Capítulo 3

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Sim, eu estava falando super sério quando falei que tiraria Tininha de Jong-dae, se ele não reagisse para a vida eu teria esse imenso prazer, minha irmã nunca que aceitaria tal coisa, sei que homens têm suas necessidades carnais, mas fizesse isso em algum motel barato e não no mesmo teto que a filha.

A manhã seguinte foi igual a anterior, não o vi sair, acordei a pequena para ir a aula, dei seu café e a levei para a escola, tudo muito repetitivo, ou não, pois caminhava pelos corredores da escola para pegar outro uniforme para Tininha, pois na minha opinião toda criança tem que ter dois uniformes.

Então algo me chamou atenção dentro de uma das salas, a professora era a mesma mulher que estava na noite anterior sendo quase comida por Jong-dae, podia reconhecê-la em qualquer lugar, claro que usava roupas menos provocantes, mas ainda sim era ela, a mesma virou o rosto notando minha presença.

Cruzei os braços levantando uma sobrancelha, a criatura ficou mais branca do que já era, minha mãe sempre disse que eu gostava de assustar as pessoas e naquele momento a mulher ficou aterrorizada, sorri de lado em sarcasmo e deixei o local, ela já havia me visto, então pisaria em ovos.

Tinha acabado de sair do supermercado, naquele dia iria fazer uma comida a moda brasileira para a senhora Oh, quando de repente fui abordada por no mínimo cinco mulheres, as encarei assustada, pareciam bravas e uma briga era a última coisa que queria.
__ Você por acaso está morando com o Jong-dae? _uma delas se pôs na minha frente.
__ Vim visitar minha afilhada. _respondi.
__ Você é o quê dele? _outra perguntou e bufei irritada.
__ Cunhada! _respondi novamente e tentei sair, mas elas me barraram.
__ Vocês são amantes? _virei o rosto para ela e meu sangue subiu para a cabeça em questão de segundos.
__ VOCÊ ACHA QUE ESTÁ FALANDO COM QUEM? _me exaltei. __ SAIAM LOGO DA MINHA FRENTE, PORQUE ESTOU MUITO OCUPADA E NÃO PERCO MEU TEMPO QUERENDO SABER A VIDA ALHEIA.
__ Não grite conosco, somos suas unnies!
__ UNNIE É O C*****! SAIAM LOGO, ANTES QUE EU ARREBENTE A CARA DE CADA UMA. _empurrei uma e em passos largos saí dali.

Mulheres loucas!! Tudo culpa do Chen!

Queria entender qual o problema daquelas mulheres, como se naquela cidade não houvessem homens, pior era que me tornei alvo delas só por morar na casa de Jong-dae, a vontade de voltar para o Brasil arrastando Tininha comigo só aumentou, não iria suportar aquilo sem quebrar alguns dentes.

Quando abri a porta a primeira pessoa que vi foi Jong-dae saindo de seu escritório, achei muito estranho sua presença ali, ao notar minha presença ficou parado me encarando, respirei fundo e caminhei indo em direção a cozinha, mas ele segurou meu braço.
__ Precisamos conversar sobre aquela história de tirar minha filha. _não queria discutir aquilo.
__ Se não tem capacidade para cuidar dela, então seria a única coisa a se fazer. _respondi sem encará-lo.
__ Não pode fazer isso, Tininha é tudo que eu tenho na vida. _o encarei com o cenho franzido.
__ Se realmente fosse tudo pra você, não faria o que anda fazendo e deixando ela sofrer. _ele soltou meu braço e deu um longo suspiro. __ Minha irmã morreu algum tempo, sei que a amava muito e também sei que tem necessidades carnais, mas faça isso em qualquer lugar, menos aqui, onde minha irmã viveu e onde sua filha de apenas oito anos vive. _Chen não respondeu nada, apenas abaixou a cabeça, então dei as costas saindo, porém parei no meio do caminho. __ E a propósito... _me virei. __ Sua namorada é professora na escola da Tininha, diga a ela que fique bem longe da minha pequena, ou eu mesma farei. _dito isso fui para a cozinha.

Por mais que doesse fazer isso, tirar a filha de um pai, não haveria outra solução se Jong-dae não tomasse atitude de homem e cuidasse da filha, o luto transformou ele em uma pessoa amarga e arrogante, as mulheres só estavam atraídas fisicamente, bonito por fora e podre por dentro.

The Widower (Imagine Chen) 8ª Temporada. Onde histórias criam vida. Descubra agora