Capítulo 12

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Capítulo betado pela fofinha pryinggirl <3

Você é demais e mais uma vez, muito obrigada :)


POV LAUREN

A noite na casa de Camila foi agradável na maior parte do tempo. Depois de termos nos "abraçado" – segundo a própria Callie –, voltamos para a sala com o vinho e refrigerante, esperando que não notassem o tom avermelhado que tomava nossas bochechas.

Minha esperança foi em vão. Obviamente que uma Callie muito animada precisava narrar tudo o que ela tinha flagrado na cozinha para as outras mulheres presentes: – A mamãe e a Camz demoravam porque estavam dando um abraço e já iam esquecendo meu refrigerante – relatou como se não fosse nada demais. Mas os olhares de Normani, Dinah e Ally nos fulminaram com seus deboches e perguntas que não podiam ser verbalizadas em frente à criança.

Só nos restou fazer pouco caso da situação e mudar de assunto.

Após o jantar, conversamos e trocando histórias de experiências profissionais engraçadas que passamos. Minha filha, que não tinha o costume de dormir tarde e tampouco apreciava aquela "conversa de adulto", adormeceu ainda em meu colo; eu estava prestes a me despedir quando Camila sugeriu que eu a colocasse em seu quarto até que eu fosse embora.

(...)

Eu havia acabado de deixar Callie na escola e seguia minha rotina de ir para o hospital. Para aquele dia eu tinha apenas uma cirurgia marcada e Normani me auxiliaria.

Estava uma hora adiantada, o que era bom: eu poderia conversar com toda a equipe sobre o quadro do paciente. Reuni todos na sala de descanso e expliquei detalhadamente o procedimento que seria feito, as complexidades do mesmo e as possíveis complicações. Todos balançavam a cabeça para mostrar que compreendiam os riscos, eram profissionais que eu conhecia e confiava em suas capacidades.

Minha amiga chegou vinte minutos depois, pegando o plano de tratamento pela metade, mas ela já conhecia o caso e já o havíamos discutido. Eu não havia acrescentado nada que ela já não soubesse.

Monólogo finalizado e fomos juntas para o vestiário, trocando nossas roupas brancas pelos trajes cirúrgicos azuis. Seguimos para o consultório de atendimento, faltando ainda vinte minutos para que a paciente chegasse.

Sentei na cadeira de um lado da mesa e Normani ocupou uma das duas cadeiras que estavam dispostas do outro lado, bem a minha frente. Eu me recostei no estofado e percebi que minha amiga me analisava de forma enigmática:

– Ok. Pode falar.

– Como você sabe que eu quero te falar alguma coisa? – Ela ergueu as sobrancelhas surpresa.

– Bem, eu não conheci você ontem ou semana passada. E você estava me olhando um tanto reflexiva, eu diria? – Eu também ergui minha sobrancelha, desta vez em astúcia por perceber sua falta de discrição. – Certamente você quer me dizer alguma coisa.

– Err... A gente precisa conversar, sim, mas esse não é o momento. A paciente está chegando e nós precisaremos de um pouco mais de tempo, além do que temos disponível... – era impressão minha ou Normani parecia nervosa?

– Ok – fitei um ponto fixo na parede pensativa. Quando minha amiga tinha algo a falar, ela raramente enrolava ou adiava. E eu adorava o quanto ela era capaz de ser concisa e objetiva, de forma que aquela súbita mudança de comportamento me pareceu estranha e me preocupou.

(...)

A cirurgia havia sido um sucesso, não houvera qualquer complicação ou intercorrência. Eu e Normani estávamos animadas com os prováveis resultados positivos, de forma que concordamos em tomar um café na praça de alimentação do hospital para celebrar mais aquela parceria.

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