Capítulo 21

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- VADIA! - acordei Lorena lhe dando um tapa em seu rosto.

Aquela expressão assustada em seu rosto era apenas o inicio do pagamento ao meu sofrimento, afinal, foi ela que abriu a porta da desgraça na minha vida, depois que ela me fez aquilo, coisas ruins começaram a aparecer no meu caminho.

- Eu sou o monstro que você criou, querida. - disse-lhe olhando nos olhas, onde era a fonte que jorrava medo por todo o seu corpo.

Aquela briga com o George havia me deixado muito irritada, estava disposta a descarregar toda a minha raiva, ali. Não queria estar se quer tensa ao lado de Sadie, afinal Gabriel e Sophia eram muito observadores. Quando se tem um passado que te condena, qualquer comportamento seu, pode ser tratado como uma pista ou algo a ser investigado.

Peguei o pisca-pisca já sem suas luzes e devidamente descascado, enrolei no corpo dela, enquanto assobiava uma cançãozinha de um desenho da Disney que não saia da minha cabeça. Cautelosamente, liguei a tomada do pisca-pisca. Um gemido de dor e sofrimento saiu da boca da Lorena, enquanto seu corpo tremia, a descarga elétrica era mais forte do que eu imaginava.

Uma lagrima desceu de seus olhos, que começaram a revirar.

Desliguei rapidamente, antes que eu a perdesse.

Deixei seu corpo descansar - amarrado na cadeira -, afinal não teria graça matá-la se estivesse inconsciente. Peguei meu celular e fui olhar minhas redes sociais e jogar paciência até a vadia adormecida acordar.

Depois de 10 minutos esperando, decidi tentar acordá-la com álcool, eu não tinha o dia todo, ainda tinha que ir para a aula.

Quando destampei a garrafa de álcool, Lorena acordou puxando ar, como se estivesse se afogando. Ela estava ofegante, olhando para todos os lados.

Tampei o álcool e cocei a garganta, para que ela olhasse para mim.

- Sabe, Lorre... Eu poderia ser mais paciente e piedosa com você. - lhe disse agora passando a mão já com luvas pela minha coleção de facas. - Mas... - me virei para ela com a maior das facas na mão - você... Não teve piedade de mim.

Seus olhos estavam arregalados, as sobrancelhas levantadas e sua pupila contraída. Quando eu já estava perto o suficiente, dei um beijo na lâmina da faca e a cravei em seu pescoço.

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Tentei esquartejá-la o mais rápido possível, mas havia muito sangue. Quando finalmente terminei, já eram 10:30 e eu acabaria me atrasando.

Fui a um restaurante e pedi que entregassem a comida no meu endereço e de lá fui para casa de taxi.

George me esperava na sala, - pra quem não me suportava, agora até me esperava chegar em casa, que ótimo! Mais um no meu pé - e se levantou assim que entrei.

- Onde você estava? - ele disse.

- Fui comprar comida pronta. Não estou me sentindo bem para cozinhar hoje. - respondi, indo para a cozinha.

- Queria pedir desculpa por hoje de manhã, eu não deveria ter te dito aquelas coisas... Não é isso o que penso sobre aquilo... - ele disse vindo atrás de mim.

- Tudo bem. - eu respondi seca, pegando um copo com água para mim mesma.

- ...E me desculpar por tudo antes. Por não ficar do seu lado e te apoiar. É que foi difícil pra mim.

Me virei para ele com as sobrancelhas arqueadas.

- Não quis dizer que foi mais fácil pra você, é só que... Me desculpe.

- Não quero que pareça que guardo rancor de você, mas me culpei por aquilo durante muito tempo, a psicóloga trabalhou muito comigo pra anular aquilo que eu absorvia de você. Acabei me acostumando, vou precisar um tempo para me adaptar a você de novo, sinto muito.

- Certo... Eu posso ter paciência. - ele disse.

Algo no tom de voz dele me fazia desconfiar de tanta bondade e arrependimento de uma hora para outra, ainda mas de alguém que eu sabia muito bem que além de apegado ao pai, era um tanto rancoroso.

- Posso te levar para a escola? - ele disse interrompendo meus pensamentos.

- Pode... Vou tomar um banho e me arrumar. - disse indo para o quarto pensativa.

Se ele se achava mais esperto que eu, estava muito enganado.


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