Era 24 de dezembro. Todos acordamos cedo e começamos a enfeitar a casa com guirlandas e montamos a árvore de natal. No dia anterior compramos presentes (no meu caso pela internet) e cartões de natal para dar para os familiares.
- Eu acho que aquela bolinha devia ficar mais em cima. - digo para o Silvestre.
- Aí não, Silvestre mais para o meio. - diz Hanna.
Depois que a Hanna me mostrara a foto, ela estava menos maldosa com todos. Parecia que ela estava arrependida ou algo do tipo.
- Quer saber? Eu vou colocá-la embaixo mesmo! Vocês me deixam confuso!
- Agora só falta colocar os presentes embaixo da árvore. - digo.
- Eu faço isso. - disse Hanna carregando vários pacotes.
Passamos o dia cozinhando, enfeitando a casa, embrulhando presentes. E depois que nos arrumamos eu, Margot, Silvestre e Hanna nos sentamos a mesa, que estava linda.
- Gente, eu queria dizer algo. - digo batendo a colher na taca.
- Lá vem... - diz Margo rindo.
- Eu quero agradecer por vocês terem me ajudado este ano. Quando eu descobri que estava grávida foi um choque e logo depois eu tive que me mudar para cá, eu me sentia muito sozinha e vocês mudaram tudo, então muito obrigada, vocês são muito especiais para mim! - digo sorrindo ao som de todos batendo palmas e assobiando.
E o resto da nossa noite foi assim, ficamos conversando por um tempão, rimos, comemos, tiramos fotos e mais fotos, liguei para a Rachel (que estava passando o natal com seu namorado) e fiquei ali pensando em como tinha sido boa a noite de natal.
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Nove meses. Ano novo. A chegada do Henrique estava mais perto do que nunca e a minha ansiedade só aumentava. Tinham se passado algumas semanas depois do natal e hoje era o dia em que o Calle chegaria.
Estavamos eu e o motorista em uma loja de bebê comprando uma bolsa para colocar as coisas do Henrique já que alguns dias antes o médico me dera autorização para dar alguns passeios sem exageros. E era o que eu estava fazendo. Fazia algum tempo que eu não saía para nada e aquele era o momento perfeito.- Eu vou sentir a sua falta quando for embora. - digo para o motorista.
Como de costume, ele apenas me olha sem sequer dizer uma palavra.
- Está bem, não falo mais nada.
°°°°°
Quando cheguei na mansão estavam todos agitados e havia um médico e um enfermeiro.
- Aqui estão os remédios e o horário de cada um! Logo, logo vai melhorar! - diz o médico para o Bane e saiu.
- O que aconteceu? - digo assustada.
- O Bryan. El-ele sofreu um acidente. - diz olhando para baixo - Seja discreta porque a mídia não pode saber disso. Não visite-o, ele precisa descansar.- e foi embora.
Como será que isso aconteceu?
- Margot, você ficou sabendo?
- Fiquei, menina! Parece que foi atropelamento. - diz sentando-se.
- Estranho... Eu quero vê-lo mas o Bane não deixou.- Sinto muito pelo que eu vou falar mas o Bane te odeia. - ela diz.
- Sim, eu sei disso. Mas eu deixei de me importar há muito tempo.
- Esses dias eu estava pensando que está chegando a hora de você ir embora.
- Pois é, passou mais rápido do que eu pensei.
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Quando estava a noite, era a chance de eu ver como o Calle estava. Fui para o corredor onde a Hanna disse que eu jamais deveria ir.
Abri a porta e me dei de cara com um quarto gigante, azul marinho, uma cama enorme com criados mudo, uma mesa com duas cadeiras, escrivaninha, sacada, o closet e o banheiro.- Oi, White! - disse com a voz fraca.
- Oi, Calle! - me aproximo dele - Como você está?
- Estou com o corpo doendo. Os nove meses estão acabando. - ele diz e segura minha mão.
Suspiro.
- Sim. Mas eu não quero falar sobre isso agora, pode ser? - digo bocejando.
- Deita aqui comigo, por favor. - ele diz.
E deitei. Naquele momento me vieram as falas da Hanna, a foto... Será que tudo isso era verdade e ele estava me iludindo? Somente aquela noite me permiti ter uma recaída pelo famoso Bryan Calle, o rapaz que eu não suportava ouvir o nome, que todas as vezes que eu chegava em casa estavam falando dele na televisão e que agora eu gostava muito. Se nove meses atrás me dissessem que eu o beijaria e que ia gostar dele, eu teria rido da pessoa. Mas o destino muda completamente o rumo das pessoas.
E lá fiquei eu, sentindo a respiração do Calle pensando em quanto tempo isso duraria.
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Grávida de um Super Star
RomanceIsabela White é uma mulher com 25 anos bem sucedida em sua carreira de escritora. Quando seu livro atinge mais de um milhão de vendas ela sai para beber com os amigos, mas algo acontece... Algo que irá mudar sua vida para sempre. Às vezes o que nós...