The Widower (Imagine Chen) 8ª Temporada.

Capítulo 10

CAPÍTULO ESPECIAL

CHEN ON

S/N era a criança mais linda e doce que eu conhecia, estava sempre sorrindo e pulando de um lado para o outro, adorava doces, assim lhe apelidei de formiguinha.

Conheci a irmã dela em um intercâmbio de faculdade, fiz uma das cadeiras de direito no Brasil e foi em uma tarde ensolarada, alunos andando pelos corredores da universidade que eu conheci a irmã de S/N.

Ela era linda em todos os sentidos, nos esbarramos nos corredores, ela derrubou meus livros e quando foi me ajudar nossos olhos se encontraram, era amor a primeira vista, Nina como era a forma que eu gostava de lhe chamar, tinha um jeito único, inteligente, sensível e doce, tudo nela me atraía.

Meu português era terrível comparado ao coreano de Nina que era impecável, em menos de dois meses estava dirigindo para conhecer sua família, estava tão nervoso que não parava de bater os dentes.
__ Assim não vai sobrar nenhum dente! _me virei encarando Nina que sorria.
__ E se seus pais não gostarem de mim? Sou asiático e nem todos gostam de asiáticos! _disse nervoso.
__ Não seja tolo Chen! Meus pais não são preconceituosos e eu já disse para eles que você era coreano, está tudo bem! No mínino só a S/N não irá gostar de você, pois é muito ciumenta comigo, mas tirando isso, vai ficar tudo bem!

Tentei controlar meus nervos, mas para minha sorte a família da Nina era incrível, os pais dela me receberam com muito carinho, não falei muito por causa do meu português ruim.

De repente eu a vi descendo as escadas, parecia um pequeno anjo, usava um vestido rodado e um laço no cabelo, seus olhos eram brilhantes e o sorriso contagiante, apesar de já ter onze anos, S/N tinha um espírito infantil.

Ela era idêntica a irmã mais velha, mas claro que não esbanjava sensualidade ou charme, era apenas uma criança doce e gentil, seus olhos curiosos pousaram sobre mim e um pequeno sorriso brotou nos seus lábios, eu havia ganhado a confiança da caçula.

Não entendia o porque, mas aquele projeto de anã me fazia lembrar de casa, da minha infância, eu queria protegê-la como se fosse minha irmãzinha, estava entrando na adolescência e agia como criança.

Não demorou muito para que eu pedisse Nina em casamento, logo estaria voltando para a Coréia e não poderia viver sem aquela mulher na minha vida, então apressamos o casório.

[…]

Era uma noite fria, no Brasil o clima era bem inconstante, Nina e sua mãe estavam na cozinha escolhendo vestidos, decoração, coisas chatas de casamento e o pai dela na sala assistindo jornal, fiquei sentado na bancada observando elas com tédio.
__ Amor?! _despertei dos devaneios com a mão de Nina balançando na frente do meu rosto.
__ Hum??
__ Você está bem? _assenti. __ Pode fazer uma coisinha por nós? _assenti novamente, porque eu queria fazer qualquer coisa para sair dali. __ Poderia ver o que a S/N está aprontando? Está um silêncio absoluto e isso não é normal! _levantei da bancada e selei nossos lábios para depois sair atrás da caçula.

Subi as escadas atrás da menor, o lugar parecia silencioso, abri a porta do quarto e tudo estava vazio, fiquei indeciso se entrava ou não, mas optei em entrar, mas realmente o lugar estava vazio.

Fui até a janela que dava visão do quintal e a vi no balanço olhando para o céu, seus olhos brilhavam e sorria de uma forma tão meiga que mais parecia um anjo, então decidi lhe fazer companhia.

Passei pelas mulheres que ainda estavam distraídas com os preparativos do casamento e abri a porta do quintal caminhando até a caçula que cantarolava baixinho enquanto balançava distraída.
__ S/N? _ela parou se virando e deu um sorriso.
__ Olá senhor JongDae?! _respondeu e voltou a balançar.
__ Sua mãe estava preocupada com você! _disse me aproximando.
__ Estou bem! Só queria tomar um ar! _ela não me encarava, parecia imersa nos próprios pensamentos.
__ Posso me sentar ao seu lado? _ela me encarou e sinalizou com a mão que poderia ocupar o outro balanço, então ficamos em silêncio por um tempo só olhando as estrelas.
__ Senhor JongDae! _ela quebrou o silêncio me encarando com curiosidade. __ O senhor é um príncipe? _me surpreendi com sua pergunta assim franzindo o cenho. __ É que minha irmã é uma princesa, então ela só pode casar com um príncipe ou um herói. _dei uma risada com a inocência da menina, nem parecia ter onze anos.
__ Eu não sei! O que você acha que sou? _sorri para ela que parecia pensar.
__ Acho que é um príncipe! _sorri e acabamos caindo na gargalhada, S/N era tão estranha que era engraçado.
__ S/N?! _a menor se virou me encarando. __ Se quiser pode me chamar de Chen! _ela franziu o cenho.
__ Mamãe disse que é falta de respeito! _dei outra risada.
__ Mas somos amigos, pode me chamar assim! _de dentro do bolso retirei um pirulito lhe entregando, ela me olhou desconfiada.
__ Está tentando me comprar?
__ Um pacto de amizade! _ela sorriu e pegou o pirulito.