Ao Infinito (Romance Gay)

Prólogo - Querido Diário...

Meu nome é Maxwell Taylor e tenho 25 anos de idade. Há nove anos, conheci um garoto legal e muito bonito, que complicou minha vida desde o momento em que botei os olhos nele. Eu namorava Nathalia Harper antes de conhecê-lo, e não posso deixar de dizer que seu amor se tornou obsessivo depois disso. Tudo isso se deu graças a um garoto. Um garoto que não me arrependo nem por um segundo de ter me apaixonado.

Seu nome? Luke Skywalker.

***

Uma história como essa é um tanto complicada, mas apesar de ter virado minha vida de ponta cabeça, eu admito que viver fora dos limites foi uma experiência incrível.

No nosso primeiro encontro, comemos uma espécie de piquenique no palco da escola dele, onde eu fazia algumas apresentações de música.

Eu nunca contei para ele, mas eu tinha sido expulso do clube de dança duas semanas depois, quando tive que ir correndo na escola (no sábado) para apresentar meus últimos números. Eu me arrependo de ter deixado ele sozinho com o brutamonte do meu pai, mas sei que no fundo ele compreendeu.

Ah é! Meu pai. Ele foi muito insignificante para mim desde que rejeitou a mim e ao meu namorado. Ele tentou de todas as maneiras (que não exigissem que ele fizesse esforço) destruir meu relacionamento. Até disse que não comia há dias para me fazer voltar para casa, e mesmo assim continuei firme.

Eu fiquei um pouco conturbado depois de Nathalia ter socado Luke, e de um tal de Guilherme ter voltado para a cidade, e isso me causou dores tremendas. Meu nível de ciúmes alcançou proporções catastróficas, me fazendo começar a mutilar meu próprio corpo. Luke tentou me ajudar, mas naquele dia eu tinha cortado fundo demais. Não me lembro muito bem de como cheguei no hospital, mas o médico tinha me alertado de que não poderíamos ter mais nenhuma contusão no local do corte, caso contrário a veia se abriria e não teria como suturar novamente. Desde então tomo remédios controlados para que meu pulso permaneça fechado.

Muita coisa ainda aconteceu no meio disso. Luke "perdeu a memória", pois achou que essa seria a forma mais fácil dele saber se ele gostava do Guilherme; Nathalia começou a me bater diariamente (toda vez que mencionava o nome do Luke); o pai de Luke arranjou uma nova namorada; e tivemos um encontro de mãe "morta" e filho irritado.

Não quero encher seu saco diário, mas eu não queria contar tudo novamente, pois Luke já se deu ao trabalho disso, no seu TCC do curso de Letras, na faculdade de Winston. A pequena história convenceu os professores do curso, que ficaram tão orgulhosos do projeto, que meu namorado fez o favor de publicar ele em diversas bancas e livrarias do país.

Contando assim, dá para você perceber que eu não sou muito bom escritor, mas saiba que vou tentar ao máximo detalhar essa outra história que aconteceu um ano após a publicação de "Para Sempre".