Capítulo VII

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  Durante meu trabalho eu não me concentei totalmente, aquele positivo no teste da farmácia ficava se repetindo várias e várias vezes na minha cabeça. Se eu estava com a consciência limpa de que não havia feito nada, por que eu estava tão aflita, aflita não, apreensiva?
  Rachel me buscou no final da tarde e fomos direto ao hospital.
...

- Daqui uma hora a senhorita poderá voltar que o resultado do seu exame estará pronto! - disse a enfermeira.

- É cem por cento seguro, não é? - diz Rachel

- Sim, aqueles de farmácia costumam errar, mas esse de sangue não. Bom, eu preciso ir, com licença!
  Nos sentamos na sala de recepção. Por que eu estava ali? Não fazia sentido!
- Rachel, por que estamos aqui? Não faz sentido algum se eu tenho certeza que não fiz nada com ninguém. Vamos embora?
- Você quem sabe! Eu estou pronta para fazer o que você pedir. - diz se levantando
  E fomos embora.
...
  Estávamos assistindo um filme de terror. Não era o nosso tipo favorito mas é sempre bom sentir um pouco de medo de vez em quando. O engraçado dos filmes de terror é que todas as pessoas sabem que nada daquilo existe, que são apenas atores maquiados e efeitos especiais, mas sempre temos medo, principalmente na hora de dormir. O pior é quando surge aquela vontade de ir ao banheiro ou beber água que não dá para esperar.
  No momento ápice do filme, Rachel e eu estávamos super tensas e prestando atenção quando de repente... O telefone toca, quase caímos do sofá.
- Eu atendo! - digo
  Fui até a cozinha.
... Alô! Quem é?...
... Isabela, é o seu nome, não é?...
... Sim, mas quem é você?...
... Isso não importa agora, eu apenas gostaria de te avisar que você vai pagar muito, mais muito caro por ter ficado com o meu ídolo!...
... An? Desculpa, mas eu não tenho ideia do que você está falando! Já está tarde, então se não se importa, eu tenho que desligar, adeus!...
... Você vai se arrepender, Isabella White!...
  O que foi aquilo? Quem era aquela mulher?
- Quem era? - diz Rachel trazendo as coisas que comemos para a cozinha.
- Eu não sei. - mesmo assim contei tudo para ela.
- Que estranho! Deve ser algum dos nossos amigos passando trote já que todos nós sabemos que você não vai com a  cara do Bryan! - diz
- É, vamos dormir!
  E fomos.
...
  Eu novamente estava fazendo as mudanças necessárias para o livro do senhor Darwin.
- Senhorita White, com licença! - diz Diana - O senhor Darwin está aqui.
- Mas eu não me lembro de tê-lo chamado.
- Mas não chamou, ele veio aqui para falar sobre o livro. Se você não quiser recebê-lo eu arrumo uma desculpa para ele!
- Não, está tudo bem! Mande-o subir, por favor!
- Com licença!
- Ah! Diana, você poderia entregar isso ao Diego, por favor? São os papéis de que ele precisava.
- Claro! - diz e sai da sala.

  Alguns minutos depois o senhor Darwin bate à porta de vidro.
- Senhor Darwin, entre por favor! - Com licença! - disse e sentou-se

 - Eu queria saber como está o progresso as mudanças do livro.

- Claro - digo e viro o monitor do computador para que ele veja - Neste capítulo havia alguns erros ortográficos, mas fora isso está tudo certo. Eu só tenho que terminar o último capítulo!
- Eu poderia levar para casa?
- Por enquanto não, eu tenho que terminar as mudanças e o senhor deverá fazer o pagamento, já que isso é um trabalho extra.
- Claro, claro. E quanto fica? - diz tirando a carteira.
  Eu já ia respondê-lo quando, de repente, meu estômago fica ruim, eu iria vomitar. Coloquei a mão na boca e fiz um sinal para que o senhor Darwin aguardasse.
  Eu vomitei. De novo isso? O que estava acontecendo comigo? Molhei o pescoço e retoquei meu batom nude decidindo voltar para o escritório.
- Desculpe a demora, onde estávamos mesmo? - digo respirando fundo
- A senhorita está bem?
- Sim, obrigada. Estávamos falando do preço, não é mesmo?
- Correto.
- Eu não sou responsável sobre esta parte, eu posso chamar a Diana para te levar até o responsável pelo financeiro.
- Então está tudo certo! - diz enquanto eu chamo Diana pelo telefone
- Está sim, eu só preciso terminar as mudanças e te entrego por e mail. Diana, você poderia levá-lo até o Rodrigo para que ele possa pagar o serviço, por favor?
- Claro! Senhor Darwin, me acompanhe por favor! - diz e os dois saem.
  Ele era tão idiota que nem me pediu desculpas por me assediar outro dia. Mas pelo menos a minha parte com ele estava no fim.
- Isabela, com licença! Aqui está o livro da senhorita Milles, e nesta parte está escrito o que você deve fazer. - diz Gabriela.
- Obrigada!
- Com licença!
...
  Naquele momento eu estava tomando chá juntamente com meus colegas de trabalho.
- Senhorita White - era Diana - tem uma ligação para você.
- Quem é?
- Ela diz que se chama Caroline. Quer atender agora ou eu peço para que ela ligue mais tarde?
- Eu atendo. Com licença, gente!
... Alô!...
... É a Isabella quem está falando?...
... Sim, você se chama Caroline, não é?...
... Na verdade não, apenas inventei esse nome. Estou triste porque você nem me reconheceu!...
... Você é a mulher que me ligou ontem! Como você sabe meu telefone de casa e do trabalho?...
... Isso não importa, mas se prepare porque daqui há alguns dias todos ficarão sabendo que você e meu ídolo ficaram...
... Quê?...
... Se você não quiser que nada disso apareça na TV, eu preciso de cinquenta mil dólares!...
... Do que você está falando? Eu não fiquei com ninguém! E quem é o seu ídolo?...
... Você não devia ter aparecido naquela maldita boate! Eu vi vocês dois juntos no quarto vip. Mas eu já falei demais, o prazo para me entregar o dinheiro são daqui cinco dias!...
... Mas...
  Ela havia desligado. Será que ela estava falando a verdade? Se fosse verdade, agora tudo estava fazendo sentido.
  As peças estavam se encaixando.

Grávida de um Super StarOnde histórias criam vida. Descubra agora