Viagens. De Frisk e de Sans em Frisk

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Numa dessas noites sem nada pra fazer, Frisk fica discando pra pessoas e fazendo elas conversarem um pouco e se abrirem. Exeto com aquele certo esqueleto. Com ele são outras conversas...

Mas dessa vez não foi alguma coisa pervertida.
Frisk tinha feito um trabalho, um dos conclusivos da faculdade, e ela tinha que apresentá-lo para outros professores de outro país. Ou seja, ela tinha que viajar.
E como tinha recebido a mensagem nesse horário, na mesma hora decidiu ligar pra todo mundo.

No outro dia, todos vieram perguntar sobre.
"Você vai sozinha?!"
"Quando você vai??"
"Quando vai voltar??"
"Não tem medo de avião?"
"Você vai apresentar um trabalho??"
Vieram todos de uma vez.
"Ei, ei calma gente! É daqui à dois dias e eu volto dois dias depois. Vão ter palestras e outras coisas."
"E como é a cidade que você vai?"
"Ah eu não sei. Vamos descobrir não é mãe?"
"Sim, sim! Podem ficar tranquilos que eu vou com ela!"

Sans permaneceu calado.
Frisk foi até ele sorrindo.
"Eu vou levar o notebook e podemos nos falar."
"Pra quê? Não dá pra mandar mensagens?"
"Ah, dar dá. Mas é sem graça..." Ela riu.
Ele sorriu com a risada dela e arrumou o cabelo da garota atrás da orelha dela.
"Já arrumou as malas?"
"Quase tudo pronto. Só falta os detalhes."

"Não se preocupe Frisk! Eu vou levá-la ao aeroporto com meu carro maneiro!" Papyrus levantou da onde estava falando alto.
"Arham..." Undyne soltou um pigarro, com uma cara de má.
"Quero dizer, vamos levá-la para o aeroporto no meu carro maneiro!" Papyrus corrigiu.
"Valeu gente vocês são demais!"

No aeroporto, dois dias depois, depois de fazer o check-in, Frisk ficou esperando a hora do vôo com os amigos e a mãe.
Toriel foi olhar as lojinhas de souvenir, Papyrus e Undyne foram nos lanches e Sans e Frisk ficavam juntos por perto.

"Eu nem me despedi direito da Chara."
"Mas ela não dá a mínima. Ela só quer que você volte viva."
"Credo Sans..."
"Mas é verdade. Pode perguntar."
"..." Ela se encostou no parapeito de ferro do segundo andar em que estavam. Dava pra ver a área de entrada e a parte de fora por baixo.

"Não entendo porque você liga tanto pra ela..." Sans pôs as mãos nos bolsos como sempre.
"Ela é minha amiga. E não fez nada de errado."
"Aham, ela que te disse isso?"
"Foi... Espera, não!"
"Foi o que eu pensei."
"Sans, você me conhece! Eu não posso simplesmente sair julgando uma pessoa se eu nunca vi ela fazendo nada de mal. E até pessoas más tem algo de bom lá no fundo..."
"Ok..."

"Ei para... Eu não quero viajar brigada com você."
"Nem eu. Vamos mudar de assunto? Porque nesse eu e você não concordamos."
"Tudo bem... Você concorda que o seu irmão é um doce me ajudando com as coisas no check-in?" Ela disse rindo. Viraram pra onde eles estavam.
"Não só ele. Undyne também."
O esqueleto riu.
"Isso é verdade. É por isso que eu gosto muito do Papyrus e quero que ele cresça bem assim."
"Aw, você fala que nem um pai..."

Por um momento, Sans ficou calado pensando e lembrando...
Mas depois voltou ao normal sorrindo.

A garota estava de costas pra barra de ferro do parapeito. Ele abraçou-a, prendendo ali seus braços, fazendo suas mãos encostarem em seus ombros...
Riram. Não falaram absolutamente nada, mas se entreolharam de uma maneira que só eles conseguiam se entender...

"Vou sentir saudades..."
"Eu também..." Frisk se anhinhou nele dando alguns beijinhos no rosto.
Sans pegou o rosto da garota e encaixou os lábios macios na sua boca rígida.

A menina Frisk derreteu-se toda e ficou vermelha rápido. Fechou os olhos e pegou o capuz da jaqueta dele, puxando para cima de suas cabeças. Passou a língua por entre o espaço da mandíbula e dos dentes de cima, e ele abriu um pouco a boca, deixando sua língua passar e encostar na dela levemente.
Frisk começou a brincar com a língua dele, como se fosse pega pega. E ele só conseguia seguí-la e segurar sua cintura larga...

