Capítulo 39 (penultimo capítulo)

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É manhã de domingo. E sinceramente me sinto estranha por não dormir. Eu não sinto sono algum, mas tenho uma vontade enorme de dormir. Olho pro meu travesseiro e lembro de mim dormindo e acordando frequentemente todos os dias. Quero fechar os olhos e sentir aquele soninho gostoso, mas como todos dizem: querer não é poder.

Me levando da cama e troco de roupas. Coloco um short curto e continuo com a blusa. Vou até o banheiro, lavo meu rosto e faço um coque. Desço as escadas e sinto um cheiro de sangue da cozinha. Pela minha vez uso minha habilidade da velocidade. Quando paro sinto uma forte adrenalina percorrendo pelas minhas veias.

- O que você tem ai? - pergunto ao ver Griffin com um sorriso escondendo algo atrás das costas.

Ele revela um copo grande com um líquido deliciosamente, viciosamente vermelho. Sinto uma vontade imensa de sentir aquilo,  é uma sede incontrolável. Pego o copo de sua mão que está com canudo e jogo a tampa fora junto com o canudo. Bebo rapidamente o sangue deixando derrar na minha blusa de tanto que eu estava louca por aquilo. Não foi o suficiente, peguei o copo de Griffin que estava no balcão e tomei precisamente. Minhas mãos estavam lambuzadas, obviamente lambi os dedos. Quando terminei, olhei para Griffin. Ele me encarava num tanto um pouco assustado.

- Me desculpe. - peço.

- Eu só... Não imaginava isso. - riu.

- Eu estava com muita fome. - digo com uma voz de uma criança se sentindo culpada.

Ele ri novamente.

- Tudo bem. Posso parecer um louco, mas... Eu até gostei.

- Sério? - rio.

- Sim. E... Acho melhor você ir se limpar.

- É... - olho para minha blusa ensopada de sangue.

Subo as escadas e vou até o banheiro do meu quarto. Tomo um banho e em seguida coloco minhas roupas. Ajeito meu coque e quando saio do banheiro me deparo com Griffin deitado na minha cama.

- O que faz ai? - pergunto.

- Estou esperando você. Vim te entregar uma coisa.

Ele se levanta e vem até mim. Ele abre uma caixinha vermelha e me mostra um anel com pedra negra brilhosa.

- É lindo. - digo admirando o anel.

- É o anel do sol, e... Não só isso. Mas eu quero que esse anel também seja de compromisso. Eu sei que parece meio estranho, mas... Eliza, esse anel você nunca mais vai poder tirar e é nesse sentido que eu quero que simbolize nosso amor, que seja sempre enterno.

Encaro seus olhos que agora estão brilhosos. Dou um sorriso em seguida um beijo.

Griffin entrou na minha vida trazendo junto com si uma alegria enorme. Talvez seja esse o motivo de eu sentir uma coisa sentimental inexplicável quando eu o vi pela primeira vez. Ele me faz feliz, sinto-me importante e protegida ao seu lado. É como se nossos mundos fossem o mesmo e o de mais ninguém importasse. Ele me faz sentir um frio na barriga, aquela conhecida sensação de borboletas no estômago.

- Sabe naquele momento em que eu estava nos seus braços gemendo de dor, e você disse que me amava?

- Eu pensei que não tivesse ouvido.

- É claro que eu ouvi. Eu podia estar sofrendo muito, mas de alguma forma aquelas palavras me ajudou, mesmo não parecendo aparentemente. Griffin, obrigada por tudo, por sempre me fazer feliz e cuidar de mim. E... Eu também te amo. - sinto meus olhos marejar.

Griffin coloca o anel no meu dedo e em seguida me levanta e me da um beijo quente mas também delicado. Terminamos  o beijo com um sorriso, suspiro e ele em coloca no chão.

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