Capítulo 47

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O meu celular despertou, ao abrir os olhos vi ela dormindo, bem próxima a mim, mas em seu travesseiro. A boca, levemente aberta fazia um biquinho sexy e seus cabelos descendo pelos ombros, cobriam os seios. Me apressei em desligar o celular, quando ela se mexeu, querendo acordar. Abriu os olhos sonolenta, quando voltei a cama.
— Dorme, ainda é cedo. — Sussurro, beijando sua testa. Ela desliza sua mão pelo meu peito, se aconchegando em mim, a abraço e cubro a nos dois com o edredom. E ela volta a dormir. Sorrio olhando o teto, a verdade é que eu não consigo parar de sorrir e nem quero. Quando fecho meus olhos, consigo ouvir nitidamente a sua voz, repetindo as palavras mais lindas que já ouvi na vida...  "Eu amo você e não quero que me deixe".    Oh, Bela. Como se eu fosse louco de cometer a estupidez de deixa-la. Justo no momento que eu mais estava com medo de te perder, você é quem toma coragem e luta por nos dois, mas não precisa mais meu amor, quem vai lutar por nos sou eu. Você já me deu a certeza que eu precisava, ouvi dos seus lábios que me ama. E agora eu enfrento o mundo todo por você. A aperto contra meu peito, minha vontade é acorda-la com beijos e dizer mais uma vez, com todas as letras que eu a amo.
Fico mais algum tempo abraçado com ela, eu tenho tantas coisas pra fazer, mas não quero deixa-lá, não depois de ontem. Quero passar o dia todo com ela, mas preciso resolver umas pendências antes. Então com todo cuidado a coloco sob seu travesseiro, retiro o cabelo do seu rosto, saindo da cama, me visto e vou para o escritório.
— Bom dia. — Digo a Candelária que já esta na cozinha.
— Bom dia. Em cinco minutos, eu termino de preparar o seu café, senhor. — Tiro os olhos do meu celular, a olhando.
— Não é necessário, eu vou trabalhar em casa hoje. Só tomarei café quando a Bela acordar.
— Está bem. — Me viro para entrar no escritório, mas acabo voltando.
— Melhor. Candelaria, poderia preparar algo especial? Em uma bandeja bem bonita?
— Claro.
— Obrigado, me avisa quando ficar pronto?
— Sim senhor.
Sento em minha cadeira, ligando o notebook  e enquanto aguardo ele ligar, digito o número da Isabel, chama algumas vezes até ela me atender.
— Alô? — Diz com a voz preguiçosa.
— Oi tia, é o William. Te acordei?
— Oi, meu filho.... Sim, estou cansada demais hoje, os remédios estão me deixando  sonolenta.
— Ah, entendo. Mas eu tenho uma notícia ótima, melhor que isso, maravilhosa. — Ela RI.
— Do que se trata? Está tão animado? — E de repente, quem fica animada é ela. — É sobre ela? Sobre a minha pequena Isabela? Sim? Me conta por favor, William. — Sorrio.
— Sim, é sobre ela. Ontem ela confessou que me ama tia, me disse com todas as letras. — Sorrio lembrando da cena.
— Oh meu filho, isso é maravilhoso.
— Sim tia.
— Agora já pode contar a verdade pra ela. — Meu sorriso morre e me ajeito na cadeira. — Bem... acho melhor contar, quando ela puder ir pra ai, e o passaporte ainda demora umas duas... ou três semanas pra ficar pronto... — Suspiro, sei que estou mentindo, porque eu quero mais tempo com ela, mas eu não posso evitar. O passaporte fica pronto ainda nessa semana.
— Tanto tempo? — Ela diz desanimada.
— Tem muitos trâmites. E quando contarmos a verdade, Bela com certeza vai querer te ver...
— Sim, entendo, vamos esperar então... — Suspiro com dó dela, mas eu não posso evitar, apenas um mês, só mais um mês, então vamos pra Nova York e contaremos a verdade a ela.
— Tia, me desculpa.
— Não é culpa sua, meu filho. Pode demorar um pouco, mas é graças a você que logo terei a minha filha nos braços. E nunca poderei te agradecer o suficiente.
— Sou eu que nunca agradecerei o suficiente, por ter colocado ela no mundo. E no meu caminho.
— Ela foi um presente de Deus.
