Capítulo 21

5.2K 361 12
                                    


Já faz uma meia hora que Maite saiu dizendo que iria dormir no outro quarto pois estava com cólica e não queria me acordar. Ela nem me deixou dizer que não me importava e tudo bem se ela me acordasse. O fato é que não dormi desde então, só me revirei na cama tentando encontrar uma posição confortável.
Então me levanto e vou ver se Maite está bem. Abro a porta  colocando a cabeça pra dentro do quarto, Maite está com os pés na cabeceira da cama, as mãos sobre a barriga e os olhos fechados. E quando sente a minha presença, ela se vira e me olha.
— Eu também não estou conseguindo dormir. Então vem ficar nos meus braços? — O seu aceno de cabeça me faz sorrir. Então me aproximo enquanto ela fica de joelhos e a ergo no meu colo. Maite enrosca as pernas em minha cintura e eu a levo para nosso quarto.
— Você está melhor?
— A dor diminuiu um pouco. — A coloco sobre a cama e ela deita. Então me deito puxo a coberta sobre nos dois e a abraço. Maite ainda se mexe muitas vezes, mas depois de algum tempo percebo que ela dormiu e também acabo dormindo.

Acordo com meu celular despertando, mas é domingo, eu esqueci de desligá-lo. Então me estico pra pegar o celular e o desligo. Olho para o lado e Maite não está. Me sento na cama sonolento, o que é estranho, afinal dormi a noite toda dessa vez. Então chego a conclusão que fazer amor com Maite me dá energia. Ontem quando ela disse que estava cansada e que preferia dormir ao fazer amor comigo eu fiquei tão... Não sei qual seria a palavra adequada, talvez assustado. Sim assustado! Com o fato de não voltar a transar com ela, comecei a imaginar qual seria o motivo dela ter me dito não duas noites seguidas. E logo pensei em outro cara a tocando, o pensamento me embrulhou o estômago. Rafael tem razão, estou com um maldito sentimento de posse sobre ela, mas também, ela é tão frágil e pequena, me faz me sentir seu dono, seu protetor.
E quando ela me disse o motivo eu fiquei tão aliviado, que só pude sorrir e abraça-lá. Ela é tão menina, e eu acho que já disse que gosto disso nela.
Ouço o barulho do chuveiro e sinto meu corpo se manifestar só de imaginá-la tomando banho. Lembro da nossa primeira noite, onde observei ela apenas de lingerie branca embaixo do chuveiro, deixando a água cair sobre seu corpo. E mesmo estando preocupado por ela estar com medo, não pude deixar de me excitar ao vê-lá assim. Uma vontade imensa de dar uma olhadinha invade meu ser, eu posso até imaginar a cena, a água escorrendo pelas suas curvas.
Me aproximo da porta em meio ao meu devaneio de senti-lá, de matar minha vontade e muito mais minha saudade. Aos poucos abro a porta, que por um milagre não estava trancada, ela deve ter esquecido, pois ela ainda tem muita vergonha. Enfim, mais um lado do seu jeito de menina que me faz querer ser um pervertido com ela.
Entro devagar e agora posso ver a cena que imaginei, minha Bela toda nua, com aquele corpo lindo, macio, lisinho e cheio de curvas todo molhado. E ela
permanecia com os olhos fechados sentindo a sensação que a agua quente lhe proporcionava.
Eu não posso esperar mais, preciso a ter, aqui no banheiro mesmo. Retiro minha cueca rapidamente. E abro lentamente o vidro do box, Maite se vira e se assusta com a minha presença, imediatamente levando as mãos aos seios.
— William...
— Posso tomar banho com você? — Pergunto sorrindo.
— Ah claro... Eu já estava saindo então...
— Naumm. — Falei manhoso. E entrei no box. — Eu falei com você. — Como box era pequeno, ela estava bem próxima a mim e sem escapatória.
— Tudo bem. — Ela me presenteou com seu sorriso tímido, então eu agarrei sua cintura e a trouxe para mais perto de mim, beijando-a. Por fim, seus braços, pararam de esconder seus seios e ela deslizou suas mãos por minhas costas. Separei nossos lábios, desci mordendo seu pescoço e apertei sua bunda, fazendo ela suspirar.
— William... Sabe que não podemos... — Ela sussura, mas esta se arquejando, pra me oferecer seu pescoço.
— Podemos sim... eu to louco pra te sentir, você é minha mulher, não me importo se você está menstruada ou não, nunca jamais terei nojo ou repulsa disso. Eu quero você... — Lhe dou um selinho. — ... Sim?
— Sim... — Sua confirmação me faz beija-lá com vontade, então viro ela de costas com sua bochecha contra a parede, estou pronto para me perder nela quando sua voz doce sussura me lembrando da bendita camisinha, quase gemo em frustração, mas saio do banheiro, molhando o quarto inteiro e pego a camisinha na gaveta, voltando.
Minha pequena mulher, continua como a deixei, então rapidamente desenrolo a camisinha sobre meu membro e a penetro lentamente. Ela se empina pra me receber e gemo ao lembrar de como ela é apertadinha e deliciosa. Passo a mão por debaixo dos seus braços e aperto seus seios.
— Aiii.. Não...
— O que?
— Eles estão doloridos...
— Ta bem, desculpe. — Contrariado largo seus deliciosos seios e me concentro em encontrar nosso ritmo, penetrando-a sem parar, sentido sua pele molhada roçar na minha, ouvindo seus gemidos baixos. Com algumas estocadas já sinto Bela tremer e apertar meu pau, gozando. Acho que nesses dias ela fica mais sensível. E eu como estava também muito excitado não me demoro muito e gozo. Coloco as mãos na parede e saio de dentro dela. Maite se vira de frente e a deixo presa entre a parede e meu corpo. Eu a beijo docemente, como um obrigado. E vamos juntos para debaixo do chuveiro.

