Dias seguintes

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"Oh... Meu... Deus..." Frisk acordou com o barulho do despertador do celular de um dos dois.
Ela olhou aonde estava deitada e seu coração acelerou. Espiou por debaixo do lençol e corou muito, com muita vergonha. Mas suas bochechas queimavam gostoso, assim como seus lábios e partes íntimas.
Passou a mão pelo corpo nu do namorado e tentou acordá-lo.
"Sans! Acorda! ... Que horas são?"
Passou por cima dele, ainda coberta até os seios com o cobertor e pegou o celular tocando.
Quando viu que não era o dela e já tinham vinte chamadas e mensagens de Toriel e Papyrus, ficou mais nervosa ainda. Eram nove horas da manhã!
Frisk balançou mais uma vez o esqueleto do seu lado e ele foi acordando devagar.
Olhou ao redor. Onde foram parar as roupas??
A cama estava uma bagunça! Tinha suor, sêmen e sangue na colcha e o preservativo de Sans estava no chão.

"Ah não... Nossa... Já tá muito tarde! Sans!"
"Hunh? Ah... Oi Sweetheart... Como foi a noite?"
"Como assim 'como foi a noite?'!? Olha só que bagunça! Que horas a gente dormiu?? Olha quanta ligação! Oh, meu Deus, oh meu Deus..."
"Ei calma..." Ele levantou e abraçou-a pondo uma mão em seu rosto.
"Relaxa... Você dormiu e eu atendi uma chamada no seu celular, esse que você tem é o meu. Eles sabem que você tá bem..."
"Mas... Então ninguém veio pra cá?"
"Não. Eles não queriam 'estragar o momento'..." Ele riu.

Frisk olhou pro lado, ainda procurando o sutiã...
"Então... Eles sabem o que a gente fez?"
"Não... Mas suspeitam. Eu só disse que depois do passeio você ficou cansada e dormiu comigo. Só isso..."
"Ah..."
Ela segurou o lençol cobrindo-se mais.

"... Então isso é aquilo ...?"
"É... Acho."
"Acha?!" Ela riu, vermelha. "... E me desculpa..."
Ela mostrou a parte suja da cama.
"Ah, tudo bem. Metade dessa sujeira fui eu que provoquei mesmo."

"Caraca, sua calcinha tá em cima do abajur..."
"O QUÊ??"
"Isso que dá passar a noite comigo. Bagunça pra tudo que é lado. Olha, minha jaqueta na esteira!"
Ele apontou rindo e Frisk ficou surpresa.
"Como assim??" A humana riu e se encostou nele.
"Ei, ei, mais distância. Sem proteção aqui."
"Ah ok..." Ele se teletransportou pras gavetas e tirou uma roupa de baixo.
"Ei, vai vestir assim?? Sem nem tomar banho?"
"É... Caramba, minha cueca tá aqui do lado..."
Ele se vestiu e voltou pra perto da menina, trazendo o sutiã que estava no pé da cama.
"Toma. Eu quero ainda ficar um pouco com você..."
"Ah... Obrigada..." Ela vestiu e ele ajudou a colocar de volta.

"E ai? Você... Gostou?"
"... S-sim... Muito..."
"Que... Bom..."

"Foi mágico..."
"Heh... Foi incrível. Você foi maravilhosa."
"Você foi... De tirar o fôlego..."
"Você é habilidosa nessas coisas... Gosto assim."
"... Heheh... Você que faz com vontade, paixão... Isso... É bem legal..."

"Ok, até uma próxima vez..."
"Espera, não vai ainda..."
"Não?"
Frisk beijou-o forte e empurrou sua cabeça para baixo.
"Faltou você fazer uma coisa..."
"O quê?" Ele ficou empolgado denovo.
"É rapidinho... Só pra despedir..."
Ele ia por cima do lençol até as partes íntimas da humana que ria sem parar.
Sans tirou o pano da frente de seu objetivo e começou a lamber os outros lábios da garota.
Frisk gemia e lembrava de cada momento que teve na noite anterior. Suas orelhas quentes e suas bochechas ardiam.
Como um monstro podia passar uma sensação tão humana como essa? Frisk fazia carinhos nele como se afirmasse estar gostando.

Estava molhada denovo, pela saliva dele e seus próprios líquidos. Sans massageava suas coxas e ria olhando os olhos puxados brilhantes.
Nunca na vida tinha feito uma coisa tão intensa como essa. Nem podia descrever em palavras a mistura de nervosismo e prazer da noite anterior, os flashes passavam por sua cabeça toda vez que ele a olhava sorrindo inocente e envergonhada... Ela era tão mágica...

Deu uma sugada leve, penetrando com a língua e logo depois de sair, abocanhou uma das coxas macias delicadamente, fazendo a menina arrepiar. Frisk gritou um gemido longo enquanto ele fazia isso e caiu na cama denovo quando terminou.

"Delicinha gostosa..." Subiu e susurrou no seu ouvido mais coisas depravadas, mordendo levemente o local. Segurou as mãos geladas da garota e encostou o rosto no pescoço dela rindo e fazendo-a rir.
Saiu de cima da garota lentamente e observou-a respirando pesado e rápido. Ele também estava no mesmo estado. Queria agarrá-la e deitar denovo, ter mais alguns minutos... Beijou-a até faltar ar e finalmente a largou na cama.