— Ela é incrível, nobre, doce, maravilhosa... eu poderia passar a manhã toda elogiando ela... — Isabel RI. — Mas... Mas tenho muito trabalho.
— Entendo meu filho.
— Eu só liguei pra te contar mesmo, você é a primeira pessoa, pra quem eu queria contar. Quando fui a Nova York, estava tão confuso e seu apoio me ajudou muito, obrigado.
— Agradeço por me contar, fico muito, muito feliz por vocês dois. E estou aqui, para o que precisar.
— Obrigado tia.
— Obrigada você meu filho.
— Descansa e se cuida, a senhora precisa estar bem para o que está por vir.
— Esta bem, cuida dela por mim.
— Pode deixar. — Desligo o celular, mexendo no notebook, procuro pela floricultura mais próxima e peço rosas vermelhas novamente. Enquanto espero pelas rosas, checo os meus e-mails. E então pego o meu celular, ligando para o Rafael. Embora não tenha falado nada para a Isabel, para não preocupa-la, tudo que o pai da Bela me falou ontem, me deixo muito preocupado, ele deve saber de algo e isso não é nada bom.
— Alô? — Outro com voz de sono, pensei que ele estaria na agência a essas horas já.
— Rafael, é o William.
— Que horas são? — Ouço uma voz de mulher resmungar. Uma voz bem conhecida por sinal.
— Rafael, essa é a voz da Camilla?
— Érrr... Sim... Eu sei que estou atrasado, mas logo estou ai na agência...
— Não, não é por isso que liguei, na verdade eu nem estou na agência, decidi tirar o dia de folga.
— Ah, é sobre o que então?
— A Camilla ainda está ai? Não quero que ela ouça.
— Está no banheiro.
— Ah... É sobre o pai da Bela, desconfio que ele sabe de algo.
— Algo sobre o que? — Batem na porta, me assustando.
— Espera um segundo. — Tiro o celular da orelha. — Pode entrar. — Candelária abre a porta devagar.
— Senhor, o café já está pronto.
— Está bem, eu encomendei flores, quando o entregador chegar...    — O interfone toca me interrompendo.
— Entendi, com licença. — Sorte que ela, é esperta. Volto ao celular.
— Rafael? Melhor falar sobre isso amanhã. Eu quero curtir o dia com a mulher e esquecer os problemas. E pelo que ouvi, você também está bem acompanhado.
— Sim, sim, amanhã conversamos, tchau. — Estranho ele concordar e desligar o telefone tão rápido. Franzo a testa rindo e deixo tudo saindo do escritório. Abro a porta do nosso quarto levemente, para depois pegar a bandeja sobre o balcão da cozinha. Ao entrar no quarto, me deparo com a cama vazia, mas ouço o barulho do chuveiro. Deixo a bandeja sobre a cama e volto para pegar as flores, trancando a porta em seguida. E vou para o banheiro.
Abro a porta devagar, pelo vidro embaçado do box consigo ver a silhueta do seu corpo sendo molhado pela água do chuveiro. Retiro minha roupa a observando e lentamente abro o box.
Bela mantém seus olhos fechados, enquanto massageia o cabelo cheio de espuma. Desço o meu olhar por suas costas, seguindo o trajeto da espuma...
— William? — Ela pergunta ficando imóvel, ao que parece sentiu a minha presença.
— Sim, sou eu, não se assuste. — Entro no box, fechando a porta.
— Pensei que já tinha ido trabalhar. — Toco as suas costas, massageando. E ela inclina a cabeça pra frente.
— Resolvi tirar o dia de folga.
— Isso quer dizer que... vai ficar o dia todo comigo?  — Sorrio.
— É o que eu pretendo. — A abraço por trás me molhando. — Ou a senhorita tem outros planos?
— Não, nenhum, sou toda sua. — Suspiro. Ela não sabe como essas palavras mexem comigo, mas precisamente, com meu lado pervertido.
