Capítulo 5

105 27 83
                                    

- Sua vadia! Você destruiu a minha vida. - segurei o rosto dela para que ela olhasse para mim. Ela apertou os olhos - Você é um lixo humano! Sua insignificante! Sua ordinária! Vadia! Eu te odeio! A sua família te odeia! - dei um soco certeiro no olho dela. Ela chorava muito. Soluçava e olhava para baixo. Desse jeito ela iria desidratar, dei um tapa em seu rosto e ela nem reagiu mais, ficou com o rosto do mesmo jeito então eu fui para o outro canto, tirei o moletom, pois estava com muito calor. Dei uns minutos para ela. Quando ela se recuperou, me aproximei de novo, com o canivete na mão.
- Sabe, Bruna. Eu era uma menina legal, até ser espancada. - ela ainda estava assustada, mas agora ela sabia quem eu era. - Você me conhece, Bruna. Eu só queria ter amigas, mas vocês todas se afastaram e você e sua amiga inventaram boatos sobre mim. Mas que bom que eu estou aqui, não é!? Pelo menos sou alguém que você conhece.

Sorri para ela e lembrei de todas as vezes que ela havia me humilhado, todas as vezes que havia provocado o meu sofrimento. Empunhei o canivete comecei a enfia-lo com força nas pernas dela, alternando os golpes entre a perna esquerda e a direita. Ela sofria de dor e não aguentava mais aquilo. Eu estava adorando a expressão em seu rosto, o desespero em seus olhos. Eu gargalhava vendo-a tentar gritar e se contorcer de dor.

A dor dela estava tão intensa que ela começou a se tremer e a revirar os olhos, ela teve uma parada cardíaca. Eu nem podia acreditar naquilo. Eu a deitei e comecei a fazer uma massagem cardíaca nela, dando socos fortes no seu peito.
Que incrível! Eu havia ressuscitado uma pessoa para mata-la em seguida. Ela voltou a respirar puxando o ar com a boca e tossindo, rápido eu peguei uma das garrafinhas de água e joguei no rosto dela. Ela apertou os olhos e eu sorri, quando eu sorria, meus olhos pareciam fechar, por isso eu sabia que ela sabia quando eu estava sorrindo, mesmo com aquela máscara.
Novamente, a vadia precisava de tempo, então comecei a cantarolar uma música para ela. Quando ela pareceu cochilar eu a sentei. Fui para trás dela e dividi o cabelo dela ao meio, o cabelo dela era muito grande, passava da bunda. Coloquei ele para frente e me sentei ao seu lado. Ela estava com o olhar perdido e nem reagia mais a nada. Estava começando a escurecer, por isso precisava me apressar.
Trancei o cabelo dela em duas tranças grossas.
- Viu, já somos amigas. - eu sorri - É só ter um pouco de conversa para você se tornar amigo de alguém.

Quando as tranças ficaram prontas, eu as cortei antes do elástico. Ela não reagiu, apenas suspirou. Bagunço o cabelo dela e ela me lançou um olhar com ódio, dor e sofrimento.
- Awwn, não se preocupe, você vai ficar bonita para as fotos do jornal. Eles vão embaçar os ferimentos e a sua cara feia, mas vai dar para notar seu corte novo.
Guardei as tranças na mochila e tirei toda aquela roupa, por baixo dela, eu estava arrumada. Guardei tudo na mochila, peguei meu celular e fui para casa. Deixei ela lá, consciente, mas muito machucada para fazer qualquer coisa.

Rascunho de Bárbara Onde histórias criam vida. Descubra agora