Docência | HIATUS |

Capítulo 6

Então... Estou de volta! Capítulo betado pela fofinha da pryinggirl!

POV LAUREN.

Cinco anos depois...

Estava finalizando minhas atividades no bloco cirúrgico com um aluno que estava tendo dificuldades em fazer a sutura no paciente. Assim que terminei, deixei que o mesmo encerrasse o atendimento, dando todas as orientações necessárias. Retirei minhas luvas e saí, deparando-me com a secretária do coordenador que aparentemente me esperava.

– Dra. Jauregui? – Abordou-me Cecília, olhando-me por cima dos aros da armação de seus óculos de grau. – O coordenador Thompson pede que se dirija a sala dele para uma reunião.

Estranhei a reunião repentina e pela expressão duvidosa de Cecília, ela provavelmente não saberia me informar o motivo. Retirei o gorro e a máscara cirúrgica, jogando-os num lixo próximo e fui ao vestiário para trocar as vestes cirúrgicas por roupas usuais.

Chegando à sala da coordenação, bati na porta e minha entrada foi rapidamente autorizada pelo Sr. Thompson, que parecia incomodado com alguma coisa.

– Boa tarde, Lauren, sente-se, por favor – apontou para a cadeira a sua frente e o fiz prontamente. – Desculpe o inconveniente de chamá-la tão repentinamente para uma reunião numa sexta-feira à tarde. Mas teremos uma terceira pessoa para esta conversa e era o único horário livre que todos tínhamos comum – explicou enquanto apoiava um dos braços na mesa e me fitava. – Mas vou lhe adiantar alguns tópicos.

– Tudo bem, preciso sair apenas às cinco e meia para buscar minha filha na escola – respondi, recostando-me na confortável poltrona. – Se não for incômodo, gostaria que me adiantasse tanto quanto for possível – abri um sorriso de canto, sem mostrar os dentes, esperando uma explanação.

– Bem... – Pigarreou, abrindo uma pasta que estava em sua mesa. – Como já se sabe, estou tentando implantar um sistema integrado de disciplinas que se complementam – falou enquanto folheava alguns documentos. – Contratamos uma nova professora para o setor de diagnóstico por imagem e, obviamente, quero que trabalhem em conjunto – finalmente voltou seu olhar a mim e continuou a explicar. – É uma ex-aluna de nossa faculdade, que vem se destacando em sua área. Está aqui em Boston desde o ano passado e abriu seu segundo laboratório de exames imaginológicos, sendo o primeiro em NY. Acho que temos uma ótima aquisição em nosso corpo docente, Dra. Jauregui.

– Bom, isso me parece ótimo. Com um setor de imaginologia, podemos não só otimizar, como acelerar o tratamento de nossos pacientes – eu já esbanjava um sorriso de rasgar a face, quando, animada, continuei: – Esse projeto é certamente muito promissor, em quanto tempo a nova professora chega, para discutirmos tudo?

Não precisei esperar, pois assim que terminei minha fala, ouvi a porta ser aberta. Ainda sorrindo, voltei-me para esta e senti meu sorriso sumir aos poucos enquanto eu estava paralisada. Era ela. Como poderia não a reconhecer? Camila Cabello. E ela estava de volta.

Meu coração palpitava e eu não sabia como reagir diante de alguém que eu não achava que eu veria novamente. Acompanhei sua aproximação com o olhar e, quando ela estendeu a mão para um aperto. Eu estava estupefata e deixei a mão dela estendida sem retribuir.

– Não precisa me cumprimentar, se não quiser – ela encolheu os ombros e percebi que ela estava corada.

– Não. Desculpe, é que eu estou surpresa de que você seja a nova professora. Estou feliz por ser você, Camila – falei de forma acelerada para resolver o mal-entendido, dispensando o aperto de mão e levantando-me para um abraço.