— Toda minha... — Sussurro. Ela é realmente toda minha, de corpo e alma. Ligo o chuveiro sobre nos, deixando a água morna, levar toda a espuma do seu corpo. E me afasto, olhando o caminho que a espuma percorre... Em meio
ao meu devaneio, sinto o meu pau duro como pedra, desejando loucamente, estar dentro dela. Maite vira de frente levemente, agora os seus olhos estão abertos e ela sorri, erguendo os bracos ao redor do meu pescoço e ficando nas pontas dos pés, ela me beija. Amo quando ela tem atitude. E eu que não sou nada bobo,
deslizo minhas mãos em suas costas parando em seu bumbum o apertando, e Bela suspira me excitando e tudo que consigo pensar e em ama-la com força, o mais rápido possível, dentro desse box mesmo. Levo dois dedos a sua vagina depilada e rosada, especialmente no seu clitóris e começo a instiga-la, devagar, masturbando com delicadeza, fazendo ela se arquear, sentindo cada sensação, em uma tortura calma e inebriante.
Bela já estava entregue, suspirava, agarrada no meu pescoço e gemeu meu nome baixinho me apertando. Penetro os meus dedos em sua vagina fazendo movimentos de entra e sai... Bela gemeu alto, batendo as costas contra a parede e se arqueou, gemendo o meu nome, molhando meus dedos, com seu orgasmo. Seguro firme em seu corpo e a beijo devagar, sentindo a doçura de seus lábios. Para minha surpresa as mãos dela, desceram alisando a minha cintura, até meu pau. Sorrio dentre o beijo quando ela o pega, masturbando bem devagar. Desço pelo seu queixo mordiscando seu ombro, mas ela escapa de mim, se abaixando, beija minha barriga e me afasto da parede para lhe dar espaço. Meus olhos encontram os dela e eu não posso deixar de sorrir quando ela desvia envergonhada. E sem esperar, desce seus lábios sugando meu pau, me deixando louco com a sua boquinha deliciosa. Me afirmei na parede, sentindo o prazer me consumir, ela era a dona do meu prazer, dona de tudo.
— Para... — Gemo frustrado, mas não quero gozar agora. Seguro seus ombros a trazendo para cima, a beijo, segurando seu rosto com as mãos. Ela é tão doce, tão saborosa... Envolvo o  seu corpo molhado no meu, a erguendo no meu colo e a prenso contra o box embaçado por conta da água quente, deixando a marca do seu corpo, sobre o vidro. A penetro com força arrancando um gemido e um lamento dela, babuciando sobre a camisinha, droga camisinha, mas não posso parar agora, não consigo. Me movimento com força, com desejo e muito tesão, sentindo sua vagina apertada, quente, deliciosa. É tudo tão rápido, tão incontrolável, me perco gemendo seu nome,  sentindo o prazer dominar meu corpo... Bela deita a cabeça no meu ombro, me apertando e com a mão acariciando meu cabelo.

Beijo o seu ombro, enquanto Bela enrola a toalha no seu corpo, abro a porta, deixando ela sair primeiro. Ela para por um instante,  diante da cama com a bandeja e as flores. E então vira sorrindo pra mim, se aproximando da cama. Pega o buquê de rosas, sentindo o perfume. Eu apenas observo pensando em como esse momento, daria uma linda foto.
— Obrigada. — Diz sorrindo. Abraçando o buquê. — Mas... Eu posso saber o porque de tudo isso?
— Porque você merece. — Me aproximo enquanto ela devolve o buquê sobre a cama.  E se vira novamente pra mim, enlaço em sua cintura, olhando nos seus olhos.
— Sabe as vezes eu penso que estou vivendo um sonho. 
— Porque? — Ela respira fundo, mas está sorrindo.
— Deve imaginar que não tive uma vida muito feliz. — Suspiro concordando. — Acho que posso contar nos dedos as noites em que fui dormir sem chorar. Então estar com você, assim, se sentindo tão feliz, parece um sonho. — Beijo sua testa a abraçando.
— Pois então, eu prometo fazer esse sonho, durar a vida toda. — Ela me aperta forte.
— Ontem na festa, você me perguntou se eu imaginava nos dois, fazendo uma festa como aquela, comemorando 20 anos juntos.
— E imagina? — Pergunto.
— Imagino até de 50, se ainda me quiser. — Sorrio me afastando dela e seguro seu queixo a olhando.
— Eu vou te amar a minha vida toda. — Ela morde os lábios, fazendo cara de choro.
— Eu vou te amar mais. — Sussurra, fazendo  o meu coração acelerar. A trago para os meus braços, a apertando contra mim. Eu a amo tanto, tanto...

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