Um belo dia para morrer

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Morte.
O que é morte?
Um motivo de decepção? Ou de Alegria?
Em certas culturas a morte é uma dádiva, pois você se livra de um mundo horrível com angústias e dor. Nessas culturas é normal você festejar a morte, a morte é boa.
Outros acreditam que a morte é horrível.
Algo péssimo, que você nunca mais poderá ver a pessoa que se foi, que talvez nunca mais se junte a ela, que você irá sentir tanta falta dela que vai até chorar quando se lembrar dela, chorar de dor.
Dor.
Morte talvez seja a dor, talvez seja uma dor terrível que ninguém será capaz de apaziguar ela.
Uma dor terrível.
Mas afinal, o que isso tem haver com Jace?
Assim... Se lembrar bem, verá que ela está morrendo.
Ela...
Clary...
Clarissa...
A ruiva mais revoltada que já conheceu em sua vida.
O que é a morte?
Era isso que Jace se perguntava, o que significa? Para um caçador, isso significa estar em paz na cidade dos ossos, podendo servir de fonte de poder e energia para outros, significa que mesmo morto ele ainda está presente.
Jace não temia a morte. Para ele, e para muitos, a morte estava apenas a um batimento cardíaco de distância. Algo natural, que vai acontecer com qualquer um.
Mas não podia acontecer com Clary, não com ela.
Pouco antes do ataque...
Jace e Clary estavam cada vez mais juntos, sempre perto e às vezes se atracando pelos corredores, mas não namorando.
Na cabeça de ambos não era momento para algo sério, passaram tempos se odiando, passaram tempos negando sentimentos e agora estavam testando se daria certo, mas óbvio que eles não poderiam fazer isso direito de estavam numa espécie de guerra fria, já que quase não enfrentaram o inimigo, não direta mente. E de algum modo Jace sabia que ela pensava assim, e vice-versa.
Não era assumido, mas ele sentia que ela era dele, quer dizer... Ela era de quem ela quisesse, mas ele sabia que ela sentia a mesma coisa que ele sentia.
Se ela saísse sozinha pelas noites loucas de New York, ele logo ia atrás, falando que ele ia para o mesmo lado que ela estava indo, mas era uma bela mentira. E isso tudo apenas por ciúmes, mas ela não se incomodava, na verdade ela gostava da companhia dele. Era tão natural um com o outro, tão normal, calmo e extravagante. Tão complexo e simples. Tão... Estranhos!
Eram perfeitos, um casal que valeria escrever uma história de amor conturbado, mas que sempre iam se resolver, ou coisa assim. Mas para isso acontecer tinha apenas duas coisas que estavam erradas:
1ª- ninguém sabia como ia ser o futuro, ninguém mesmo. Não se sabe se eles iam ficar juntos, se Clarissa se quer sairia viva.
2ª- Eles não eram um casal.
Apenas isso estragava toda a história de amor, apenas duas coisas.
Jace sabia disso, e mesmo com todas as coisas possíveis para dar errado e todos morrerem, ele queria poder falar que Clarissa Adele Fray Morgestern era sua. Só sua.
E era isso que ele planeja fazer em breve.
Mas aí as missões ficaram mais difíceis, perigosas e mortais.
Tudo para dar errado, mas mesmo assim tarde da noite você poderia ouvir Jace e Clary conversando pelo instituto sob a escura madrugada. Mesmo com o mundo caindo eles conseguiam um tempo para se encontrarem pelos cantos do instituto.
Eles eram loucos, loucos e mortais.
Dias antes do ataque...
Aline Penhallow era sinônimo de encrenca.
Encrenca para Clary, uma vez que Aline fazia questão de irritar ela até ela literalmente quase explodir de raiva.
Encrenca para Jace, já que ela ficava dando em cima dele descaradamente.
Encrenca para Izzy, porque elas duas estavam em uma espécie de competição sobre quem era mais atraente. Mas todos sabiam que Izzy ganhou de primeira.
Para Jonathan, Aline vai de empata foda, toda hora que ele conseguia ficar sozinho aquieto com Malia, Aline aparecia reclamando de algo.
Max ignorava a presença da prima distante no instituto, assim como Alec e Magnus.
Sebastian adora Aline por perto, ela era alguém que ele poderia brincar e depois ferrar.
Aline não era uma pessoa ruim, ela era oa melhor amiga do próprio capeta.
Mas tudo ocorria bem, era só fingir que a asiática louca, ou Aline para os mais próximos, não existia.
Mas em um futuro próximo, ia ser quase impossível fingir que ela não existia, até mesmo porque ela sempre andava com Camille, uma vampira que era difícil de ignorar, até mesmo para Max.
Aline era melhor amiga do próprio capeta, Camille era o Diabo em pessoa.
Camille era bonita e irritante, fazia tudo parecer pior do que já era, principalmente as piores situações que pareciam o inferno perto dela.
Ambas faziam da vida de Jace e Clary pior do que jamais poderia ser.
É isso foi aumentando, até chegar ao máximo, o dia em que tudo foi por água abaixo, mas isso é história para depois.
Raziel lembrava de sua amada, e pensava que não poderia fazer algo para suprir seu amor, isso até descobrir que ele poderia escolher uma alma bem "planejada" para ter parte de sua alma e outra para a sua amada. Clarissa e Jonathan.
Era isso que ele precisava ter, a permissão deles para serem eternos, mas o mais importante era o apoio de uma alma que a muito zelava pelo amor deles, Jocellyn Fray, mãe da Clary, arcanjo das almas prometidas.
Com isso Raziel teria sua amada, Jace e Clary seriam eternizados é tudo daria certo, mas para isso eles teriam que passar por testes, para saber se seriam puros para receber a alma de dois anjos. É assim começou o primeiro teste...:
Camille foi posta na vida deles pelos anjos, literalmente para causar primeiro o mal, depois em consequência o bem.
                                ***
Clary estava do mesmo jeito a dias, Jace contava 15 dias 9 horas e pouco menos de 20 minutos. Ele contava pois se culpava, a cada segundo ele pensava que ele poderia ter corrido para ela quando ela foi atingida, achada minuto ele queria ter sido ele a carregar Clary pelo instituto.
A culpa o cegava, e Camille sabia se aproveitar disso.
Sentou ao lado do loiro como quem não quer nada dizia palavras bonitas e sorria, Jace devolveu cada sorriso com o passar dos minutos, então chegaram mais perto, um pouco mais e pronto, beijos quentes eram trocados, isso em plena biblioteca do colégio instituto, beijos continuaram, e acabaram em uma cama de um quarto vazio, onde muito depois Jace foi lembrar de quem era o quarto.
Sem também perceber que havia um moreno de olhos negros sorrindo pelas sombras dos corredores.
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Bjkas lights para não engordar

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