Capítulo XXXIX

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  Depois que a Rachel casou com o Paul eles se mudaram para uma casa e eu resolvi mudar de ares, acabei me mudando para um prédio mais perto da editora. Eu precisava seguir em frente, ter minha própria vida e o quarto pronto do Henrique no apartamento e todas as lembranças do passado só me deixavam triste, por isso decidi me desfazer dele e mudar de casa.
   No dia seguinte, após o trabalho comecei a abrir as caixas e colocar as coisas no devido lugar. Meu novo lar era pequeno, havia uma sala, cozinha, suite com closet, outro quarto, outro banheiro e uma sacada.

- Preciso descansar um pouco, se me dissessem que mudar de casa dá tanto trabalho acho que pensaria duas vezes antes de tomar essa decisão. - digo deitando no sofá.

"Existiam várias funções para uma tatuagem:
1°. Enfeitar o corpo de alguém que achou legal o Desenho;
2°. Ter um significado
3°. Eternizar um momento.

   Era por isso que eu faria uma, para eternizar um momento.

- Eu vou querer este desenho aqui! - entrego o papel para a mulher.

  Era um "H" com asas nas laterais.

- Aonde vai querer fazer? - disse a mulher.

- No braço.

  E fiz. Minha primeira tatuagem. Era pequena e discreta mas tinha um significado gigantesco para mim."

°°°°°°°°°°°°°°°°

   Uma semana havia se passado depois do casamento da Rachel com o Paul e eles estavam de volta da lua de mel.

.... Conta tudo, Rachel! Como foi em Cancun?...

... Isa, foi maravilhoso! A comida, as praias, as pessoas...

... E o Paul?...

... Você conhece ele, não é? Fez amizade até com o moço da faxina. Mas e você, como está no apartamento Novo?...

... Te dou apenas um conselho: Não mude de casa. Até hoje ainda tem coisa para colocar no lugar...

... Ainda bem que você deu a ideia de chamar o Roberto, porque acabei de chegar na minha nova casa e está tudo no lugar...

... Rachel eu preciso desligar, tenho uma ligação. Beijos...

   "Senhorita White, aqui em baixo tem a encomenda dos livros que você pediu. Quer que eu mande entregar aí? -  diz Diana."

  "Não precisa, eu mesma vou aí."
  A editora era um típico arranha céu de Nova Iorc, aquele tanto de andar e eu lá, dentro do elevador esperando chegar o primeiro andar, eu não tinha paciência para aquilo. 
   Saí do elevador sem olhar para frente e de repente me vejo no chão juntamente com um homem.

- D-desculpe é que eu saí rápido...- e quando olhei para o homem era nada mais nada menos do que Bryan Calle.

   Como ele estava de óculos e boné as pessoas não o reconheceram. Mas assim que nos trombamos o mesmo caiu do seu rosto revelando aqueles incríveis olhos.

- C-calle?! O que está fazendo Aqui? - digo perplexa enquanto ele tenta disfarçar para que ninguém o reconheça.

- Olá, White! Será que podemos conversar? - ele diz sorrindo e me ajudando a levantar enquanto algumas pessoas olham.

- Lá fora.

- Se quiser uma multidão em nossa volta, vá em frente!

- No meu escritório então, só não deixa ninguém te reconhecer.

  Por que as salas eram todas de vidro? Por sorte tinha a persiana que tampava.

- Bryan Calle, depois de tanto tempo nos vemos novamente. - digo sentando em minha mesa - O que lhe trouxe até aqui?

  E ele me conta tudo sobre o Jake e o Bane, tudo o que tramaram.

- Eu... Eu não sei o que dizer. - digo chocada - Sinto muito.

- Eu também.

- Como estão todos? A Margot, o Silvestre, a Hanna...

- Estão bem. A Hanna está fazendo administração e está namorando com um cara da sala dela e a Margot e o Silvestre estão na mesma. E você? - ele diz se aproximando.

- Estou indo. - suspiro - Mas a vida que segue. E Você?

- Também. Você quer sair comigo esta noite?

- Sair com Bryan Calle? Meu Deus, isso é maravilhoso! Imagina quando souberem que eu, Isabela White saí com o astro Bryan Calle!

- É sério!

- Pode ser. A gente se encontra aonde?

- Eu vou até a sua casa.

- Está bem, Calle. Deixe-me anotar o endereço. Prontinho.

- Às sete. - ele diz indo em direção à Porta - até lá.

- Às sete.

   Por que eu aceitei aquilo? Será que eu ainda era apaixonada por ele? Mesmo com tudo que ele fez comigo?
   Depois de algumas horas ouvi o intefone tocar com o porteiro dizendo que o Calle estava a minha espera. Ele estava em um carro preto, e pela primeira vez era ele quem dirigia.

- Olá, Calle. - digo entrando.

- Certos costumes nunca mudam.

- Como assim?

- Você me chama somente pelo sobrenome.

- Só eu? Ou você também?

- Só você. - diz rindo.

Grávida de um Super StarOnde histórias criam vida. Descubra agora