Ele a deixou e pegou suas roupas e as dela, jogando na cama e indo tomar banho, pegou as suas.

A menina Frisk voltava à consciência pouco a pouco e levantou devagar. Vestiu sua calcinha e saiu da cama. Ligou a luz e tirou o lençol e colcha de cama sujos, deixando no chão.

Sorria boba só de lembrar das coisas que ele falou na noite... Das loucuras na cama... Dos toques inesperados, e coisas inesquecíveis que vivenciou...
Ela ouviu o chuveiro ligar no banheiro e quis muito entrar... Queria estar na água com ele... Em qualquer lugar com ele... Ainda estava fervendo!

Mas a menina respirou fundo, com determinação e proucurou o resto das suas roupas e uma toalha de banho limpa.

Quando estava pronta pra entrar, ficou sentada na cama, lembrando da noite mais especial de sua vida até agora...
Pegou os celulares e ficou lendo as mensagens.

Até que Sans saiu. A garota se levantou.
"... Vai precisar de ajuda?"
Ele sorriu travesso.
"Huh... Se você me 'ajudar' assim, eu não tomo banho de tão alterada que fico..."
"Ok você que decide... Quer que eu te leve pra casa depois? Ou prefere ficar aqui mais um pouco?"
"Eu... Não sei..."
"Decide no chuveiro... Por mim, você ficava..." Ele piscou. Frisk riu e corou. Deixou um beijo no rosto e em sua boca e entrou no banheiro.

Depois do banho, os dois comeram alguma coisa que ainda estava na geladeira e Frisk decidiu ir pra casa logo.
"Vão me encher de perguntas, tô só vendo..."
"Não senhora, vão ME encher de pergunta..." Ele riu.
No final, Sans estava certo.

##Eu quero pulo temporal##

Algumas semanas depois, numa ida ao shopping com Papyrus e Flowey, os dois esperavam os outros que foram nos brinquedos, na praça de alimentação, comendo hamburgers.
Escolheram um cantinho confortável e ficaram conversando, já que eles não são de namorar em público...
Frisk tinha ganhado um ursinho de pelúcia numa máquina e deixou ele guardando os lugares dos amigos.

"Ei, é sério mesmo? Você vai dirigir agora?"
"Eeehhh... Mais ou menos. Papyrus tem me dado umas aulas... "
"Ah que legal! Logo logo a gente vai poder ir num drive-tru, ou num drive-in..."
"Ou num drive-so, ou num pendrive ..." Ele fez piada e a garota riu.
"Eu tô falando sério! Para de me fazer rir enquanto eu tô bebendo!!"
"Foi mal! Eu nem percebo..."
"Seu idiota!" Ela bateu no seu braço.
"Ei olha a agressão... Flowey..."
"Eu não sou parecida com a Flowey! Para! Eu vou me engasgar!" Ela não parava de rir.
"Tá! ok!"

Um minuto de silêncio, só o barulho da praça do shopping e ele perguntou.

"Frisk, e se a gente morasse junto?"
A humana quase se intalou e cuspiu o refri fora quando ouviu. Olhou surpresa pras órbitas dele.
"O-o quê??"
"É... E se a gente fizer uma poupança e comprasse uma casa?"
"Sans, nem somos casados! Da onde veio essa ideia??"
"De lugar nenhum... E você disse bem, ainda não casamos, mas quando isso acontecer, você vai ter que deixar a casa da Tori, não acha?"
"Sei lá... Mas realmente ela iria mimar muito nós dois. Ela já mima."
"Verdade... Demais. Ela tá mimando o Papyrus agora!
Toriel tá sendo a mãezona pra ele!"
"Sim! Isso é muito fofo!... Apesar disso fazer nosso relacionamento 'incestuoso'..."
Os dois riram.
"Ela não é mãe de nenhum aqui de verdade, ok?! Só sua, legalmente..."
"Sim... Mas voltando ao assunto da casa... Eu sei que minha universidade tá acabando e eu meio que já estou trabalhando, e você também... Mas olha... Pesquisar pra dar uma olhada... Nunca é cedo demais."
"Pesquisar. Ok."
"Tem que ser perto de todo mundo, e do centro... Mas com você de carro aí fica mais fácil..."
"É isso que eu queria te falar. Eu ia dar uma volta nesse domingo, já que fica tudo tranquilo, com você. Pra olhar essas coisas e tal..."
"Ah, seria ótimo! Eu topo. É só me buscar em casa. O caminho pra casa da mamãe é perfeito pra treinar essas coisas."
"Até hoje você não aprendeu a andar de moto. Olha lá..."
"Eu vou aprender antes que você venda!"
"Eu não quero vender, sabe? Valor sentimental."
"Ah tá... Porquê?"
"Você já subiu e desceu nela muitas vezes..."
"O quê!? Por isso?! Sans!!"

Então os outros dois travessos voltaram e todo mundo lanchou e foi pra casa.

Faltam dois meses pra formatura de Frisk na universidade e a posse do cargo de Embaixadora dos Monstros no Consulado e Laboratório Real (CLR).


My Sweetheart WifeOnde histórias criam vida. Descubra agora