Capítulo 4

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Janeiro de 2015

*Desaparecidos*

Lorena, 17 anos de idade, 1,65 de altura, tem pele parda e cabelos cacheados. Estava usando uma jaqueta vermelha, blusa branca e calça jeans azul. Desapareceu no dia 13 de Dezembro.
Favor, informações direto a Polícia que investiga o caso.

Uma semana antes de eu finalmente executar meu plano, Erick, o namorado da garota que eu estava perseguido, traiu ela. Eu já sabia antes mesmo que ela desconfiasse, queria muito que ela pegasse logo ele e a amante, mas não podia fazer nada. Só precisava ter paciência e ver como as coisas se desenrolavam, isso poderia durar dias, semanas, meses. Por isso comecei a pesquisar sobre minha próxima vítima.
Mas bem quando eu estava vendo tudo sobre ela em uma rede social na cafeteria, vi a amante de Erick entrar na casa dele. A mãe dele não estava em casa e eu sabia que ele era filho único, o pai estava viajando a trabalho e ele estaria sozinho. Pelo que eu e ele sabíamos, a mãe dele ia para a academia nas terças a tarde e só voltava ao anoitecer. Então, foi planejado. Só o que ele não planejou foi a minha querida vadia sair mais cedo da escola e resolver fazer uma surpresa para o namorado. Com certeza ela tinha ido lá para transar com ele, pena que quando ela chegou ele já estava duro e com outra.
Ela fez o maior escândalo, dava para ouvir os gritos dela na cafeteria. Ela quebrou tudo, rasgou as roupas deles e jogou na rua. Tive que me segurar muito para não rir.
Uma outra garota apareceu com um carro prateado e disse para ela entrar no carro. Parecia que alguém já tinha contado o que havia acontecido para uma amiga dela e a garota foi até lá, resgatar o que havia sobrado daquela princesinha ordinária.
Agora estava tudo perfeito. Fiquei mais alguns minutos na cafeteria e depois fui para casa.
Uns dias antes de fazer tudo, levei algumas coisas para a casinha do parque, levei uma mochila com algumas garrafas de água, um martelo e uma tesoura grande. Deixei a mochila lá e observei uma última vez aquela rota perfeita.
O nome da minha vadia era Bruna, ela saiu da escola no horário normal e foi para a casa da tia. Ela era doente e por isso precisava que e a mocinha chifruda desse atenção a ela. Assim como todos os dias depois do flagra, ela foi triste para a casa da tia. Ela passava a maior parte do tempo triste e sozinha, simular o suicídio dela não seria nada difícil. Mas eu queria fazer algo melhor, mostrar o que acontece com as pessoas ruins.
Então na sexta feira da semana seguinte ao dia do término do namoro dela, eu a esperei na passagem que levaria até o parquinho. Eu estava com uma mochila e com um moletom verde escuro, ele ficava grande em mim e o capuz cobria perfeitamente o que tinha que cobrir. Deixei pronto o lencinho umedecido na substância que a faria desmaiar. Usei uma quantidade razoável, assim ela não acordaria antes do tempo nem me faria esperar tanto e eu já usava luvas.
Quando ela passou, estava distraída, com a cabeça abaixada. Assim que ela passou eu tapei a boca dela com o lenço e pressionei, agarrei ela por trás, ela desmaiou e eu arrastei ela para o beco vazio que nos levaria até o parquinho. Quando concertei a escada da casinha, também fechei a saída do escorrega e projetei o que funcionaria como porta na escada.
Subi com a vadia pesada nos ombros até a casinha, larguei ela e a empurrei para dentro, fechei a porta e comecei a me arrumar. A casinha era apertada de todos os modos, mas eu conseguia ficar de joelhos facilmente. Coloquei uma peruca de longos cabelos verdes e coloquei uma máscara descartável que eu havia pintado de preto e imprimi nela um sorriso como o do gato de Alice no país das maravilhas. Amarrei e amordacei ela. Eu deveria começar contando a língua dela, para ela não gritar, mas eu não teria tanto tempo assim.
Sentei ela e esperei ela acordar, depois de uns 5 minutos, dei um tapinha nela, com certeza a preguiçosa havia dormido.
Dito e certo, depois de alguns tapinhas ela começou a abrir os olhos e a examinar o local.
Arregalou os olhos e tentou gritar quando me percebeu ali em cima dela.
Eu ri diabolicamente e ela começou a chorar.
- Shhh... - coloquei o dedo indicador nos boca dela. - Calma, Bruna. Ainda nem começamos a brincar.
Mostrei meu canivete preferido para ela e fiz sinal de cortar o pescoço. Ela se desperou, se debatia e tentava escapar de mim. Eu lhe dei um belo tapa e ela chorava desesperada. Eu estava sentada nas pernas dela, por isso ela não conseguiria escapar.
- Bruna, sabe por que está aqui? - eu perguntei com calma. Ela balançou a cabeça freneticamente dizendo que não. - então eu vou te contar. - sorri - eu estou consertando o erro da sua mãe de não ter te ensinado que mentir é feio.

Ela estava sem reação, as lágrimas escorriam do rosto dela paralelamente, parecia que aquelas lágrimas não teriam fim.
Puxei de trás de mim o martelo, sai de cima das pernas dela e ela tentava gritar, se debatia mais uma vez. Mas agora eu havia acertado o pé direito dela com o martelo. Ela urrou de dor o que foi abafado graças a mordaça apertada. Vi o desespero escorrer em forma de lágrimas pelo seu rosto, acertei o outro pé com mais força. Sabia que ela não conseguiria fazer mais nada por causa da dor agonizante que ela estava sentindo.
 

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