Capítulo 06

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Fui embora da cafeteria bastante pensativa, uma duvida que não saia da minha cabeça era se eu poderia confiar nela. Com isso em mente fui pra casa.

Ao chegar tento não transparecer minha aflição, mas parece que não estava adiantando, pois meu pai não parava de me olhar.

- O que está acontecendo com você filha? desde ontem depois da festa você está tão estranha, acho que está distante de nós. - ele pergunta assim que me sentei na mesa.

- É que estamos na semana de prova e estou ficando muito cansada.

- Tem certeza que é só isso?

- Tenho sim. - balancei a cabeça e comecei a comer.

Minha vó ficou me olhando com uma expressão de desconfiança, acho que ela não engoliu essa. Tentei parecer mais normal, eu precisava evitar perguntas já que não sou muito boa em mentiras. Após terminar o almoço subi as escadas e fui direto pro meu quarto, deitei na cama e me permitir relaxar um pouco. Eu estava quase dormindo quando escutei batidas na porta e minha vó entrou.

- Podemos conversar? - perguntou com seu jeito delicado.

Assenti e ela sentou na cama ao meu lado.

- Eu percebi os seus comportamentos e sei que você não está bem. O que está de afligindo tanto?

- Não é nada. Como eu disse, são só as provas. - digo tentando não transparecer meu nervosismo.

- Eu te conheço Eliza, sei que não é só isso. Você pode me contar seja o que for, eu prometo que não vou contar a ninguém.

- Promete mesmo?

Assentiu com um sorriso positivo.

A olhei por alguns segundos pensando se era o certo contar a ela, o medo era grande dela falar pros meus pais, e eu não queria isso. Mas pensei melhor, e achei que eu poderia confiar na minha vó, engoli em seco e respirei fundo.

- Uma mulher chamada Sofia apareceu ontem no final da festa dizendo que era a minha mãe, e isso está me deixando muito aflita. Agora pouco ela me convidou para conversar com ela, e deixei minha curiosidade me levar.

- Meus Deus Eliza, como você não fala nada?! Isso é muito sério, você não sabe quem ela é, como uma pessoa aparece assim do nada dizendo que é sua mãe? Depois de tanto tempo, ainda mais que ela te deixou naquele orfanato recém nascida. Não tem como ela se lembrar de você.

Comecei a chorar.

- Oh minha neta vem aqui. - me abraçou e chorei em seu ombro.

- Me desculpe vovó... mas ela parecia estar convencida de que era minha mãe biológica, e eu quero saber da minha origem, eu quero saber quem são meus parentes. Me perdoa por querer saber isso, eu não sou ingrata.

- Dá onde você tirou isso Eliza? Você não é ingrata por nada, muito pelo contrario... nós sabemos que você é grata pela família que tem, você é muito amorosa com seus pais. Não peça desculpas por nada okay? É totalmente normal você querer saber isso. Não pensei mais assim tá bom? - ela disse passando a mãos nos meus cabelos enquanto eu desabava de chorar.

Assenti e ela enxugou minhas lágrimas.

- Não chore meu amor. - passou a mão o meu rosto e deu um sorriso. - Vem deita aqui.

Deitei na cama de lado e pus minha cabeça no seu colo. Ela começou a fazer um cafuné tão bom que eu estava me acalmando.

- O que mais essa mulher te disse? - perguntou depois de algum tempo.

A Nova VampiraOnde histórias criam vida. Descubra agora