Capítulo 15

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Mesmo com muitos problemas, essa manhã eu acordei bem. Me arrumei rapidinho e desci para tomar café da manhã como de rotinha. Meus pais dessa vez estavam na mesa, com certeza foi pela noite passada.

- Bom dia filha. - minha mãe fala com um olhar de preocupada.

- Bom dia. - respondo e me sento.

Coloco café na xícara e uma fatia de pão torrado no prato. Começei a comer em silêncio sem comentar nada sobre o episódio de ontem, durante todo o café da manhã meus pais ficaram me olhando talvez um pouco surpresos pela minha calma. Mas é que eu não queria me estressar, eu não queria conversar e passar por tudo de novo. Por fora eu posso até estar tranquila, mas por dentro estou confusa. Nada está claro pra mim.

Assim que terminei, peguei minha bolsa e fui em direção a porta. Mas meus pais me chamaram e sem querer voltei para ouvir o que eles tinham a dizer.

- Precisamos falar como você Eliza. - meu pai diz.

- Eu não quero conversar sobre isso. Pelo menos não agora.

- Mas é preciso. Você precisa entender que aquele garoto não é coisa boa.

- Eu preciso ouvir a história dele primeiro.

- Então você quer dizer que vai confiar nele do que nos seus próprios pais?

- Eu não disse isso.

- Mas me deu a entender.

- Eu só quero entender os dois lados. O que você pensa sobre ele as vezes não pode ser verdade.

- Você está defendendo ele? - alterou a voz.

- O que? Nãão! - bufo. - Não estou defendendo ninguém!

- Está sim Eliza! Você não vai a escola hoje pra encontrar esse garoto!

- O que? Você só pode estar brincando!

- Não, eu não estou. Pelo contrário, estou falando muito sério! Agora sobe pro seu quarto que você está de castigo!

- Isso não é justo! Eu tenho prova hoje!

- Não interessa Eliza. Eu vou passar lá na escola e vou arranjar um jeito de você fazer essa prova a tarde. Mas agora você não vai! Não quero que chegue perto daquele garoto.

- Mãe! - olhei indignada para ela.

- É melhor você ir por seu quarto filha. É pro seu bem.

- O que? - dou um riso debochado. - Não acredito nisso. Até você mãe?

- É o melhor a se fazer agora.

- O melhor a se fazer? Me privar até de ir a escola? - novamente dei risos debochados. -Quer saber? Vocês são ridículos! - me viro e vou correndo subir as escadas.

- Eliza volta aqui! Elizaa!

Escutei eles me chamando mas decidi ignorar. Eu sei que fui desrespeitosa, eu não queria falar assim. Mas na hora da raiva eu não consegui me segurar, isso é demais. Eles não podem fazer isso comigo.

Entrei no quarto, traquei a porta e me joguei na cama. Inevitavelmente comecei a chorar, mas era de raiva e indignação. Meus pais foram sempre legais e compreensíveis comigo, não entendo por que estão agindo dessa forma agora.

Fiquei no quarto trancada por algum tempo. Eu não tinha noção das horas porque esqueci o celular lá em baixo. Mas eu sabia que tinha se passado muito tempo e ninguém foi me incomodar.

Eu estava deitada de lado olhando fixamente para o chão e pensando no que tinha acabado de acontecer, quando eu senti a presença de alguém. Meu coração começou a acelerar e aos poucos comecei a me virar com receio de quem estava ali. Quando me virei por inteiro, avistei Griffin parado me olhando inexpressivo.

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