Se vocês estão pensando que JongDae depois de ter me salvado daquelas loucas se tornou um cavalheiro?! Podem tirar o cavalinho da chuva, porque aquele lá era muito estranho, na verdade se tornou evasivo e ausente, pobre da Tininha que esperava o pai chegar em casa, mas ele não aparecia.
Essa ausência durou duas semanas, a menina por fim acabou ficando doente, liguei por diversas vezes para o moreno e ele nunca atendia, liguei também para seu escritório e a secretária dizia que Chen estava em reunião, isso me irritava tanto que joguei o celular no chão o estilhaçando todo.
QUE DIABOS DE REUNIÃO SEM FIM É ESSA??
__ Dinda?! _minha pequena gemeu na cama, sua febre estava ultrapassando os trinta e oito graus.
__ Sim meu anjinho?! O que você quer? Diga que sua Dinda faz! _sentei ao seu lado na cama.
__ Minha barriga está doendo muito, chama o papai! Eu quero meu appa!O capeta que eu ligo mais!
__ A Dinda já ligou meu amor, ele virá logo! _menti, pois nem sabia onde aquela criatura estava.
__ AI, AI, AI, AI... _arregalei os olhos ao vê-la se revirando na cama.Aquilo não parecia uma dor comum de estômago, toquei o lado que ela segurava e a mesma gritou ainda mais alto, então cheguei a conclusão que Tininha poderia estar com apendicite, corri até o guarda roupa dela pegando um casaco grosso, chovia do lado de fora e estávamos sozinhas, mas eu precisava tomar uma iniciativa.
Peguei minha afilhada no colo cobrindo-lhe com o casaco e uma coberta, desci as escadas às pressas pegando as chaves do carro, aquele era um risco que tinha que cometer, ainda nos molhamos um pouco.
Coloquei-a no banco de trás e dirigi em alta velocidade para o hospital mais próximo, meu coração estava acelerado e um turbilhão de emoções se passou em mim, o desespero e o medo de perder minha pequena era tanta que só pensava em dirigir sem respeitar quaisquer regras de trânsito.
Ao chegar no hospital corri com ela nos braços que já gritava de dor, as enfermeiras logo correram para ajudar, contei sobre minhas suspeitas e o médico mandou fazer uma ultrassonografia, para minha tristeza Tininha estava beirando a morte, se eu não a tivesse levado minha pequena teria morrido em casa.
As lágrimas não cessavam de cair, era como se Tininha fosse minha filha e o pior era que eu estava completamente sozinha, pois o único que deveria estar ali, não estava, outra vez tentei ligar para ele e era sempre a mesma desculpa, mas cheguei no limite.
__ OLHA AQUI SUA R*******, PODE AVISAR SEU MALDITO CHEFE DE MERDA, QUE A FILHA DELE ESTÁ EM UMA SALA DE CIRURGIA E QUANDO EU DESLIGAR ESSA P**** DE TELEFONE, VOU LIGAR PARA MEU ADVOGADO INICIAR OS PAPÉIS DE POSSE DA GUARDA DA TININHA! PASSAR MUITO MAL! _desliguei e as pessoas no hospital me encaravam assustados.DIABOS DE HOMEM IRRESPONSÁVEL!!!
Não deve ter demorado quinze minutos quando andando em passos largos surgiu JongDae, sua expressão não era a das melhores, mas se ele queria comprar briga comigo o negócio não ia prestar, respirei fundo cerrando os punhos só na espera do primeiro ataque.
O mesmo também tinha os punhos cerrados, antes de ficar mais perto olhou para os lados, porém ele não disse nada, apenas agarrou meu pulso e saiu me arrastando para fora da sala de espera, não reagi e o acompanhei sem dizer uma só palavra.
Chegando no jardim que ficava na parte externa do hospital ele continuou segurando meu pulso e não sabia distinguir o que sua expressão dizia.
__ Como ousa me ameaçar de tirar MINHA FILHA? _ele disse por fim alterado e passou as mãos nos cabelos em nervosismo. __ Sinceramente já estou perdendo a paciência com você S/N, vai embora antes que eu cometa uma loucura! _cruzei os braços dando uma risada alta e forçada.
__ Loucura? Quem você pensa que é para se encher da razão aqui, hein JongDae? _questionei e o moreno não respondeu. __ Te liguei inúmeras vezes para avisar sobre o estado de saúde de Tininha e o que fez?! Fingiu estar em uma maldita reunião, só para não falar comigo! Qual o seu problema JongDae? Desde quando sua filha é menos importante que as outras coisas? _abracei meu corpo com o frio, a chuva tinha cessado e o frio predominou.
