Greg

158 18 8
                                    

Assim que Greg me recebeu em sua sala, me sentei na cadeira tentando disfarçar que eu não tinha ouvido a conversa entre ele e seu irmão.

— Por que veio me ver Max? Sentiu saudades?

— Na verdade eu senti sim. Você só foi em casa naquela noite do jantar, e a última coisa que soube de você é que você expulsou meu melhor amigo.

— Sinto muito por isso, mas eu quero que você saiba que fico muito desconfortável quando tem algum outro homem no apartamento que reservei somente para nós dois.

— Desculpa, meu amigo está aqui só para me ajudar, não quero que fique chateado.

— De maneira alguma, eu entendo que queira mais pessoas para conversar, por isso eu marquei uma festa no apartamento. Vou dá-la no sábado à noite, e você pode convidar alguns de seus amigos.

— Posso?

— Claro, darei passagens à todos eles, se isso lhe fizer mais feliz.

— Me faria muito feliz vê-los.

— Então está combinado. Convide-os, e me mande seus nomes e endereços que mandarei as passagens hoje mesmo.

Respirei fundo e tomei uma decisão arriscada. Andei na direção dele, atravessando o lado da mesa, e virei a cadeira para que ele ficasse de frente para mim. Sentei-me então em seu colo e dei-lhe um beijo. O mesmo me afastou imediatamente, como se eu tivesse cometido um crime.

— Aqui não Max — disse ele. — Adorei o que você fez, mas não no meu ambiente de trabalho.

— Tudo bem. Eu vou voltar para o apartamento, não tem mais nada para fazer aqui.

— Não fique histérico Max, eu te amo, mas tem que entender que agora não é um bom momento.

Me aproximei novamente de Greg e peguei em sua calça bem em cima de seu membro. Ele arfou de prazer e eu dei um sorriso malicioso.

Arriscado Max, mas era necessário. Pensei.

Tasquei-lhe um beijo na boca e sentei em cima dele. Greg estava desejando aquilo, e suas mãos iam passando pela minha bunda e eu acompanhava seu ritmo beijando-o com força. Greg então me pegou no colo e foi afastando seus documentos em cima da mesa para me colocar ali enquanto passava sua língua arduamente pelo meu pescoço.

Fiquei observando alguns dos documentos que haviam em cima da mesa enquanto ele estava distraído mas nada parecia comprometedor.

Voltei a focar somente nos beijos de Greg, que retirou minha roupa ali mesmo.

Imediatamente Luke me veio à cabeça, seu olhar de reprovação, nossa discussão, e o fato de que ele havia feito a mesma coisa com Jimmy enquanto eu ouvia.

Tentei não pensar muito nisso, pois Greg já estava totalmente despido, e logo em seguida começamos a transar em seu escritório.

***

Quando Greg se vestiu novamente, eu já estava todo sujo. Me sentia sujo. Não sei se conseguia sentir a mesma coisa que quando ele me levara para jantar.

Ele me deixou voltar para o apartamento, e resolvi ligar para Cole, mas nem foi necessário, pois o motorista tinha ido tão rápido que cheguei antes de ter tempo de discar.

Assim que abri a porta, avistei Cole no sofá e ele parecia confuso.

— Transei com ele — disse assim que ele me viu. — E nada aconteceu.

— Como assim nada aconteceu?

— Eu não senti mais o que eu tinha sentido quando fizemos pela primeira vez.

— Talvez seja porque você não o ama?

— Eu só fiz aquilo para que ele não desconfiasse de mim. O Jimmy contou à ele que me viu no elevador hoje de manhã.

— Contou?

— Sim, e mais — acrescentei me sentando no sofá ao lado dele. — O Greg está furioso pelo Jimmy por ter feito um contrato de sexo com o Luke.

— Então quer dizer que o seu daddy não sabia desse contrato?

— Aparentemente não.

— Bom, então eu acho que você deveria ver isso.

Ele me estendeu o contrato, e ele já estava na penúltima página.

— Este contrato é exatamente o que você me disse. Um contrato sexual que dá permissão ao Greg de usufruir do seu corpo por quatro anos.

— Quatro? O do Luke era de dois anos apenas.

— Porque este contrato tem muito mais contras do que prós para você.

— Tipo?

— Se você assinar vai estar concordando em doar seu corpo e sua imagem para que Greg a use da forma que quiser. Ele pode ir a eventos com você, apresentá-lo como seu namorado e tals.

— Basicamente o que está acontecendo com o Luke. O Greg está me enganando.

— Temo que sim. Mas vou terminar de ler, pois preciso encontrar uma brecha.

— Ah, o Greg vai fazer uma festa aqui no apartamento, e pediu que eu trouxesse alguns amigos meus. Disse que vai pagar a passagem e tudo. Vamos ligar para as meninas e o Pedro.

— Ótima ideia.

Peguei meu telefone, e enquanto Cole terminava de ler o contrato, digitei o telefone de Clarice, Pedro e Penélope, que aceitaram na hora virem para a festa. Quando rolei os meus contatos, parei no número de Natália, e pensei se deveria convidá-la, já que não tinha certeza a que pé estava a relação dela com a namorada, mas não pensei muito e liguei para ela também. Felizmente todos aceitaram.

Depois de conversar com eles, mandei uma mensagem para Greg com os números de telefone, endereço e nomes de quem eu havia convidado. Ele respondeu em segundos dizendo que mandaria as passagens para eles imediatamente.

— Droga Max! — Disse Cole quase gritando, me fazendo pular assustado.

— Que susto garoto, o que foi?

— Este contrato não é só um contrato sexual.

— O que você achou?

— Este contrato tem um pró, que talvez você deva considerar.

Cole parecia preocupado e eu estava ansioso para caramba, não conseguia pensar em algo que me fizesse assinar aquele contrato.

— Se você assinar — continuou Cole com a voz saindo quase como um sussurro —, o Luke estará livre do contrato dele.

Ao Infinito (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora