Capítulo - 29

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Acordo em uma cama de hospital, um médico olha para mim e fala alguma coisa para a enfermeira ao seu lado, meus país estão logo atrás deles. Quanto tempo eu fiquei apagada? Acho que estou numa tremenda encrenca.

Médico - Como se sente?
Emma - Fraca.
Médico - Isso é porque você perdeu muito sangue.
Emma - Entendo.
Mamãe - O que você estava pensando? Como pode fazer isso? Não tem consideração por mim é pelo seu pai? Você acha que queremos enterrar você? Se você tivesse Morrido eu não sei o que seria de nós.
Emma - Calma mãe, eu estou viva e bem. Não é pra tanto.
Papai - Não é pra tanto? Emma você tentou se matar. Isso não é algo normal.
Médico - Vamos deixar ela descansar, vocês podem voltar mais tarde.
Papai - Tudo bem. Mas essa conversa ainda não acabou.

Nunca vi meu pai tão decepcionado comigo, que egoísmo dá parte deles, não sou obrigada a ficar sofrendo só para que eles tenham a filha deles. Claire deve estar querendo me esganar, ela deve ter me encontrado e ligado para a emergência. Ela também deve estar brava comigo mas quando eu contar para ela o que está acontecendo ela me entende-rá.

***

Na sala do psiquiatra me sento ao lado dá janela, está chovendo, como todos os dias desde que cheguei aqui. O psiquiatra fica me olhando, acho que ele está esperando eu dizer ou fazer alguma coisa.

- Então...
- Me desculpe o meu silêncio, é que estou acostumado com meus pacientes falantes desde o momento que entram.
- Não sou como seus outros pacientes afinal.
- Certamente, seu caso é o mais comum dentre todos daqui.
- Comum?
- Sim, você é um psicopata com tendências homicidas.
- Que? Eu pensei que só havia um tipo de psicopata.
- É o que todos pensam, mas na verdade é vários tipos de psicopatas, há os que matam e os que só torturam e há aqueles que não matam nem torturam e também os que torturam psicologicamente.
- É como você sabe que eu tenho tendências homicidas?
- Eu sei pelo que sua mãe me disse, mas quero ouvir de você. Qual tipo de psicopata você acha que é?
- Sou o psicopata que apenas tortura suas vítimas psicologicamente.
- Por que você acha isso?
- Bem, deve ser porque eu torturei recentemente minha namorada.
- Entendo.
- Mas eu ainda não estou certo se esse é o seu caso.
- Por que?
- Você queria mesmo mata-lá na primeira vez que vocês saíram?
- Eu queria mas ela já estava se matando aos poucos, eu só quis dar um empurrãozinho.
- E que empurrãozinho.
- Ãn?
- Oh não é nada, apenas pensei alto.
- Certamente meu bom Doutor.
- Você acha que essa sua amizade com a Samanta lhe fará bem? Mas não apenas a você há ela também?
- E por que faria algum mal, estamos aqui por motivos diferentes. Eu não vou influencia-lá e nem serei influenciado.
- Que bom que pense assim, mas entenda que para que você melhore e sai-a daqui você deve evitar ter qualquer tipo de interação com ela.
- Eu pensei que os pacientes eram livres para escolher o que querem ou não fazer.
- Entenda que se você não se afastar dela seu estado pode piorar e você nunca sairá daqui.
- Está bem.

Eu já entendo o que está acontecendo, minha mãe pressionou os médicos para que eles me mantenham longe dá Samanta. Parece que minha mãe quer fazer disso aqui um inferno pessoal. Vou mostrar para ela o quão psicopata eu posso ser.

***

Acordo novamente no quarto do hospital, vejo Claire dormindo na poltrona. Ela deve estar furiosa, mas ela mais do que ninguém, sabe o quanto eu tenho sofrido. Eu maquiei meu sofrimento por tempo demais, é hora de todos saberem que eu não sou feliz. Meus pais não entendem, os médicos me acham louca, e minha melhor amiga me entende mas é egoísta demais para deixar que eu de um fim nesta dor. Uma tempestade se instala na cidade, parece que muitas árvores caíram. O hospital quase entrou em estado de alerta. Sinto um imenso frio, chamo a enfermeira que logo trás uma coberta. Olho para o lado e Claire está me olhando, primeiro ela parece confusa, depois vem a irritação. Não importa o que ela vai dizer, nada mais vai acabar comigo. Ela começa a falar e falar e perguntar o porque eu tentaria contra minha própria vida. Depois de um bom tempo conversando ela se acalma e meus pais entram na sala falando que eu terei alta.

Mamãe - Você terá alta e eu e seu pai tomamos uma decisão.
Emma - Qual?

Quando penso que o que eles dirão a seguir é que eu irei para um hospital psiquiátrico mas o que ouço é ainda pior.

Mamãe - Você ira para casa conosco.
Emma, Claire - O que?

Claire e eu questionamos juntas.

Emma - Vocês não podem tomar essa decisão por mim, eu não sou mais uma criança. Além do mais eu tenho um trabalho e tenho um apartamento.
Mamãe - Filha entenda que é só por um tempo. Você vai poder voltar para tudo isso quando estiver melhor.
Emma - Mas e se eu não quiser ir.
Mamãe - Ai não teremos outra escolha a não ser te internar num Hospital Psiquiátrico, entenda que não queremos chegar a esse ponto.
Emma - Mas não quero abandonar a Claire e nem todos os meus outros amigos aqui.
Mamãe - Minha filha é só por um tempo, Entenda.
Emma - Não tenho mesmo outra escolha.
Mamãe - Não, e não será tão ruim, você esta-rá em casa, com todas as pessoas que cresceram junto com você. Não seja mesquinha.
Emma - Se não tenho outra escolha. Eu irei mas saiba que não estou feliz com isso.
Mamãe - Sei que a Claire entende nossa decisão, não é mesmo Claire?
Claire - Sim..

Claire concorda com uma enorme tristeza nos olhos. No outro dia recebo alta e meus pais já estão prontos para me tirar da cidade. Entro no carro e minha jornada de tortura começa.

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Bom dia, desculpem meu sumiço estive muito ocupada, comecei a trabalhar de novo então tive que colocar algumas coisas em ordem. Espero que gostem deste capítulo. 😘

O Psicopata e a Suicida (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora