Finito/Infinito (Último Capítulo)

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— Que brincadeira é essa Luke? — Indagou Jimmy puto. Dava para ver até as marcas da idade em seu rosto.

— E-eu não sei.

Ele gaguejou.

— Eu explico o que está havendo Greg, ou Jimmy. Será que esse é mesmo o seu nome?

— É claro que sou o Jimmy, você está louco?

— Não, eu não estou — respondi apontando para o contrato. — Pode dar uma olhada na última página?

Jimmy soltou a mão de Luke e se aproximou da mesa de centro quase pegando aquele conjunto de folhas dentro da pasta, mas hesitou no segundo seguinte.

— Eu não vou olhar, isso é ridículo.

— Ah é mesmo? Deixa que eu leia para você.

Peguei então o contrato, e Jimmy veio para cima de mim tentando puxar a pasta. Puxei também usando toda a minha força.

— Então vai me dizer que você sabe exatamente do que eu estou falando não é Greg?

Ele largou a pasta e tirou do seu bolso a arma.

Todos ali entraram em choque, principalmente eu, pois não esperava que ele tivesse trazido ela.

— Não vem com essa moral toda Max, todos nós sabemos o quanto você é covarde quando te apontam uma arma.

— Qualquer que ler o livro do Luke vai saber como eu fico sob situações de risco, não é novidade.

— Então me diga uma coisa Max, você achou mesmo que podia simplesmente sair do apartamento, voltar para casa e planejar uma forma de me desmascarar? Por favor, você nem tentou.

— Na verdade você está aqui nessa festa, e eu tenho este contrato assinado do Luke que era a prova que precisávamos contra você.

— E ainda temos sua carteira — comentou Cole.

— James Marcus Victor. Nome meio chato para um CEO de uma editora, não é? — Indaguei.

Mesmo com a arma na mão e seu olhar de raiva, ele não largava a arma de jeito nenhum, e aquilo tinha me deixado preocupado.

— Eu tinha tudo para me dar bem nessa, como simplesmente você rouba a carteira de alguém?

— É fácil, é só pedir para o seu ex namorado atrair a pessoa e roubá-la enquanto leva um chute no rosto. Foi tudo arquitetado James. Você fez tudo que pôde, até incluiu assinaturas falsas de duas pessoas que não existem.

— Quem falou que não existem? Eu sou a mente brilhante que o Gregory tem, misturados com a loucura e discrição do Jimmy, não é incrível?

Os convidados olhavam para ele como se fosse um maluco.

— O mais legal é que eu sou muito bom no que eu faço. E nem precisei fingir para poder atrair vocês dois. Só precisei que acreditassem naquela parte da minha personalidade.

— Lindo seu discurso — comentei enquanto segurava a pasta —, mas eu tenho em minhas mãos a prova de que você não mudou seu nome no cartório, o que torna ambos os contratos ilegais. Eu contratei um agente da mídia. Ele me ajudou a saber mais sobre isso, e na segunda-feira seu rosto vai estar estampado por todos os jornais. Você não será mais o CEO de uma editora, e ninguém mais vai querer comprar seus livros. E a melhor parte de tudo isso, é que você vai passar um bom tempo na cadeia.

— Bom plano Max, mas eu não vou para a cadeia essa noite. E vocês não vão sair vivos para contar outro conto de fadas sobre o romance de vocês dois.

Ao Infinito (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora