Agora que realmente Helvética estava aprendendo a correr por aí. No seu aniversário de três anos, ela ganhou um triciclo, não parava mais de andar nele pela casa.
Foi nessa mesma época que ela foi pra pré escola pela primeira vez, só pra saberem como ela iria de adequar com outros monstros e humanos. E estava tudo tranquilo já que iria ser na escolinha de Toriel, sua avó.
Antes de irem, no dia anterior, a mãe e o pai explicavam o básico pra filha, mas ela ainda não entendia muito bem."Então você vai ficar com a vovó até o papai ir te buscar ok?"
"Ok..." Ela parecia retraída. Um pouco confusa e nervosa?
"Mas não se preocupe, vão ter crianças como você lá!"
Ela ficou com medo e abraçou o pai. Ele passou a mão na sua cabeça fazendo carinho.
Frisk suspirou e se sentou. A filha veio abraçá-la e a mãe beijou-a com amor.
"Vai ficar tudo bem... Você vai gostar."Na escolinha, a pequena Helv ficou um pouco tímida no meio das pessoas e das outras crianças, que choravam e choravam.
Mas assim que viu a avó Toriel, ela correu para abraçá-la, sorrindo.
Frisk sorriu para a mãe e foi falar com ela. Sans ficava olhando de longe, mas a avó carinhosa fez os dois entrarem.Quando foi a hora da despedida, Frisk beijou a testa da filha e se abaixou para um abraço.
"Você não vai chorar não é?"
"Sim..." Falou baixinho, um pouco triste.
"Vai ficar tudo bem... Tenha Determinação. Vai se divertir com os outros e qualquer coisa fale pra vovó."
A bebezinha riu e beijou o rosto da mãe. Depois correu daquela maneira atrapalhada de quem ainda está aprendendo, de braços esticados para o pai, que a levantou no alto e beijou suas bochechas azuladas.
A menina ria sapeca e apertava as bochechas do esqueleto...
"Não fica se fazendo de molenga e trouxa, porque você não é..."
Ela riu e balançou a cabeça.
"E se te mandarem ir pra algum lugar estranho, não vai... Só se for a vó Tori te chamando!"
Ele beijou o rostinho fofo e a deixou no chão, arrumando sua mochilinha."Até mais tarde!" Toriel pegou na mão da pequenina que dava tchauzinho pros pais, rindo.
Os pais foram pra casa, mais tranquilos do que os pais humanos com seus filhos chorões...
Frisk que ficou mais preucupada, mas Helv ficou super bem. Lanchou direitinho e brincou com os mostrinhos de lá. Os humanos não ficavam muito por perto.Enquanto isso, na casa da família híbrida, Frisk fazia o almoço e Sans assistia televisão. Os dois só esperavam a hora de ir buscar a menor... Mas definitivamente, não estão mais acostumados a ficaram sem criança nenhuma na casa, sozinhos...
A mãe achava a sala vazia e a babá eletrônica que ficava ligada de vez em quando nem fazia barulho de moscas...
O pai também achava estranho não ter nenhuma pequeninhinha pulando no sofá e no seu colo pra mostrar algum desenho ou brinquedo.Sentiam falta... Mas mais que tudo... Queriam mais.
Era uma sensação estranha. Já não era o suficiente? Não era o que queriam? Paz e silêncio?Frisk também sabia que Helv estava crescendo sozinha, e só ia fazer amizades na escola, enquanto que em casa, só brincava com ela e Sans. Mas mesmo assim, essas coisas passam.
Frisk pensava na importância de um amigo... Mais que amigo... Irmão.Aquela ideia louca também passava na cabeça do esqueleto. Ele que teve tantas experiências incríveis com o irmão mais novo. Sabia o quanto isso era valioso e queria que sua filha soubesse também.
Antes de dar a hora, a moça se sentou ao lado do marido e encostou o corpo dele no seu lado.
"Fica tudo tão... Vazio..."
"Poisé... Calmo até demais...""Isso é estranho..."Disse rindo a esposa.
"Sim... Muito...""Você não acha..."
"Acho o quê?..."
"... Não acha que a Helvética... Precisa de um..."
"Irmão?"
"Sim, isso! Você também tava pensando nisso?"
"É, um pouco... Talvez...""Eu queria que ela tivesse as mesmas boas lembranças que eu tive do papai, meu irmão e eu..."
"Eu... Nunca tive irmão de verdade... A Chara foi o que eu podia chamar de irmã... Mas eu nunca soube o que isso significa na verdade.""Eu... Acho que a Helv deveria..."
Frisk o olhou, surpresa.
Ele a encarou com um sorriso tímido."A 'fábrica' ainda tá aberta?"
A mulher menina riu alto e beijou o marido monstro.
"Sempre esteve, na verdade..."Risos bobos e um abraço quente.
"Você... Quer ter um outro?"
"... Outro? Dois? Ah, Frisk..."
Ele beijou sua bochecha.
"Claro que sim." Susurrou em seu ouvido."Ai meu Deus! Sério!? Oh, nossa!"
"Eu não sei se eu aguento dois... Mas nada me impede..."
Disse suspirando. Cansado, mas feliz.
As bochechas dela ficaram num corado que nunca mais tinha acontecido. Aquela queimação boa e um pouquinho de ansiedade.
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My Sweetheart Wife
Fanfiction"Eu te amo com toda a minha Determinação..." "Wow kiddo, isso é muito..." Pequenas historinhas de Frans pra shippar