Capítulo 28

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- Termina de beber esse sangue, você vai ficar melhor rapidinho. - ele me entrega o copo.

Bebo de uma vez. Quase vomito, mas me seguro.

- Vamos agora. - coloco o copo em cima do criado-mudo e vou para fora da casa. Griffin tranca tudo e me ajuda a caminhar até um carro na garagem. Ele é bonito mas está bem sujo.

Quando saímos na rua vejo que está quase amanhecendo. Encosto no banco do carro e fecho os olhos por um segundo. Penso em tudo o que aconteceu, torno a querer chorando lembrando do rosto de Ettore, o medo que ele passou, naquele momento achei que iria morrer. Seguro minhas lágrimas, respiro fundo e abro meus olhos. Passo a mão no meu curativo e sinto uma pequena dor.

- Vai melhorar. - Griffin diz fazendo eu o olhar.

- É... - dou um sorriso fraco.

Ele estende a mão para mim, olho para ele e em seguida a seguro. Um sorriso se forma em seus lábios. Encosto minha cabeça novamente no banco, eu estou cansada tanto fisicamente quanto emocionalmente.

O carro para e eu volto a olhá-lo.

- Aquela padaria já está aberta. Vou comprar algo para você comer. - lança um sorriso e sai do carro.

Fico esperando por alguns minutos até que ele volta com uma caixa em mãos e me entrega. Assim que pego ele volta a dirigir.

Abro a caixa e vejo que ele comprou rosquinhas confeitadas. Abro um sorriso.

- Gosto de rosquinhas. Obrigada. - minha voz sai baixa.

- Achei que precisaria se alimentar. Quando chegarmos na sua casa vai ter um alvoroço e até explicar tudo vai demorar.

- É...

Como apenas uma rosquinha e tomo um pouco do achocolatado que ele também trouxe. Fecho a caixa e coloco em cima do painel de controles.

Não demorou muito para chegarmos na minha casa. Olhei para ela e comecei a imaginar no que eu iria encarar.

- É agora. - Griffin diz. Sei que ele está preocupado com a reação do meu pai.

Saímos do carro e observamos a casa por um longo segundo. Nos entreolhamos e peguei na sua mão. Sim, vamos chegar de mãos dadas. Não vou esconder mais nada.

Fomos até a porta, por um segundo hesitamos mas com coragem abri a porta.

- Elizaaa! - minha mãe é a primeira que me vê. Ela me abraça forte fazendo meu ferimento latejar.

Assim que saio do seu abraço volto ao lado de Griffin e seguro sua mão. Ele apenas me olha e fica em silêncio.

Meu pai aparece atrás dela. Quando ele vê Griffin imediatamente voa em cima dele e lhe da um soco.

- Você sequestrou minha filha seu desgraçado! - berrou e continuou a lhe dar socos um atrás do outro.

- Para pai! - grito.

- Agora seu te mato! - coloca suas mãos no pescoço de Griffin e começa a apertar.

- Ele me salvou! - grito e todos param, inclusive meu pai.

- O que disse? - ele questiona me olhando por cima do ombro.

- Griffin me salvou de Ettore Lambertucci. Ele me atacou e me mordeu. - arranco o curativo de uma voz. Dói mas não ligo.

Meu pai sai de cima de Griffin e se aproxima de mim. Ele encara a mordida e depois me olha.

Olho para Griffin que está no chão com a mão no pescoço tossindo muito.

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