Num minuto, os dois perceberam alguma coisa espiando e se desgrudaram só pra ver...
Toriel estava atrás de uma parede ao longe, mas se escondeu logo que a viram.

Sans, todo azul e nervoso de ter beijado Frisk num lugar tão público, riu tentando relaxar.
Frisk estava com as bochechas queimando denovo, mas ela adorava essa sensação quando sabia que ele que a tinha feito em si.
"Ok, ok..."
"Ok..."
"Ok?"
"Ok."

E voltaram a rir. Risos. Uma coisa que ele mais do que adorava fazer em Frisk. A risada dela era infantil e inocente, doce, espontânea e um pouco exaltada, mas mesmo assim, gostosa de ouvir. E ele ria mais dela quando ela acabava fazendo barulhinho de porco quando ri.
Sans acha muito engraçado e fofo.

A menina olhou a hora e ainda faltava 20 minutos... Ainda tinha tempo.
Ela puxou seu crush correspondente para trás de um daqueles quadros velhos grandes de imagens de propaganda que vão do chão até uma certa altura e servem também de biombo. Ninguém parava ou passava ali e eles se esconderam um instante pra se despedirem com beijos...

Frisk susurrava o nome dele só pra se lembrar, como se um dia fosse esquecer.
Ele segurava o corpo da humana como se nunca mais fosse tê-la, vê-la.

Mordiscava várias vezes só pra demarcar território. Tentava chupar, mas não era o mesmo efeito que um humano faz noutro.

Ele era esqueleto. Mas nem isso impedia que ele fissese o mesmo o até mais, que um humano faria...

Frisk só queria que ele a tocasse. Não importava a maneira. Só importava que fosse ele.

"Quando que você vai virar minha namorada?" Susurrou brincando entre beijos intensos.
"Quando você quiser..."
Riu a morena encostando mais seu corpo no dele.

Estática. Se os dois fossem de energia, sairiam faíscas.
Sans se controlava ao máximo com ela, pra não cair na tentação. Mas ela era um pedaço de mal caminho... Coxas exuberantes e macias, cintura vasta e perfeita, corpo pequeno e delicado, mas incrívelmente forte, ombros deliciosamente delirantes, pescoço e nuca sensíveis e preciosos.
Sem falar nas outras partes quase que no tamanho certo pra chamar atenção dele... Seios pequenos mas volumosos e bundinha macia e perfeita...

Mas não era só isso que ele admirava nela. Ela era engraçada e muito alegre. Faz qualquer um sorrir. É baixinha mas com um coração gigante.
Amada por todos e por ele. Muito misericordiosa e paciente. Corajosa e compassiva. Persistente e perseverante. Bondosa e justa. Íntegra e Determinada.

"Eu te amo Frisk..."
"Quando você vai dizer isso com o "você quer namorar comigo"?"
Os dois se alfinetavam pedindo para passar de fase, subir o degrau, ir mais além da amizade colorida...
"Você disse que sou seu amigo íntimo. Então como amigo íntimo eu te digo que agora não é uma boa hora."

Beijou-a com paixão e passou a lamber seu busto, esperando o tão querido "porquê?".
"P-porquê Sansy?"
Só dela chamá-lo assim, as vontades proibidas vem na cabeça pervertida dele.
"Ah... É tipo 45 do segundo tempo. Você tá pra viajar... Que tal esperar voltar?"
"Tabom... Mas eu vou me lembrar..."
Mais carinhos e beijos estalados dos lábios sabor tutti-frutti da moreninha.

Depois daquilo tudo, os dois agiram como se nada tivesse acontecido, exeto pela cara dos dois. Um estava tão azul quanto a outra estava vermelha.

O vôo de Frisk saia em poucos minutos mas deu tempo dela comer um lanche com Undy e Papy e se despedir dos dois. Tori se despediu de Sans fazendo "aquela carinha".
A garota foi com a mãe adotiva monstro sorrindo pra todos!

Na volta, Sans ficou no banco de trás esquematizando como pediria a mão dela em namoro...

Ficava calado com uma cara de sério, mas começava a lembrar das brincadeiras e bobeiras da menina que amava e ficava rindo de tudo que lembrava.

Estava perdidamente apaixonado e tinha que tentar tirá-la um pouco da cabeça pra não viver necessitando sempre de um beijo ou abraço. Talvez ele se apegasse muito à quem ama. Ele é protetor com Papyrus por ser o irmão mais velho e com Frisk por amá-la muito.

Talvez isso seja um problema. Mas deixar pra lá os problemas de vez em quando foi uma coisa que ele aprendeu com Frisk...

My Sweetheart WifeOnde histórias criam vida. Descubra agora