Família Híbrida

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Helvética aprendia a andar rápido, mas mesmo engatinhando, já fazia muita bagunça. Tirava as coisas da bancada que ficava a televisão, se pendurando ali; arrastava as cadeiras pela casa; ficava dentro da cesta de roupa suja e jogava as meias de Sans pra fora, espalhando-as no chão...

"Sans! Pegue suas meias! Quantas pessoas vão ser necessárias na sua VIDA pra você fazer isso por contra própria!??"
"Eu coloquei no cesto! Eu juro!" Ele foi até o cesto e viu as meias no chão. Foi aí que ouviu uma risadinha vindo da pilha de roupas e um barulho de um patinho de plástico.
Helv estava escondida debaixo das camisetas suadas, sem nem ligar pro cheiro ruim, brincando com o pato. Olhou pro pai com uma carinha...

"Sua... Pirralha fedorenta!!" Sans tirou a filha pequena dali. Vai que alguém jogava o cesto todo na lavadora!?
"O... O que você tava fazendo aí?? Eww, você ficou toda suja, olha só! Frisk! Descobri a história das meias..."

A mãe apareceu e riu quando viu que era a bebê.
"Aparentemente alguém não quer que minhas meias sejam lavadas..."
"Oww... Agora você que vai dar banho nela..."
"O quê!? Eu!?"
"Sim! Você achou."

Mas foi só ouvir a palavra "Banho" e Helvética se encolheu todinha, se esquivando.
Com um ano, ela já tomava banho na banheira do chuveiro, mas não gostava de tomar banho lá quando era o pai que dava banho.
Ela tinha todo uma vergonha de que ele a trocasse e limpasse, mas era só as vezes.
Na banheirinha com água morna, Sans colocava Helvética devagarinho, mas ela batia os pés esqueleto na água, chorando e berrando, espirrando água pra todo lado.
Mas depois que entrava, sentava na bacia e brincava com o barquinho de brinquedo, enquanto o pai ensaboava.

Depois de todo um escândalo, Helv ficava mais calminha e até dormia direito, depois de comer, claro... Mas dependendo do que ela ia comer, as coisas eram diferentes. Brócules? Só se fosse bem cortadinho e escondido. Se aparecesse, ela fazia cara feia e ficava horas mastigando. Cenoura? Não mesmo! Mas o que ela mais odiava era beterraba. Abria o maior berreiro e jogava tudo na mesa da cadeirinha, no babador, no pai... [Claramente eu. Odeio beterraba]

"Quanto mais você enrolar pra comer isso, vai acabando o resto da comida e cê vai ter que comer sozinho..." O esqueleto falava sério.
Mas Helv ficava emburrada e gritava.
"EU NÃO QUERO! Eu não quero! Eu não quero!"
"Ah, vamos! Nem é tão ruim!"
"Nãããão!! Não quero!"
"Helv..." Ele suspirou, perdendo a paciência. Colocou a colher mais perto dela.
"PAPAIEEE NÃÃO!" Chorava lágrimas de crocodilo...
"Helvética! O que eu disse sobre gritar?" Ele falou duro dessa vez, mas severo, fazendo a filha diminuir o tom... Por alguns segundos... Porque voltou a bater na mesinha e fazer birra...
Ele se levantou e respirou fundo. Uma coisa que Sans odiava fazer era brigar com Helvética. Ele se sentia mais culpado que ela, fazendo isso, pois sabia que não ensinava nada assim. Mas as vezes ela gostava de testar a calma. Não que quisesse fazer isso, mas fazia sem saber.

Ele falava sério e as as vezes assustador, pra mantê-la na linha, mas ela acabava chorando e ele suspirava e a colocava no colo dizendo '... Foi só pro seu bem... Eu te amo... Não chora...'.

Mas dessa vez, Sans a repreendeu seriamente por toda essa fúria sem sentido, e imediatamente, sem nem se notar, Helv fez seus olhos brilhantes de suas órbitas sumirem, deixando-os negros e sombrios... O pai se assustou com a atitude dela, mas lembrou que isso era involuntário.

"Hey... Vai enfrentar, é? Então cai dentro..." Ele acidentalmente, ficou com os olhos escuros também, e fez ela se assustar.

Percebeu o erro, quando a filha voltou ao normal e começou a chorar.
Ele a pegou no colo e piscou os olhos, fazendo eles voltarem ao normal também.
Ela chorava como se dissesse 'Desculpa'.

O pai, misericordioso, abraçou-a e beijou sua cabecinha. Ela já tinha comido bastante e só tinham uns dois pedacinhos de cenoura no prato.
"Eu vou comer um e você o outro ok?"
Ela gemeu mas disse que sim. Comeu fazendo careta e engoliu o legume com o chororô.
Sans a beijou denovo e já foi subindo pra escovar seus dentes e colocá-la na cama.
"Você é cabeça dura einh... Parece sua mãe..."
Helv se agarrou nele e se anhinhou pra dormir.
"Eu ainda vou te limpar, não dorme..."
"Eu quelo a mamãe..."
"A mamãe tá tomando banho... Ela vem falar com você depois..."
##

"Papai..."
"Que foi?"
"Não disliga a luz ainda..."
"Eu ainda não vou. Quer que eu ligue sua luzinha?"
"Sim..." Disse a filhinha, agarrada numa pelúcia.
"Pronto... Boa noite criança..."
"Paaai!"
"Ãããh? O que foi? Eu ainda não fui embora."
"Chama a mamãe..."
"Eu tô aqui, meu bem." A mãe respondeu.
"Mamãe!" Helvética sentou na caminha/berço e abraçou a mãe.

"Boa noite meu amor."
"Boa noite mamãe."

"Boa noite papai."
"Boa noite pequena."

"Boa noite querido."
"Boa noite sweetheart."

[Eu vou dar um tempo de Helvética bebê porque TENHO QUE DESENVOLVER A HELV ADOLESCENTE AAA
Um milhão de cap aqui e Legacytale ta parada... Sorry, not sorry \(;´□`)/]

My Sweetheart WifeOnde histórias criam vida. Descubra agora