Dor. Um mar de puro sofrimento. É assim que foi minha tarde com Madison e a sua depiladora.
Acontece que depilação brasileira é a mesma coisa que depilar tudo, eu disse tudo. Achei que iria morrer, queria matar a Mad por ter me levado naquele lugar, porém, elas me garantiram que existem grandes chances de Hardy ficar louco com a surpresa.
Tive que esperar quase 12 horas para colocar meu plano em prática, afinal, antes disso eu não conseguiria nem ao menos suportar o toque de Hardy lá embaixo, de tão sensível que fiquei.
Mas agora estou me sentindo melhor e mais confortável com minha nova depilação.
Estou na casa de Hardy, em seu quarto, terminando de me vestir. Quando ele chegar já estarei aqui, pronta para nos entendermos.
Mad me ajudou a comprar algo. Não sei se vou me sentir muito a vontade usando isso na frente dele, mas não achei muitas opções que servissem. Espero que Hardy ache sexy.
Compramos um conjunto preto e transparente. A parte de cima quase que parece uma blusa regata, mas é cheio de renda e transparência. A calcinha também é rendada e para fechar com chave de ouro, algo que Madison me disse que todo homem gosta, meias e cinta liga.
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O problema é que não sou muito boa nisso, em ser sexy. Não sei onde devo ficar, se deitada na cama de bruços, olhando para a porta com uma cara de safada ou se sentada na cama, com cara de quem sabe exatamente o que está fazendo.
Testo as posições, mas nenhuma me parece a certa. Solto um suspiro e vou até o espelho para me ver novamente. Quase não passei maquiagem, mas tentei deixar meu cabelo uma bagunça sexy, passei alguns produtos que deixaram meu cabelo muito cheiroso e macio.
Vou até a janela do quarto e olho para fora. Quando escuto alguém entrando na saleta fico tensa, então a porta do quarto se abre e eu me viro. Hardy entra no quarto desabotoando os botões no pulso da camisa, ele parece cansado, mas quando me vê para de repente e fica imóvel, me olhando como se eu fosse uma miragem ou algo do tipo.
— Depois da nossa briga queria te fazer uma surpresa, então...surpresa! — Digo, meio sem jeito, ele ainda não disse nada.
— Eu...hum...eu não...você... — Ele começa a gaguejar e então dá um sorrisinho e esfrega a testa.
— Deus do céu, Laura, você me deixou sem palavras.
— Isso é bom? — Pergunto.
— Ah sim, minha linda, é sim. Nossa, caramba, se sempre depois de uma briga você for se vestir assim, vou garantir que briguemos todo dia. — Ele diz e eu rio.
— Que bom que você gostou, eu não tinha certeza...mas não queria continuar brigada com você.
— Eu também não, meu amor. — Ele diz e vem com rapidez em minha direção, me puxando para seus braços.
