Praia em família.

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"Plaia?"
"Praia."
"Plraia."
Frisk fazia sua filha falar o lugar em que estavam prestes à ir, e a pequena estava bem contente.
A família ia passar uns dias, uma semana lá, num apartamento alugado por temporada, pequeno, mas confortável.
Levavam quase toda casa no porta malas do carro, mais uns brinquedos da Helvética no banco de trás, aonde ela ia na cadeirinha.
A mãe a prendia e deu o leite logo pra que ela dormisse e não ficasse fazendo barulho.

O marido estava colocando as últimas coisas no carro e fechando a casa.

Logo, saíram em direção ao litoral...
"Chau, Chau casa!" Helv murmurou antes de brincar com a boneca e cair no sono.

Pelo caminho, não iando muito rápido pra apreciar a vista da tarde que chegava, Frisk e Sans estavam felizes de finalmente levarem a filha pra ver o mar.
Foi uma coisa muito inédita pra ele e todos os seus amigos do subterrâneo e queria que fosse assim também agora com ela, que nunca pisou na areia.

Chegaram e já estava escurecendo... Assim que abriram a casa, a mãe colocou a bebê no colchão que iam dormir e colocou seu pijaminha de nuvenzinhas.

Depois de colocarem as coisas pra dentro e fecharem o carro, o casal foi se aquietar.
O apartamento tem varanda pro mar e o som das ondas quebrando era relaxante.

Sans estava ali olhando mais aquela imensidão azul e o céu rosado alaranjado do fim de tarde. Frisk veio abraçá-lo com amor e carinhos.

"Quando vai contar pra sua filha que ela vai ter um irmãozinho?" Ele perguntou, virando.
"Ah... Deixa pra amanhã quando ela acordar... Ou mais tarde."
Ela olhou ao redor. A varanda era grande e bem protegida da chuva, era no segundo andar, um vento batia suave...

"Vamos dormir na varanda?"
"Oi? E a Helv?"
"Ela tá com os dois bichinhos dela, o travesseirinho, o lençol dela..."
"Ok, tudo bem... Só quero saber o que a gente vai jantar..."
"Ah, pra isso eu trouxe ovos pra fazer seu omelete com recheio de ketchup favorito..."
Ele riu e beijou o rosto da amada.
"Você... É incrível. Eu te amo meu amor... Obrigado..."
"Eu que agradeço... Meu gordinho fofinho... "
"Ei!... Eu tô gordo?"
"Sans, você é um esqueleto."

Trocaram olhares risonhos e beijos doces. Jantaram juntos e puxaram o colchão pra varanda.
Frisk vestiu a calça moletom de dormir e uma camiseta leve.
Sans usava a camisa de sempre e um short normal.
"Ei, cadê minha camisola sexy de alçinhas fininhas?" Disse deitado do lado da filha adormecida.
"Eu vou dormir, não fazer amor. Você deveria fazer o mesmo..." Ela disse, emburrada e deitando ao lado dele.
"Ahhh... Eu sei disso, mas você fica tão bem nela..." Ele fingiu estar triste, mas é só pra zoar com a cara dela.
"Você só quer ver minhas coxas, seu... Safado..." A humana riu e bateu nele com um travesseiro.

O esqueleto ria, porque era verdade. Mas logo se acomodou e aproveitou o calor da esposa.

"Quando a gente namorava, você era fogo! Não podia ter um segundo longe que quando voltava, a gente se pegava muito..."
"Corrigindo: Quando a gente namorava, VOCÊ era fogo."
"Nós dois éramos... Mas hoje..."
"Hoje a gente se controla."
"É verdade. Eu já não sinto necessidade de um beijo e um abraço toda hora... Mas sempre cai bem as vezes..."
Os dois riram e trocaram um selinho.
"Heh... Eu sinto..."
"Você é um grudento!"

Risadas. Na verdade, ele não era assim tão colado na mulher. Era até liberal, deixando ela sair sozinha com as amigas.
Mas era ciumento as vezes.
No entanto, não era toda hora que se tocavam, mas todo dia trocavam beijos, mesmo que sejam na hora de dormir e ao acordar. Não reclamam do bafo um do outro, não reclamam do suor, só quando é muito forte e Frisk reclama das camisas suadas na cadeira do quarto.
Quase não reclamam. Chegam à um consenso e ficam felizes com isso, apesar de nem sempre concordarem.

No outro dia, Helvinha que acordou primeiro e pulou em cima dos pais pra acordá-los.
"Papai! Mamãe! Acoda! Acoda papai!"
Ela cutucava o rosto dos dois e eles acordaram.
"Abre o olho papai!!"
"Já vou...  Cê não vai meter a mão dentro, vai?"
"Não... Não vô..." Ela disse rindo.
Mas foi só ele abrir o olho que ela apontou o dedinho pra zoar. Mas Sans foi mais rápido e pegou aquela mãozinha boba e fingiu morder.
"Nããoo papaai!! Nãão!!"
Ela ria e gritava.
Frisk ria de seus bebezinhos.

Antes que ficasse mais quente, todo mundo se arrumou pra ir à praia depois do café.

Quando a menor viu a areia, ficou um pouco estranhando, mas viu o pai andando mais à frente e correu até ele, olhando os próprios pés esqueleto na areia.

Até que a mãe pegou sua mão e acompanhou até a água e as ondas.
"Frio..."
"Depois passa... É assim mesmo."
Ela olhava pra baixo e quando a água batiam em seus ossos, a pequena pulava cada onda, surpresa e impressionada.

...

Depois de brincarem juntos nas ondas, sentaram na areia tomando vento e suco de fruta, enquanto Helvética e Sans faziam um castelinho de areia.

Quando voltaram pra casa, após passearem bastante, tomarem banho no fim de tarde, se sentaram na varanda pra ver o pôr do sol.

A pequenina que corria pela casa, sentou no colo da mãe que foi explicar algumas coisas pra filha.

"Helvética, lembra quando a gente te perguntou se você queria um irmãozinho?"
"Lembro..."
"Poisé. A mamãe e o papai agora tem uma coisa pra te contar! Lembra da surpresa?"
"Surpresa? Surpresa!"
"Você vai ter um irmão, Helvinha! Não é legal?"
"Onde... Onde ele tá!?" Seus olhinhos brilhantes procuraram ao redor... Frisk riu da inocência da criança.
"Não! Ele está aqui!" Ela apontou para sua barriga.
"VOCÊ COMEU ELE?!"
"Não! Helv eu não comi ele! Ele vem da barriga da mamãe!"
E eles demoraram mais explicando de uma maneira suave, mas não fantasiosa, de como os bebês nascem.

[Depois de um milhão de anos eu escrevo os ultimos capítulos disso... ...]

My Sweetheart WifeOnde histórias criam vida. Descubra agora