__ Minha filha é tudo que eu tenho na vida! _ele pareceu mais calmo e se sentou em um dos bancos.
__ Pois não parece Chen, não parece. _respondi e ele levantou a cabeça me encarando com os olhos tristes.
__ Essa é a primeira vez em anos que você me chama de Chen. _o moreno deu um riso fraco voltando a olhar os próprios pés. __ É curioso, na verdade ninguém me chama mais assim há anos! Foi o apelido dado por sua irmã quando nos conhecemos. _a forma como JongDae falava da minha irmã era penoso, a morte dela o destruiu.
__ Me desculpe! Acho que não medi as palavras. _olhei para o lado, mas senti seu olhar em mim.
__ Você se parece muito com ela, chega a ser irritante! _respirei fundo.A semelhança entre mim e minha irmã mais velha era incrível, eu era uma versão mais jovem dela que era uma versão mais jovem da nossa mãe, o que diferiava eram as cores dos cabelos, talvez aquilo fosse doloroso para ele, ver alguém idêntica a sua amada.
Não sentei ao seu lado e abracei mais forte meu corpo em busca de calor, estava tão apreensiva com Tininha que esqueci de pegar um casaco e seria congelada fácil ao ar livre, de repente senti algo cobrir meus ombros, olhei para o lado e JongDae me cobria com seu paletó.
__ Deve ter vindo ás pressas e nem se preocupou em colocar um casaco ou sapatos. _olhei para meus pés e estava usando pantufas que por acaso estavam encharcadas.De onde surgiu isso?
__ Vai acabar pegando um resfriado. _levantei a cabeça encarando Chen que sorria de lado.
Não lhe agradeci ou falei qualquer outra coisa, não pensem que sou uma ingrata, mas estava farta daquela dupla personalidade de JongDae, uma hora era um babaca e na outra ficava bonzinho, até tentava entender que aquilo fazia parte do luto já que minha irmã era seu grande amor, porém não estava pronta para suportar aquela babaquice toda.
Voltamos para dentro do hospital, ele já estava um pouco mais calmo, mas não trocamos sequer uma palavra enquanto a cirurgia era feita, um dia teríamos uma conversa séria sobre a criação da Tininha, mas naquele momento minha cabeça só pensava nas horas que nunca passavam.
Estava tão cansada que acabei adormecendo em uma das cadeiras da sala de espera, quando abri os olhos não estava mais no hospital, olhei ao redor e era meu quarto, alguém havia me levado de volta pra casa, mas esse alguém tinha um nome e era JongDae, ele tinha me levado pra casa.
__ S/N?! _arregalei os olhos vendo-o parado na minha frente, este usava outras roupas menos formais. __ Que bom que acordou! _um sorriso de lado brotou em seus lábios e o mesmo andou em minha direção sentando na ponta da cama.
__ Cadê a Tininha? A cirurgia foi um sucesso? _perguntei aflita sentando da cama.
__ Foi sim! Minha mãe está com ela agora.
__ Por que não me acordou JongDae? E por quê me trouxe de volta? Quero está perto da minha menina! _fiz menção de levantar, mas ele segurou meu pulso.
__ Você estava muito cansada, então te trouxe e também estava sem casaco ou sapatos. _lhe encarei com o cenho franzido.
__ Desde quando se importa? Não quero que se preocupe comigo, só com sua filha! _pode ter sido uma resposta ríspida, mas se ele não consegue cuidar da própria filha, imagina de outra mulher.
__ Fiz uma promessa! _respondeu ainda segurando meu pulso e respirei fundo.
__ Sei me virar sozinha, agora pode me soltar. _o mesmo lentamente soltou meu braço.JongDae não precisava e nem tinha minha permissão para se importar o que acontecia comigo, eu era uma adulta e não precisava de um guarda costas, a única coisa que queria dele era que cuidasse da Tininha para eu voltar pra casa e para meu namorado.
Levantei da cama indo em direção da porta, mas ele a barrou com a mão ficando na minha frente, lhe encarei confusa e o moreno parecia, parecia não, ele estava bastante sério, até que tentei contestar, porém não esperava aquela atitude, JongDae me puxou pela cintura selando nossos lábios.
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The Widower (Imagine Chen) 8ª Temporada.
FanfictionAs vezes o destino de duas pessoas que antes tinham caminhos paralelos, muda fazendo com que se cruzem de uma forma inexplicável. S/N era só uma garotinha quando sua irmã mais velha se casou com um jovem advogado, o tempo passou e a criança cresceu...