Capítulo 15

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Guess whos back?

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POV LAUREN

A volta para Boston nunca me pareceu tão conturbada, embora decidida, eu me encontrava perdida. Quando anunciei minha volta antes do tempo, para meus pais e minha filha, a insatisfação foi generalizada. Callie queria passar mais algum tempo curtindo seus avós, curtindo a praia e o calor de Miami, e meus pais, bem, queriam mais tempo com a neta. Não os culpo, mas aquela situação não era sequer minimamente conveniente naquele momento.

Organizei as malas, com a cabeça cheia, desejando que existisse algum meio em que eu pudesse me teletransportar direto para o lugar em que eu desejava estar. Durante o voo, minha filha adormeceu com seu corpinho aninhado ao meu, sua mãozinha pousando em meu ombro, imaginei que naquele momento eu poderia descansar, mas as coisas em minha cabeça continuavam nebulosas.

Ao chegarmos em nosso apartamento, a primeira coisa que fiz, foi a ligação para Emma, a babá de Callie, para que viesse ficar com minha filha durante o tempo em que eu levaria para resolver questões que estavam em aberto. Me joguei no sofá e observei-a passar pela sala correndo com sua mochila de brinquedos direto para seu quarto, quando me lembrei de mandar uma mensagem para Camila:

Lauren Jauregui:

Está ocupada? Acabei de chegar em casa.

Camila Cabello:

Ei, Laur... Estou no consultório, ainda tenho alguns laudos para passar. Você e Callie chegaram bem?

Lauren Jauregui:

Chegamos, sim. Eu queria me encontrar com você. Acha que estará livre em quanto tempo?

Camila Cabello:

Hm... Em uma hora já terei terminado tudo, com certeza.

Lauren Jauregui:

Bem, não há necessidade de se arrumar, eu apenas preciso muito conversar com você. Poderia me ligar assim que estiver livre?

Camila Cabello:

Tem certeza que não pode me adiantar nada? Mal vou conseguir trabalhar pensando no que pode ser...

Lauren Jauregui:

Saberá em breve, não se preocupe, linda. Quando estiver livre, me liga. Eu passo pra lhe buscar no consultório.

(...)

Passaram-se pelo menos quarenta minutos até que eu recebesse a primeira ligação de Camila, dentre tantas que foram feitas sucessivamente. Acordei desorientada, com minha filha em cima de mim, me chamando sem parar. Aos poucos fui absorvendo o que acontecia ao meu redor, foi então que ouvi a campainha tocando incessantemente, e várias vozes, vindo detrás da porta.

Levantei, ainda atordoada, e me deparei com três pares de olhos que me olhavam preocupados, a princípio, mas logo em seguida cada um expressava algo diferente. Normani parecia com raiva, Camila se mostrava aliviada e Emma, confusa.

– Você tá maluca? Tá querendo me matar? – Minha amiga foi a primeira a se manifestar. Eu ia lhe responder quando a minha filha apareceu, entre nós duas, me interrompendo.

– Calma, tia. Eu consegui acordar a mamãe. Ela adormeceu no sofá, toda esparramada. – Um sorrisinho sapeca em seus lábios, ao informar como eu estava dormindo.

– Ao menos está tudo bem por aqui... – Bufou, passando uma das mãos pelo cabelo. Seu olhar já era mais leve, e esbanjou um sorriso discreto, antes de emendar: – Sua garota ficou bem preocupada.

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