava no meio daquele monte de mulher, ele simplesmente veio em minha direção.

- Isa, obrigada por tudo minha amiga! - ela me abraça - Eu te amo muito!

- Eu te Amo! - e nos abraçamos.