Maite está preparando nosso café e eu estou sentado na bancada, olhando sua bunda. Sim é isso que estou fazendo. Ela vestiu um shorts curto que lhe deixou muito gostosa. O cabelo molhado sob uma blusinha de alça contribui para ela ficar perfeita. Cachoalho a cabeça, nos últimos dias, meus pensamentos e meu tempo estão sendo totalmente dedicados a ela.
Rafael tem razão, eu estou exagerando, mas não posso evitar. Gosto de ficar com ela, Maite é uma boa companhia, sabe ouvir, e sempre parece interessada no que eu estou falando. Mesmo quando é coisa do trabalho e sei que ela não entende.
E ela sempre parece feliz ao me ver, ser recebido em casa com um sorriso depois de um dia cansativo de trabalho é ótimo. Talvez eu esteja mesmo exagerando no cuidado, mas de alguma forma, Maite também está cuidando de mim. Seja organizando minhas roupas ou se preocupando se estou com fome e quero algo antes do jantar.

— Um milhão por seus pensamentos. — Sorrio voltando a mim e olhando para ela enchendo minha xícara de café. — Você parecia muito distante daqui. — Fala e empurra a xícara para o meu lado. Gosto quando ela está assim, mais desinibida. E sorridente.
— Hum, eu estava pensando em você. — A declaração a choca por um instante e vejo ela esconder um sorriso.
— Em mim? — Pergunta e se vira pra pegar uma outra xícara. 
— É... Em como você está me mimando esta manhã. — Ela esta sorrindo quando se vira novamente.
— Eu estou?
— Está. — Afirmo fazendo seu sorriso crescer. — Me ajudou a tomar banho, me alcançou a toalha e me fez um café delicioso. Mal posso esperar para o que vai fazer no resto do dia. — Ela desvia o olhar e nitidamente está sem graça. E se senta ao meu lado na bancada puxando a xícara dela para perto.
— Só estou retribuindo tudo que fez por mim. — A olho, pensei que não iria me responder. — Você está me mimando muito mais. — Dou de ombros.
— Acho que estamos cuidando um do outro, então. — Ela acena com um sorriso.
— Gosto disso. — Sua voz soa baixo e me desconcerto com sua afirmação. Meu celular começa a tocar chamando minha atenção.
— Alo?
— Oi, William... — Fico sem jeito quando percebo que é Isabel do outro lado da linha. Maite continua comendo sem demostrar interesse na ligação, mas quando me levanto, vejo seus olhos me seguirem.
— Oi.
—William pode falar falar agora?
— Não. — Caminho pra perto da janela.
— Ela está com você?
— Sim.
— Eu Ligo mais tarde então.
— Melhor amanhã.
— Ta bem, mas... Como ela está?
— Bem.
— OK. Eu ligo amanhã, tchau meu filho.
— Tchau. — Quando me viro Maite esta me olhando, mas desvia sua atenção para a mesa e volta a comer. Me sento ao lado e começo a tomar meu café.
Maite está distante e pensativa, muito diferente da Maite de cinco minutos atrás, sei que ela percebeu algo, mas não vai me dizer nada. Claro que ela não imagina que é sua mãe do outro lado da linha, ela deve estar pensando que é uma amante, talvez. E me sinto um completo idiota por gostar de vê-lá  assim, com ciumes.
— Era minha tia. — Decido não mentir. E Maite me olha.  — A mãe do Rafael, queria saber dele. — E vejo um sorriso crescer nos lábios dela, mas logo ela se disfarça toda e coloca uma mexa de cabelo atrás de orelha.
— Ah... Então você e o Rafael são primos?
— Sim.
— Legal, ele é muito legal.
— Gostou dele? — Pergunto animado. Quero muito que eles se dêem bem, afinal são irmãos.
— Sim, me diverti muito com ele e Camilla discutindo.
— Eu também. — Rio lembrando. — Rafael apelidou ela de Marrentinha.
— Sério?
— Sim, ele foi até procurar no google o que era 25 de março, pois ela disse que ele comprou sua carteira de motorista lá e ficou possesso quando descobriu que era um centro de comércio varejista.
— Maite cai na gargalhada, me fazendo parar tudo só pra observa-lá. Ela é tão linda.

Migalhas De AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora