Capítulo XXXI

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    Era 24 de dezembro. Todos acordamos cedo e começamos a enfeitar a casa com guirlandas e montamos a árvore de natal. No dia anterior compramos presentes (no meu caso pela internet) e cartões de natal para dar para os familiares.

- Eu acho que aquela bolinha devia ficar mais em cima. - digo para o Silvestre.

- Aí não, Silvestre mais para o meio. - diz Hanna.

  Depois que a Hanna me mostrara a foto, ela estava menos maldosa com todos. Parecia que ela estava arrependida ou algo do tipo.

- Quer saber? Eu vou colocá-la embaixo mesmo! Vocês me deixam confuso!

- Agora só falta colocar os presentes embaixo da árvore. - digo.

- Eu faço isso. - disse Hanna carregando vários pacotes.

  Passamos o dia cozinhando, enfeitando a casa, embrulhando presentes. E depois que nos arrumamos eu, Margot, Silvestre e Hanna nos sentamos a mesa, que estava linda.

- Gente, eu queria dizer algo. - digo batendo a colher na taca.

- Lá vem... - diz Margo rindo.

- Eu quero agradecer por vocês terem me ajudado este ano. Quando eu descobri que estava grávida foi um choque e logo depois eu tive que me mudar para cá, eu me sentia muito sozinha e vocês mudaram tudo, então muito obrigada, vocês são muito especiais para mim! - digo sorrindo ao som de todos batendo palmas e assobiando.

  E o resto da nossa noite foi assim, ficamos conversando por um tempão, rimos, comemos, tiramos fotos e mais fotos, liguei para a Rachel (que estava passando o natal com seu namorado) e fiquei ali pensando em como tinha sido boa a noite de natal.

°°°°°°°

  Nove meses. Ano novo. A chegada do Henrique estava mais perto do que nunca e a minha ansiedade só aumentava. Tinham se passado algumas semanas depois do natal e hoje era o dia em que o Calle chegaria. 
  Estavamos eu e o motorista em uma loja de bebê comprando uma bolsa para colocar as coisas do Henrique já que alguns dias antes o médico me dera autorização para dar alguns passeios sem exageros. E era o que eu estava fazendo. Fazia algum tempo que eu não saía para nada e aquele era o momento perfeito.

- Eu vou sentir a sua falta quando for embora. - digo para o motorista.

  Como de costume, ele apenas me olha sem sequer dizer uma palavra.

- Está bem, não falo mais nada.

°°°°°

  Quando cheguei na mansão estavam todos agitados e havia um médico e um enfermeiro.

- Aqui estão os remédios e o horário de cada um! Logo, logo vai melhorar! - diz o médico para o Bane e saiu.

- O que aconteceu? - digo assustada.

- O Bryan. El-ele sofreu um acidente. - diz olhando para baixo - Seja discreta porque a mídia não pode saber disso. Não visite-o, ele precisa descansar.- e foi embora.

  Como será que isso aconteceu?

- Margot, você ficou sabendo?

- Fiquei, menina! Parece que foi atropelamento. - diz sentando-se.
- Estranho... Eu quero vê-lo mas o Bane não deixou.

- Sinto muito pelo que eu vou falar mas o Bane te odeia. - ela diz.

- Sim, eu sei disso. Mas eu deixei de me importar há muito tempo.

- Esses dias eu estava pensando que está chegando a hora de você ir embora.

- Pois é, passou mais rápido do que eu pensei.

°°°°°°°°°°

  Quando estava a noite, era a chance de eu ver como o Calle estava. Fui para o corredor onde a Hanna disse que eu jamais deveria ir.
  Abri a porta e me dei de cara com um quarto gigante, azul marinho, uma cama enorme com criados mudo, uma mesa com duas cadeiras, escrivaninha, sacada, o closet e o banheiro.

- Oi, White! - disse com a voz fraca.

- Oi, Calle! - me aproximo dele - Como você está?

- Estou com o corpo doendo. Os nove meses estão acabando. - ele diz e segura minha mão.

   Suspiro.

- Sim. Mas eu não quero falar sobre isso agora, pode ser? - digo bocejando.

- Deita aqui comigo, por favor. - ele diz.

  E deitei. Naquele momento me vieram as falas da Hanna, a foto... Será que tudo isso era verdade e ele estava me iludindo? Somente aquela noite me permiti ter uma recaída pelo famoso Bryan Calle, o rapaz que eu não suportava ouvir o nome, que todas as vezes que eu chegava em casa estavam falando dele na televisão e que agora eu gostava muito. Se nove meses atrás me dissessem que eu o beijaria e que ia gostar dele, eu teria rido da pessoa. Mas o destino muda completamente o rumo das pessoas.
  E lá fiquei eu, sentindo a respiração do Calle pensando em quanto tempo isso duraria.
 

Grávida de um Super StarOnde histórias criam vida. Descubra agora